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Filarmônica de Minas

ARTIGO

Diomar da Silveira – Presidente do Instituto Cultural Filarmônica

Em fevereiro de 2008, nascia a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Foram dois anos de crescimento ininterrupto. Temos hoje 926 assinantes para as apresentações da Temporada 2010, no Palácio das Artes, além de concertos didáticos, para estudantes da rede pública, em praças, parques e cidades do interior. O cidadão, provavelmente, não tem ideia do trabalho que representa reunir 85 músicos, muitos deles estrangeiros, e levá-los no palco para tocar uma sinfonia com perfeição. É preciso uma logística excepcional, uma retaguarda competente e experiente. Tudo isso é possível graças a um modelo de gestão proposto pelo estado por meio do Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), instrumento que propicia administrar projetos públicos por meio de parcerias com a sociedade civil. O estado passa a fomentar um projeto pactuado por todos os envolvidos, com metas, indicadores de execução e monitoramento permanente.

Esse modelo de inovação no gerenciamento da coisa pública é o que o governo de Minas faz em outras frentes, em busca de modernização. Hoje, somos benchmarking e vitrine de um modelo de administração pública que põe nossa Filarmônica no centro dos interesses de gestores de outras orquestras do país que buscam a excelência artística e um modelo ágil de gestão. Além do apoio estatal, a Filarmônica tem a possibilidade de captar recursos da iniciativa privada com base nas leis estadual e federal de incentivo à cultura. Assim como em qualquer orquestra no mundo, o apoio público é fundamental. No caso da Filarmônica de Minas Gerais, o grosso do orçamento ainda é coberto pelo estado, via termo de parceria. Em 2010, serão investidos R$ 15 milhões.

O presidente da Oscip zela pela integridade do termo de parceria. O órgão estatal parceiro é a Fundação Clóvis Salgado, com interveniência da Secretaria de Estado da Cultura. Dentro desse escopo estão todas as especificações de fiscalização e controle, como Comissão de Avaliação do Cumprimento de Metas e auditorias do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Auditoria Geral do Estado (AGE) e também uma auditoria externa independente. A administração é, portanto, totalmente transparente, com todas as contas na internet. Tudo é feito para se garantir um pilar artístico de qualidade, com um regente de nível internacional, o maestro Fábio Mechetti, e um quadro de músicos de excelência, escolhidos por meio de audições. Nós, gestores, queremos mostrar à sociedade que a orquestra é de todos. Filarmônica quer dizer “amigos da harmonia”, e este é nosso mote. A música clássica não é um bem da elite intelectual, mas de todos os mineiros. E a melhor forma de comprovar esse valor é irmos aonde o povo está, ou seja, nos parques, praças e cidades de todas as regiões do estado.

Igualmente importante para a difusão da música clássica é a formação de grupos camerísticos. Pretendemos, também, criar a Academia da Filarmônica, com o objetivo de formar músicos, e ainda uma Associação de Amigos da Filarmônica, para que o público possa contribuir com a sustentabilidade da orquestra. Acabamos de receber um corne inglês do professor Jacques Cohen. Com enorme orgulho, ele nos entregou o instrumento, avaliado em US$ 8,5 mil, e encoraja todos a seguirem seus passos de apoio “à maravilhosa orquestra que os mineiros têm o privilégio de ter”. Resta ainda o desafio maior que é a construção da Sala da Filarmônica para ser sede da nossa orquestra. O que nos anima, de fato, é perceber que a população começa a reconhecer esse esforço com sua presença, seu aplauso e apoio.

http://wwo.uai.com.br/EM/html/sessao_21/2010/07/01/interna_noticia,id_sessao=21&id_noticia=143795/interna_noticia.shtml

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