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PSDB: Sérgio Guerra diz que Dilma invadiu BH

“Dilma invadiu BH” – entrevista com Sérgio Guerra, presidente do PSDB

Por Redatores da Turma do Chapéu

O deputado federal Sérgio Guerra, presidente do PSDB, comenta a entrada de Dilma Rousseff na campanha eleitoral de Belo Horizonte, impondo a candidatura de Patrus Ananias e forçando uma intervenção fracassada de Gilberto Kassab no PSD de BH.

Sérgio Guerra também comenta o naufrágio do PT, que vem colocando nomes fortes na disputa para evitar o encolhimento do partido nas eleições municipais.

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Sérgio Guerra, presidente do PSDB – Foto: Paula Sholl

‘Dilma invadiu BH e deu peso nacional à disputa’

O Estado de São Paulo, 06/08/2012

Tucano critica PT pelo lançamento de Patrus na cidade e diz que Aécio ‘lidera campanha contra invasores de Minas’

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), acusa o PT e a presidente Dilma Rousseff de terem feito “uma invasão ilegítima em Minas Gerais”, ao lançarem o ex-ministro Patrus Ananias para a prefeitura e terem obrigado o presidente do PSD, Gilberto Kassab, a intervir no partido para apoiar o petista. Para o tucano, a ação de Dilma deu importância nacional à eleição na capital mineira. O adversário de Patrus é o prefeito, Marcio Lacerda (PSB), apoiado pelo senador Aécio Neves, potencial candidato a presidente pelo PSDB em 2014. “Aécio lidera a campanha contra o mundo do PT e os invasores”, diz Guerra.

Com a entrada da presidente Dilma Rousseff na campanha de BH, o eixo do duelo nacional muda de São Paulo para Minas?

São Paulo é uma eleição importantíssima pelo peso do PSDB, pelo peso do PT, pelo tamanho de São Paulo, pela relevância de José Serra. Mas Belo Horizonte ganha importância similar. O PT e a presidente Dilma fizeram uma invasão ilegítima em Minas, com o grupo que os acompanha. Isto demonstra o caráter autoritário e antidemocrático desse grupo. O PSD está no meio disso e vai se dar mal.

O PSD está com Serra em São Paulo, mas interveio em BH para se afastar do senador Aécio Neves e se aliar ao PT. O PSD está com Serra ou com Dilma?

Nos últimos 40 dias, o PT descobriu o naufrágio do partido nas eleições municipais. Como só liderava em Goiânia, o senador e ex-governador do Piauí Wellington Dias foi empurrado para ser candidato em Teresina. Do mesmo modo, o Humberto Costa, que é um senador reconhecidamente importante, foi levado a ser candidato na marra em Recife. Em BH é mais grave. O conjunto das forças que estão em torno do PT e que incorpora o PSD invadiu Minas.

Mas afinal, o PSD não é nem Serra, nem Dilma?

Não sei, sobre o PSD sei muito pouca coisa. Não é nem esquerda, nem direita e nem do centro.

O governador Eduardo Campos, presidente do PSB, é hoje uma liderança em ascensão…

Mas a situação dele hoje não é boa. Está ameaçado de perder no Recife; não tem o Ceará; não fez papel bonito em São Paulo. E perdeu o candidato em Belo Horizonte, que hoje é do Aécio.

O sr. antevê um cenário de disputa entre Campos e Aécio na sucessão presidencial de 2014?

Se houver um naufrágio no PT, sim. Mas eu não acredito nisso.

O PSDB avalia que Dilma está fazendo um bom governo?

Não. Ela está bem com a opinião pública, com esse negócio de discurso moralista. Mas a economia está piorando a cada dia. Já não é mais impressão, é realidade. Está com um “PIBinho”, sem dinheiro para pagar contas. A arrecadação está caindo e as empresas estão sem querer ajudar nas campanhas.

Há críticas em relação ao comportamento de Aécio como presidenciável…

Ele acaba de dar uma grande resposta: lidera nossa campanha em Belo Horizonte contra o mundo do PT e os invasores de Minas Gerais.

O sr. prevê uma campanha de ânimos acirrados entre tucanos e petistas por causa do mensalão?

As eleições municipais terão sempre o viés local. Mas o mensalão é a marca de um partido que começa a definhar, por excesso de força e falta de argumentos. Toda vez que essa questão volta à tona, os débitos são óbvios para o PT e seus líderes. A forma como esse tipo de discussão vai se dar e refletir nas eleições, sinceramente, não sou capaz de prever.

Havia uma expectativa de que PSDB e DEM se aliassem pelo menos em cinco capitais. Por que o saldo foi de afastamento?

O DEM tinha dois candidatos que eram favoritos em Salvador e Aracaju. Eles têm nosso apoio. Em outras capitais, como Fortaleza e Recife, o PSDB tem candidato e o DEM também. Nada mais natural e mais equilibrado.

Link da matéria: http://turmadochapeu.com.br/dilma-invadiu-bh-sergio-guerra/

PSDB Minas quer fortalecer gestão dos municípios

Fonte: artigo deputado Marcus Pestana – Deputado federal (PSDB-MG)

 PSDB Minas quer fortalecer gestão dos municípios

PSDB Minas quer fortalecer gestão dos municípios

A qualificação das administrações municipais

A campanha tucana para as próximas eleições 
PSDB Minas – É no processo eleitoral que começa a se definir a qualidade das administrações que nascerão das urnas. O perfil dos eleitos é um retrato do grau de informação, consciência e organização da sociedade. O poder econômico, o populismo e a demagogia interferem negativamente na formação das intenções de voto.

Em junho, entraremos na reta final para o delineamento do quadro das disputas municipais em 2012, já que serão realizadas as convenções partidárias.

As eleições municipais são geralmente as mais quentes e disputadas, dada a maior proximidade dos atores e temas do cotidiano da população. A população irá acompanhar com interesse crescente as propostas e a movimentação dos candidatos.

Um bom prefeito pode alavancar o desenvolvimento econômico e social de uma cidade, assim como a eleição de um mau prefeito pode ser um desastre a determinar retrocessos gigantescos. Cuidar daeducação das crianças, da saúde pública, do transporte coletivo e da mobilidade urbana, da moradia e do saneamento ambiental não é coisa para amadores ou irresponsáveis.

Para que o marketing, a mentira, a manipulação e a compra de votos não substituam o debate de ideias e o confronto de biografias, os partidos políticos têm um insubstituível papel como catalisadores do debate e organizadores da ação política.

Infelizmente, a tradição partidária brasileira obedece a uma lógica eminentemente cartorial. Os partidos se transformaram em meros cartórios de registros de candidaturas, servindo de trampolim para projetos vazios e pessoais.

PSDB-Minas tem patrocinado um processo único de discussão e mobilização em 2012, ocupando seu espaço e cumprindo seu papel. Serão dez cursos de formação de candidatos, organizados pelo Instituto Teotônio Vilela, nas diversas regiões para preparação de nossos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores. Já tivemos as etapas sediadas em São João del Rei, Pará de Minas, Lavras, Unaí, Montes Claros, Juiz de Fora, Poços de Caldas. A próxima será em Governador Valadares.

E para alavancar vigorosamente as campanhas tucanas em toda Minas Gerais, realizamos no último 25, em Belo Horizonte, com a presença de AécioAnastasia e Sérgio Guerra, o Encontro Estadual do PSDB Minas, com a participação de centenas de pré-candidatos dos quatro cantos do Estado. Além da palavra de nossos maiores líderes, tivemos uma rica mesa-redonda com sete prefeitos do PSDB de regiões diferentes sobre o jeito tucano de governar as cidades, palestras sobre legislação eleitoral e comunicação nas campanhas e uma assembleia que aprovou a Carta Aberta do PSDB aos Municípios Mineiros e à sua População, com diretrizes e princípios que orientarão a postura do partido nas próximas eleições.

Estamos certos que com esse esforço contribuiremos para o avanço dos valores fundamentais dademocracia, da equidade social e da ética na vida das cidades e de suas futuras administrações.

PSDB Minas – Link do artigo: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=204306,OTE&busca=A%20qualifica%E7%E3o%20das%20administra%E7%F5es%20municipais&pagina=1

Aécio Neves: senador define alianças com Eduardo Campos

Aécio Neves

Fonte: Assessoria de Imprensa do senador Aécio Neves 

 Aécio Neves: senador define alianças com Eduardo Campos

Aécio Neves: senador define alianças com Eduardo Campos

Entrevista senador Aécio Neves em Recife

Assuntos: Reunião com governador Eduardo Campos, Congresso PSDB Mulher, PSB, agenda PSDB, seca, CPI Cachoeira.

Viagem a Recife
O PSDB vive um momento de fortalecimento de sua estrutura e dos segmentos que o compõe. Ao longo dos últimos meses, fizemos o evento da Juventude do partido, em Goiás, está aqui o presidente hoje participando também deste evento, Marcelo Richa, filho do governador Beto Richa. Fizemos um grande seminário no Rio de Janeiro sobre a questão econômica. Fizemos recentemente em São Paulo o lançamento do movimento sindical do PSDB e, hoje, em Recife, em homenagem ao nosso presidente Sergio Guerra e também ao nosso líder Bruno Araújo, reunimos as mulheres do PSDB. Na verdade, o PSDB começa a renovar o seu discurso, a atualizar as suas propostas e se colocar, claramente, como alternativa real a um modelo de gestão hoje implementado no país. E, obviamente, vindo ao Recife, era natural que eu fizesse uma visita ao meu amigo e ex-colega, enquanto governador, Eduardo Campos.

E nesta visita ao governador Eduardo Campos, na pauta, alguma possível, alguma conversa sobre alguma articulação prevendo uma aproximação entre o PSDB e o PSB, como isso já acontece em várias cidades?
Eu tenho uma proximidade com o governador Eduardo de muito tempo. Desde o tempo em que éramos companheiros na Câmara dos Deputados. Isso se estende também para uma relação entre o PSDB e o PSB em vários estados da federação, em especial, no meu estado Minas Gerais. O PSB, desde a minha primeira eleição para o governo, era um dos principais aliados nossos e continua até hoje participando do projeto transformador que implementamos em Minas Gerais. Tenho que respeitar hoje a posição do partido do governador Eduardo Campos, do PSB aliado do PT em nível federal, mas como já disse e repito, o futuro a Deus pertence. Acho que há uma identidade sim. Há uma visão muito próxima de Brasil e das suas necessidades e também de mundo que nos aproxima.

Mas não vamos tratar hoje, até por respeito ao governador Eduardo, de uma questão futura, mas sim de alianças pontuais, em vários estados, o PSDB apoiará candidaturas municipais do PSB, no caso de Belo Horizonte, por exemplo, no caso de Curitiba, poderia citar muitas outras. E vice-versa, teremos o apoio também do PSB em centenas de cidades brasileiras. E tudo o que é natural na política tem chance de ter êxito. E esta proximidade do PSB com o PSDB não se dá em razão de cargos ou de espaços, enfim, ela se dá com muita naturalidade porque há realmente uma identidade forte que aproxima lideranças do PSB em todo o país, com lideranças do PSDB.

Na última vez que o senhor veio aqui o senhor disse que o PSDB precisava se preparar para o pós-Lula. Ontem, o deputado Sérgio Guerra lhe lançou para presidente. Como o PSDB vai se preparar para o pós-Dilma?
Cada coisa a seu tempo. O PSDB que é o grande responsável ainda hoje pela agenda que está sendo implementada no país. Esta agenda que está aí hoje, da macroeconomia, com metas de inflação, cambio flutuante, superávit primário, passando pela modernização do estado com as privatizações, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, pelo início dos programas de transferência de renda, essa é uma agenda do PSDB. Não houve, no governo do PT, uma nova agenda.

E o PSDB se prepara exatamente para isso, para apresentar uma agenda para os próximos 20 anos, uma agenda de desenvolvimento, onde a gestão pública de qualidade se introduza na máquina federal, o que não acontece infelizmente hoje. Uma visão mais pragmática depolítica externa a favor dos interesses do Brasil e não de um alinhamento ideológico, a meu ver, atrasado. Então, o PSDB tem essa responsabilidade e essa autoridade. E, em especial neste ano em que comemoramos a maioridade do Plano Real ˆ o Plano Real faz, agora em junho, 18 anos da sua implementação ˆ, o PSDB vai revisitar a sua história, até porque não há nada mais importante na vida de um país do que a sua trajetória, do que a sua própria história.

E a história do PSDB nos trouxe até hoje. Vejo que não há, hoje, uma disposição clara do governo do PT em avançar nas grandes reformas, na grande agenda do Brasil, até porque a agenda das reformas de 12 anos atrás continua sendo a agenda das reformas de hoje. Entre elas destacaria a questão da repactuação da federação. O Brasil caminha, e caminha em uma velocidade muito grande para se transformar em um estado unitário, parece que o governo federal gosta dessa posição de fazer favores aos estados e aos municípios, e não dividir, com estados e municípios, a responsabilidade de governar.

São inúmeras as oportunidades perdidas no sentido de fortalecimento dos municípios e dos estados, e aqui uma palavra solidária de um mineiro, principalmente à população do sertão e do agreste pernambucano que vem passando por um momento extremamente difícil com essa estiagem, que se junta já a fragilidade dos municípios brasileiros. Então, o PSDB continuará discutindo com os brasileiros essa nova agenda e, no momento certo, vai apresentar a sua candidatura. Felizmente, o PSDB tem vários nomes em condições de conduzir esta bandeira.

O senhor é favorável a um acordo na CPI do Cachoeira para não convocarem os governadores de Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro?
Não. Sempre dissemos de forma muito clara, essa é a posição do PSDB. Achamos que se os indícios forem fortes, os governadores devem ir. Não apenas o de um partido, não apenas do PSDB, não apenas de um partido que tem minoria na Comissão, mas de todos os partidos. Mas a condução da CPI é daqueles que tem maioria. Propusemos, no início da sua formatação, a divisão ˆ e o líder Bruno (Araújo) fez isso, o presidente Sérgio Guerra ˆ a divisão do comando da CPI, para que pudéssemos ter a responsabilidade também na sua condução, como acontecia, na verdade, no passado. A oposição e a situação dividiam a presidência e a relatoria da CPI. O governo, a  base do governo, resolveu se apropriar de todos os espaços e a responsabilidade pela condução da CPI é da base do governo.

Sobre a aliança que existe em Pernambuco, existe já algum município em vista?
Acho que aqui quem pode falar melhor sobre isso é o presidente Sergio Guerra.

Aécio Neves: Link da entrevista: http://www.jogodopoder.com/aecio-neves-senador-2

Senador Aécio Neves apoia Otavio Leite no Rio

Fonte: Juliana Castro – O Globo

Com Aécio, Otavio Leite lança pré-candidatura à prefeitura do Rio

Tucano ainda sonha com apoio do PV, que lançará a deputada estadual Aspásia Camargo
 Senador Aécio Neves apoia Otavio Leite no Rio

deputado federal Otavio Leite (PSDB) lançou nesta sexta-feira sua pré-candidatura à prefeitura do Rio, num evento no Centro do Rio que contou com a presença do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra. O tucano disse ainda ter esperanças de contar com o apoio do PV, derrotado no segundo turno da última eleição municipal em que concorreu pelo partido o ex-deputado federal Fernando Gabeira. A legenda, no entanto, deverá carimbar na próxima semana a pré-candidatura da deputada estadual Aspásia Camargo.

– Ontem (quinta-feira), conversei com o Gabeira. Nós não estamos apressados – disse Otavio.

O único representante do PV no evento foi o vereador Edison da Creatinina, num sinal de que a aliança cortejada pelos tucanos promete não vingar.

A concretização da pré-candidatura de Otavio faz com que o PSDB volte a ter um pré-candidato à prefeitura da capital depois de 12 anos. O último candidato foi Ronaldo Cezar Coelho, em 2000. Derrotada na disputa interna do partido que decidiu quem concorreria à prefeitura da capital, a vereadora Andrea Gouvêa Vieira não compareceu ao evento. Ela já declarou que não fará campanha para o colega.

Otavio disse acreditar que a pré-candidatura do ex-governador José Serra em São Paulo ajuda na nacionalização da candidatura, o que poderia levar a uma polarização entre PT, que apoia a reeleição do prefeito Eduardo Paes, e o PSDB. O tucano aproveitou para desconstruir uma das estratégias que serão usadas pela campanha do peemedebista: a de que a parceria entre os governos federal, estadual e municipal é bom para a cidade. Paes tem o apoio da presidente Dilma Rousseff e do governador Sérgio Cabral.

– Isso não tem resolvido problemas básicos do Rio de Janeiro – afirmou o tucano.

Em seus discursos, Aécio e Sérgio Guerra tentaram polarizar a disputa entre Otavio e Paes:

– Há uma convicção geral de que há necessidade de mudança – disse o presidente do PSDB.

– Otavio representa no Rio uma alternativa ao que está aí – afirmou em seguida o senador Aécio Neves.

Também compareceram o deputado federal Vanderlei Macris (SP); o ex-secretário de Segurança do Rio e ex-deputado Marcelo Itagiba, que será candidato a vereador; o presidente do PSDB-RJ, deputado estadual Luiz Paulo; o ex-presidente do Flamengo Márcio Braga e a atriz Rosamaria Murtinho.

Link da matéria: http://oglobo.globo.com/pais/com-aecio-otavio-leite-lanca-pre-candidatura-prefeitura-do-rio-4702538#ixzz1t3UP7RYL

 

Privatização do Governo Dilma constrange petistas, tucanos exigem pedido de desculpas por ‘estelionato eleitoral’

PT mente,  PT imita gestão tucana

Fonte: Adriana Vasconcelos e Maria Lima – O Globo

PSDB vai à forra e critica PT por ter feito a concessão de aeroportos

Da tribuna, parlamentares da oposição alegam que governo fez o que criticou

BRASÍLIA. Vítima dos discursos anti-privatização do PT, especialmente nas duas últimas campanhas presidenciais, o PSDB foi ontem à forra. Os tucanos tripudiaram diante do silêncio e constrangimento da maioria dos petistas frente à guinada do governo da presidente Dilma Rousseff, que iniciou anteontem um processo de concessão de aeroportos à iniciativa privada. Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), o PT não só renegou um discurso de mais de 20 anos. Ele acusou o partido de “estelionato eleitoral”.

– O PT e os petistas demonizaram as privatizações e nos acusaram de querer privatizar tudo. Agora, vivem esse constrangimento. Eles só privatizaram porque sucumbiram à própria incompetência – disparou.

Já o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), cobrou do PT um pedido de desculpas público:

– Mais do que um pedido de desculpas ao PSDB, o PT deve desculpas à sociedade brasileira, em especial aos eleitores.

Embora considere que seu partido foi vítima de uma espécie de “terrorismo petista” durante as últimas campanhas presidenciais, quando foram acusados de quererem privatizar o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), reconheceu que os tucanos também erraram por não terem defendido o próprio legado. E aproveitou para levantar suspeitas sobre o processo de concessão dos aeroportos:

– É surpreendente que grandes empresas brasileiras tenham ficado de fora desse processo. O governo está no caminho certo, mas de forma obscura – alfinetou Guerra.

Da tribuna, os senadores tucanos Álvaro Dias (PR) e Aloysio Nunes (SP) não perderam a oportunidade de provocar os colegas petistas, que até então não haviam aberto a boca para comentar o bem-sucedido leilão dos aeroportos de Guarulhos (Cumbica-SP), Campinas (Viracopos-SP) e Brasília (Juscelino Kubitschek).

– Sabe quando você está esperando para embarcar num aeroporto e anunciam pelo alto-falante que devido a reposicionamento da aeronave o embarque se dará em outro portão? Hoje eu quero saudar aqui o reposicionamento do PT em relação às privatizações. Agora vamos ficar livres dessa cantilena do PT a cada eleição demonizando as privatizações – discursou Nunes.

Rejeitando ainda o termo “privatização”, poucos petistas apareceram para responder às provocações dos tucanos. O primeiro deles foi o senador Wellington Dias (PT-PI), que começou reclamando que o que o governo está fazendo não é privatização e sim concessão, que chamou de “processo inovador”.

– Já ressaltei a importância desse processo inovador. A presidente Dilma está de parabéns por essa engenharia inovadora e tem todo nosso apoio – disse Wellington Dias.

Logo depois, o ex-líder do PT, Humberto Costa (PE), discursou e explicou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) continuará regulando o funcionamento dos aeroportos leiloados. Disse que apenas a estrutura do serviço de terra tinha sido privatizada, o que permitiria mais recursos para obras e reformas para a Copa do Mundo de 2014.

Na presidência da sessão, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu um aparte ao colega petista para também protestar.

– O que foi feito é muito diferente do que foi feito na privatização da Vale, por exemplo. Nenhum bem ou ativo foi alienado – disse Marta.

Serra discorda da opinião de FH sobre Aécio

Aécio oposição, eleição 2014

Fonte: Silvia Amorim e Thiago Herdy – O Globo

Serra discorda da opinião de FH sobre Aécio

Ex-presidente declarou que o senador mineiro é o candidato natural do PSDB à Presidência; tucanos se dividem

SÃO PAULO e BELO HORIZONTE. O ex-governador de São Paulo, José Serra, disse ontem discordar das opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista à revista britânica “The Economist”, mas que, por se tratar de um amigo, não comentaria as declarações. O trecho de maior repercussão foi aquele em que Fernando Henrique apontou o senador Aécio Neves (MG) como o “candidato óbvio” do PSDB para a eleição presidencial de 2014. Ele também falou em “erros enormes” na campanha de Serra em 2010 e disse que o mineiro tem hoje mais chances de vitória em 2014 do que Serra.

– São opiniões dele (FH). Não estou de acordo com algumas delas, mas não vou polemizar com um amigo – afirmou o ex-governador Serra, sem dar detalhes sobre os pontos em que discorda do ex-presidente.

 

À revista, FH disse ainda que Aécio tem mais condições de fazer alianças políticas.

– Aécio é de uma cultura brasileira mais tradicional, mais disposta a estabelecer alianças. Ele tem apoio em Minas Gerais. São Paulo não é assim, é sempre dividido, é muito grande.

O senador Aécio Neves agradeceu ontem ao ex-presidente Fernando Henrique pela referência a seu nome como “candidato natural” do PSDB à Presidência em 2014. Em viagem particular, o senador divulgou uma declaração por meio de sua assessoria, em que afirma considerar o período após as eleições municipais como o momento certo para a definição de um nome, “entre os vários de que dispõe”.

– Agradeço a referência do presidente Fernando Henrique. Temos que trabalhar agora pelo fortalecimento partidário e de suas estruturas, a juventude, as mulheres, os sindicatos, além do esforço para ampliar o alcance do nosso discurso – disse Aécio, sem citar o seu principal adversário na luta interna dentro do partido pela indicação nacional, o ex-governador José Serra.

As declarações de Fernando Henrique provocaram reações diferentes no partido. O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), em viagem a Miami, endossou as afirmações:

– Aécio tem muito apoio no partido. Isso é a verdade .

Mas ele ponderou que essa discussão deve ser feita somente após as eleições municipais:

– Agora é hora de o partido se preparar para enfrentar a próxima eleição.

Já aliados de Serra contestaram Fernando Henrique. Alguns classificaram as declarações como “fora de hora”.

– É muito difícil discordar do Fernando Henrique, mas não é bem isso. Aécio é um possível candidato forte, mas não é o único, nem natural – disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Para ele, manifestações como as de FH neste momento mais atrapalham do que ajudam.

– Acho que manter a isonomia nesse processo é fundamental para a construção da unidade do partido – disse.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, preferiu não entrar na polêmica. Ele disse que o partido tem grandes nomes, mas que o tema precisa ser “amadurecido”.

O fato é que as declarações de FH pautaram conversas no PSDB nos últimos dois dias. Alguns tucanos viram nas palavras do ex-presidente uma espécie de apoio para que Aécio intensifique suas articulações políticas para 2014.

Ala do PSDB ligada a Aécio defende que o partido comece a trabalhar, mesmo que sutilmente, o nome domineiro já nas eleições municipais. Em São Paulo, tucanos interpretaram as palavras do ex-presidente como um alerta a Serra.

– Acho que ele está tentando mostrar ao Serra que o candidato natural é o Aécio e que, se ele quer brigar por 2014, tem que se recolocar no cenário político desde já, aceitando ser candidato a prefeito em São Paulo – disse um tucano.

A cúpula do PSDB em São Paulo ainda não descarta o nome de Serra para disputar a prefeitura.

Aécio Neves defende medidas de eficiência na gestão dos recursos da Saúde

Oposição, combate ao malfeito, reformas, gestão do PT

Fonte: Redação do Jogo do Poder

“Certamente, as pessoas vão perceber de forma muito clara que perdeu-se uma enorme oportunidade de fazer, no primeiro ano, mudanças aí sim que fossem estruturantes e positivas para o país”

A oposição deverá ter uma postura mais dura com a presidente Dilma Rousseff. Para o senador Aécio Neves, o governo do PT deixou de liderar no primeiro ano de gestão a discussão que poderia promover as principais reformas do país. Ontem em São Paulo, após encontro político com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aécio disse que a oposição será mais ‘contundente’ nas cobranças.

–  Eu vejo muito esta avaliação de que a oposição deveria ser mais contundente, o senador Aécio em especial deveria ser mais duro. Todos nós temos as nossas circunstâncias. Acho que o primeiro ano é o ano do governo. O que deve estar sendo questionado neste ano não é um tom mais ou menos virulento das oposições. O que teria de estar sendo questionado é a absoluta ausência de iniciativa do governo federal nas questões estruturantes. Onde está a reforma política que precisa ser conduzida. Não há a possibilidade – fala aqui um congressista de muitos mandatos, ex-presidente da Câmara -, não há possibilidade no Brasil, que vive hoje quase que um estado unitário, não há possibilidade de nenhuma reforma estruturante, ser aprovada sem que o governo federal esteja à frente dela.

Aécio Neves comentou ainda que o governo da presidente Dilma perdeu a oportunidade de impor as reformas com a colaboração da oposição. O senador acredita que em ano eleitoral o governo não tomará nenhuma iniciativa que mexa com a estrutura do país. Ele criticou o fato de o governo continuar surfando nos dados relativos à questão econômica.

–  Ai eu pergunto, onde está a reforma política que poderia, pelo menos ordenar um pouco mais essa farra de partidos políticos que se transformou o Congresso Nacional? Onde está a reforma tributária que podia caminhar no sentido da simplificação do sistema e da diminuição da carga tributária? Onde está a reforma da Previdência pelo menos para os que estão entrando agora na vida útil trabalhista? Onde está a própria reforma do estado brasileiro? Esse gigantismo do Estado, para que serve? Só que o ambiente futuro não será o que vivemos nos últimos anos. E aí, certamente, as pessoas vão perceber de forma muito clara que perdeu-se uma enorme oportunidade de fazer, no primeiro ano, mudanças aí sim que fossem estruturantes e positivas para o país – lamentou.

O senador teme que o ambiente futuro pode não ser tão próspero como nos últimos anos e que a falta de iniciativa do governo Dilma Rousseff possa comprometer o crescimento do país com a perda de competitividade no cenário mundial.

–  Certamente, as pessoas vão perceber de forma muito clara que perdeu-se uma enorme oportunidade de fazer, no primeiro ano, mudanças aí sim que fossem estruturantes e positivas para o país. O primeiro ano foi nulo e o governo foi refém da armadilha que ele se impôs.

Aécio voltou a criticar a visão simplista da cúpula do PT, sintetizada na defesa do malfeito que o ex-ministro do Governo Lula e réu do mensalão José Dirceu faz da atual gestão do governo federal.

–  A montagem de uma base extremamente heterogênea com denúncias de todo o lado e terminando ainda talvez com essa, que seja visão do PT, não digo nem de todo, mas de uma parcela do PT sintetizada pela voz do blogueiro-mor José Dirceu: a corrupção não é do governo, a corrupção é no governo.

Jovens tucanos defendem prévias em eleições majoritárias

Fonte: Estado de S.Paulo

Jovens tucanos defendem prévias em eleições majoritárias

Tema já foi motivo de polêmica no PSDB, quando Aécio Neves e José Serra disputavam posto de presidenciável 

Em um documento intitulado “Carta de Goiânia”, apresentado logo após o Congresso da Juventude da Social Democracia Brasileira, a juventude tucana defendeu a realização de prévias para eleições majoritárias no partido, bandeira apoiada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sua participação no evento.

“O PSDB surgiu tendo como uma de suas premissas a democracia interna”, diz o texto. “A melhor forma de garanti-la é incluir as bases partidárias diretamente no processo decisório da escolha de nossos candidatos majoritários. Por isso defendemos as primárias já nas eleições de 2012″.

As prévias foram motivo de polêmicas no PSDB há dois anos, quando Aécio fez ampla defesa das eleições internas, contrastando com o ex-governador de São Paulo, José Serra, que embora não tenha se posicionado contra a consulta aos filiados, nunca despendeu esforços para isso. À época, Serra e Aécio duelavam pelo posto de candidato tucano à Presidência da República em 2010. O mineiro desistiu, e Serra foi à disputa.

Na carta, a juventude tucana listou, além das prévias, outras bandeiras. A primeira é a transformação da corrupção, tema que marcou o noticiário político em 2011, em crime hediondo.

“Não podemos permitir que crimes de corrupção terminem sempre de forma inconclusiva e impune. Por isso propomos transformar crimes de corrupção em crime hediondo para que processos como o do ‘mensalão’ (sic) não se estendam por anos sem punição aos condenados”, diz a Carta de Goiânia.

Os jovens tucanos sustentaram ainda que o PSDB “deve sair na vanguarda do clamor popular pela ética e não permitir em seus quadros nenhum candidato que não seja ‘Ficha Limpa’.

A juventude tucana também defende no documento a redução da maioridade penal para 16 anos “sem idade mínima para crimes hediondos”, o fim do alistamento militar obrigatório e o direito a meia – entrada em eventos culturais e esportivos para jovens até 24 anos – uma forma, segundo eles, de acabar “com a atual corrupção gerada pela emissão descontrolada de carteirinhas estudantis”.

Os jovens tucanos advogaram ainda pelo voto distrital puro.

Aécio e Serra falam para juventude do PSDB em Goiânia

Aécio oposição, Aécio e a juventude

Fonte: Isonilda Souza – O Globo

Aécio e Serra disputam juventude do PSDB

Os dois estiveram em evento em Goiânia promovido pelos jovens filiados; embate foi minimizado

GOIÂNIA. No discurso, não há divisão interna no PSDB, nem grupos serristas e aecistas em pé de guerra. Foi o que disseram os dirigentes do partido presentes ontem no Encontro da Juventude Tucana, em Goiânia.

Mas a agenda cuidadosamente cronometrada pelos organizadores do evento tentou garantir o mesmo espaço ao ex-governador José Serra (SP) e ao senador Aécio Neves (MG), e evitou o encontro dos dois – apontados como pré-candidatos do partido à sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2104. Aécio saiu do evento por volta das 20h e, minutos depois, Serra chegou. Os dois foram recebidos como candidatos pela juventude tucana.

Cada um teve seu momento exclusivo para discursar para cerca de 500 jovens filiados e alinhados ao PSDB, dentro da estratégia do partido de modernizar a legenda, atrair a juventude brasileira para suas causas e ampliar o poder tucano pelos estados com caras novas nas próximas eleições. Principalmente no pleito municipal do ano que vem.

Porém, essa estratégia tem ficado em segundo plano por conta da antecipação de um debate mais caloroso no partido sobre quem será o candidato do PSDB nas eleições presidenciais de 2014. Disputa negada por todos, mas evidenciada nos encontros tucanos.

Ao chegar ontem a Goiânia, no fim da tarde, Aécio minimizou a divisão interna, negando que haja divergências entre seus filiados mais ilustres. Segundo ele, o PSDB chegará unido para a eleição presidencial de 2014:

– Isso é muito mais uma pauta da imprensa. Não existe o PSDB do Aécio e o PSDB do Serra. Existe um só PSDB, que é do Aécio, do Serra, do Marconi Perillo, do Geraldo Alckmin, do Fernando Henrique Cardoso.

Admitindo que tem pretensão de ser o candidato do partido em 2014, mas ressaltando que isso não é um ato de vontade, Aécio voltou a defender a realização de prévias no PSDB para a escolha do candidato:

– Digo sempre que Presidência é muito mais destino do que projeto. No momento certo, acredito que no ano de 2013, através de prévias, que é o que eu defendo, o PSDB indicará quem é aquele que deverá empunhar essas nossas bandeiras. Mas antes de 2014, há 2012. E é preciso que essa juventude, principalmente, seja mobilizada para termos vitórias em todo o Brasil.

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, também minimizou a divisão partidária:

– Se essa divisão se dá em algum lugar, não é no partido. Não tem apoio do PSDB.

Guerra disse que os tucanos vão escolher o presidenciável a partir do resultado das eleições municipais de 2012.

– Pelo menos é isso que eu defendo. Não vejo problemas em realizar prévias, mas vai depender das urnas no ano que vem. Vamos aguardar.

O senador mineiro foi aclamado pelos participantes aos gritos de “Aécio presidente”. Ao longo do encontro, que pretendia reunir cerca de mil jovens, um dos gritos de guerra dos participantes era: “Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos um tucano presidente do Brasil”.

A chegada de Serra estava prevista para as 19, mas ele só chegou por volta das 20h, após a saída de Aécio do evento. Ao chegar, Serra foi recebido aos gritos de “olé, olê, olá, Serra, Serra!” e, durante o seu discurso, subiu o tom das críticas à administração da presidente Dilma Rousseff. Ele acusou o governo de incompetência e corrupção e voltou a atacar a proposta da construção do trem bala entre Rio e São Paulo. E, falando para a plateia jovem, um dos mais célebres ex-presidente da UNE atacou o PT ao declarar que o partido “sufocou o movimento estudantil”.

– Incompetência e corrupção são um casamento perfeito nesse governo.Um ao lado do outro.

Para o ex-governador de São Paulo, nada de interessante acontece no governo Dilma, que nem teria começado ainda, já que, segundo ele, a administração da presidente estaria imobilizada pela sucessão de denúncias de corrupção e pela troca de ministros.

– Entra ministro, sai ministro e, do ponto de vista concreto, nada acontece. Só ideia maluca, como essa do trem bala, que custará R$65 bilhões só para transporte de passageiros.

Para o ex-governador de São Paulo, nada de interessante acontece no governo Dilma, que nem teria começado ainda, já que, segundo ele, a administração da presidente estaria imobilizada pela sucessão de denúncias de corrupção e pela troca de ministros.

– Entra ministro, sai ministro e, do ponto de vista concreto, nada acontece. Só ideia maluca, como essa do trem bala, que custará R$65 bilhões só para transporte de passageiros.

Segundo Serra, o dinheiro do trem bala daria para resolver toda a infraestrutura do transporte voltado para a exportação.

Além do ex-governador, Aécio, Sérgio Guerra e do governador de Goiás, Marconi Perillo, participaram do encontro outros líderes regionais do PSDB, como o presidente nacional da Juventude Tucana, Marcello Richa (filho do governador do Paraná, o também tucano Beto Richa).

Evento tucano no Rio concentra críticas ao PT

Choque de Gestão, Gestão Pública, Combate à Corrupção, Administração Pública, inchaço da máquina pública

Evento tucano no Rio concentra críticas ao PT

Fonte: Cássio Bruno – O Globo

Cúpula do PSDB deixa divergências de lado para fazer duros ataques às administrações de Lula e Dilma

Com um discurso de “renovação” para promover o “debate de ideias no país”, o PSDB usou ontem o seminário “A nova agenda – desafios e oportunidades para o Brasil”, no Rio, como palanque eleitoral. A cúpula tucana, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, atacou o PT e os governos Lula e Dilma Rousseff. Organizado em um  hotel da Zona Sul pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), entidade de formação política  do PSDB, o evento serviu também para enaltecer os oito anos da administração de FH e das gestões do PSDB em Minas Gerais e em São Paulo.

Em um discurso de quase 20 minutos, o ex-presidente Fernando Henrique não economizou nas críticas. Segundo ele, a área de infraestrutura é desvalorizada em termos de recursos pelo atual governo, que, além disso, cometeria equívocos no setor.

– Para que trem-bala, meu Deus? E olha que eu sou paulista/carioca. Para mim, é uma maravilha – ironizou ele, ao se referir ao projeto de transporte que ligará os estados do Rio e de São Paulo. – Em termos de prioridade de gastos, o  Programa  de  Aceleração  do  Crescimento  (PAC)  não  existe.  É  um  amontoado  de  iniciativas  desencontradas – completou.

“Lula deformou o que foi feito antes”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi alvo de Fernando Henrique:

– Dizem a miúdo que o governo Lula seguiu o que foi feito antes. Não! Ele deformou, destruiu o que foi feito. Como não tinham programa (de governo), pegaram o nosso e, como não sabiam executá-lo, executaram mal.

FH citou o slogan do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “yes, we can” (sim, nós podemos). O tucano sugeriu uma adaptação: “Yes, we Care” (sim, nós cuidamos).

– O que falta é carinho, é atenção. Temos de ser o partido que se preocupa com as pessoas, com o seu bem-estar – afirmou ele, que também falou sobre juros, atacando os adversários:

– O PSDB agora é um partido que quer baixar os juros. Perguntam: por que não fizeram antes? Porque as condições eram outras. Mas, em 2008, já podiam ter baixado os juros. O temor atual é: será que vai dar certo? Ou seja: será que não existe mais um risco de a inflação voltar por aí?

Aécio ressaltou importância da união do partido

O seminário contou com a presença de deputados, governadores, senadores, prefeitos e vereadores, além de filiados. O ex-candidato à Presidência e ex-governador de São Paulo José Serra chegou a avisar aos organizadores que não compareceria, pois estava em Londres, mas acabou chegando na última hora. Ele retornou ao país no mesmo voo de um dos palestrantes, o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida.

Antes de surpreender os convidados ao convocar Serra para discursar, Aécio admitiu ser “natural” haver divergências no partido. O senador, no entanto, ressaltou a união de tucanos para construir um projeto para o Brasil nas próximas eleições. E mirou no PT:

– No momento em que o PT abdica de um projeto de país para se dedicar exclusivamente a um projeto de poder custe o que custar, cabe ao PSDB fazer o que inicia aqui hoje (ontem): propor uma nova e ousada agenda para o país.

Aécio criticou o inchaço da máquina pública, lembrando das crises ministeriais no governo Dilma Rousseff:

– O que falta hoje no Brasil é um choque de profissionalismo na gestão pública. É inconcebível que tenhamos, hoje, quase 40 ministérios. Para quê? Para que ministérios, como o do Esporte, tenham 75% dos cargos de livre nomeação ocupados pelos companheiros partidários? Isso não existe.

Serra seguiu o mesmo tom:

– Toda oposição precisa beber do conhecimento, de fontes intelectuais para poder avançar. E não só a oposição. Aliás, um traço marcante dos governos do PT é a absoluta impotência para produzir idéias novas.

Para Serra, a administração petista é um factoide:

– Trata-se de um governo que vive a reboque dos acontecimentos, inclusive da explosão de escândalos no seu interior. Um governo de factóides e salamaleques, especialmente nos fóruns internacionais.

A  plateia  assistiu a  palestras  de  especialistas e  ex-colaboradores  do  governo FH  nas  áreas  de segurança  pública, educação, saúde, previdência e economia. No encontro, o grupo comparou índices da gestão presidencial tucana com as de Lula e Dilma.

– De 1995 a 2002, foi a fase em que implantaram no SUS as principais inovações e de atenção básica da família. Em 2011, os principais problemas da Saúde são o tempo de espera, a falta de médicos, a falta de medicamentos básicos e a qualidade precária no atendimento – comparou o economista André Médici, na apresentação sobre o assunto.