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Ações da Petrobras caem 14%, menor valor em 11 anos

Petrobras não tem o que comemorar em 2015: o ano mal começou e as ações da estatal já perderam R$ 17,7 bilhões em valor de mercado.

Denúncias de corrupção e mercado internacional afetam a Petrobras

Fonte: O Globo

Ação da Petrobras cai ao menor valor em 11 anos e já perdeu 14% em 2015

Bolsa fecha em queda de 2,05%; dólar chega a R$ 2,73 mas encerra valendo R$ 2,70

Petrobras não tem o que comemorar em 2015: o ano mal começou e as ações da estatal já caíram 14% na Bolsa, perdendo R$ 17,7 bilhões em valor de mercado em apenas dois pregões. Nesta segunda-feira, com preocupações sobre a Grécia e desaceleração na China e informações desencontrados do governo sobre ajustes na economia fizeram os papéis da petrolífera despencarem ao menor valor em mais de 11 anos, encerrando cotadas bem abaixo de R$ 9. Com a queda forte da companhia, a Bolsa brasileira inicia a semana em terreno negativo. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário local, caiu 2,05%, aos 47.516 pontos. Já no mercado de câmbio, o dólar comercial avançava 0,59% ante o real, a R$ 2,707 na compra e a R$ 2,709 na venda. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a valer R$ 2,732.

Na Grécia, a preocupação é que a crise política gere instabilidade na região, e já se especula a saída do país da União Europeia. Já na China o temor dos investidores é de uma desaceleração ainda maior na economia do país asiático. Essa redução no ritmo de crescimento tem afetado fortemente o preço de commodities, o que prejudica os países emergentes exportadores de matérias-primas, como o Brasil.

O euro caiu ao seu menor valor contra o dólar em quase nove anos. Além do temor de uma saída grega, a moeda é pressionada pelas especulações de que o Banco Central Europeu (BCE) está próximo de iniciar um grande programa de compra de ativos para estimular a economia. No meio da tarde, a moeda europeia caía 0,7% frente à divisa americana, a US$ 1,191. O euro chegou a valer a US$ 1,186, menor valor desde março de 2006.

É o menor preço das commodities, além das denúncias de corrupção no âmbito da Lava Jato, que tem prejudicado o desempenho das ações da Petrobras, que já aprofundaram a queda no início da tarde. O preço do petróleo tipo Brent opera novamente em queda, abaixo dos US$ 54 o barril. Os papéis preferenciais da estatal fecharam em queda de 8,01%, a R$ 8,61, e os ordinários recuaram 8,11%, a R$ 8,27 — o menor valor desde 30 de setembro de 2003, quando fechou valendo R$ 8,23. O valor de mercado da companhia é de R$ 109,7 bilhões.

— A principal força negativa nos mercados hoje é a cotação do petróleo, que cai com as perspectivas negativas de crescimento global e com o fato de os EUA prever se tornar exportador de petróleo, algo inédito — explicou Maurício Pedrosa, estrategista da Queluz Asset Management.

— A Petrobras é afetada, além do preço do petróleo, pelo fato de não haver qualquer alteração nos seus quadros mesmo diante de situação tão grave. A sensação que dá é que, quem investe na companhia no longo prazo, está investindo no escuro — analisou Alvaro Bandeira, sócio da Órama.

Além dos fatores externos, Adriano Moreno, estrategista da Futura Invest, destaca uma influência negativa interna sobre o mercado.

— Pegou muito mal a presidente Dilma ter desautorizado o ministro do Planejamento sobre mudanças no cálculo do reajuste do salário mínimo. Isso aconteceu logo na virada do ano e deixou a sensação de que talvez a autonomia da nova equipe econômica será limitada — afirmou o analista.

No final de semana, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, precisou divulgar uma nota afirmando que a política de reajuste não será alterada após a presidente Dilma Rousseff demonstrar descontentamento com as declarações.

“Em 24 horas a presidente já começou a tirar a autoridade dos principais ministros. Preocupante, até porque o salário mínimo tem crescido acima do aumento de produtividade dos trabalhadores brasileiros”, afirmou, em relatório a clientes, os analistas da Yield Capital.

Apesar das pressões negativas, Adriano Moreno acredita que a Bolsa brasileira tem pouco espaço para cair mais nos próximos dias, uma vez que já vem de uma queda de 3% no primeiro pregão do ano, na sexta-feira.

SETOR DE EDUCAÇÃO SOFRE COM MUDANÇA NO FIES

Apesar de a valorização do dólar ter sido global, mudanças no programa de intervenção do Banco Central também contribuíram internamente para a tendência. O BC anunciou no fim de dezembro que reduziria em 2015 de US$ 200 milhões para R$ 100 milhões a oferta diária de contratos de swap cambial — operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro e que busca desvalorizar a moeda estrangeira. O BC também disse que o programa vai vigorar por pelo quatro meses, em vez dos seis meses de a renovação que a autarquia vinha promovendo.

Entre as ações, o Ibovespa operou em queda generalizada, com praticamente todas papéis registrando desvalorização. Depois da Petrobras, a principal contribuição negativa veio da rede de universidades Kroton, que caiu 6,35%. As companhias do setor de educação são afetadas pela mudança nas regras do Fies, programa de financiamento universitário do governo federal. A partir deste ano, os estudantes precisarão atingir pelo menos 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não zerar a redação para conseguirem o financiamento. O programa responde por uma parcela importante das receitas das universidades privadas. A ação da Estácio caiu 5,71%.

Em cenário negativo para a economia global, a Vale registrou queda de 1,50% (ON) e 1,07% (PN). Outras “blue chips” (ações mais líquidas e importantes da Bolsa) também pressionaram o índice. A Ambev recuou 2,19%. O Banco do Brasil caiu 2,08%.

PSDB pede ao TSE cassação do mandato de Dilma Rousseff

PSDB pediu ao TSE cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff por suposto abuso de poder econômico e uso indevido da máquina pública.

PSDB acusou Dilma e Temer de receber dinheiro de origem ilegal de empreiteiras investigadas por envolvimento em fraudes na Petrobras.

Fonte: O Globo

PSDB pede cassação do mandato de Dilma

Partido alega que houve ilegalidades desde a convocação de rede nacional de rádio e TV para comemorar o Dia da Mulher até gastos da campanha acima dos limites

PSDB pediu ontem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff por suposto abuso de poder econômico e uso indevido da máquina pública durante a campanha eleitoral. Os advogados do partido protocolaram o pedido pouco antes da solenidade de diplomação da presidente e do vice-presidente Michel Temer. Na ação assinada também pelos partidos que se aliaram aos tucanos nas eleições presidenciais, aponta como ilegalidades desde a convocação de rede nacional de rádio e TV para comemorar o Dia da Mulher até gastos da campanha acima dos limites estabelecidos inicialmente.

“A eleição presidencial de 2014, das mais acirradas de todos os tempos, revelou-se manchada de forma indelével pelo abuso de poder, tanto político quanto econômico, praticado em proveito dos primeiros réus, Dilma Vana Rousseff e Michel Miguel Elias Temer Lulia, reeleitos Presidente e Vice-Presidente da República, respectivamente”, diz o texto. O PSDB alega que, com o pretexto de celebrar o Dia da Mulher, a presidente fez propagada de seu governo. No pronunciamento na TV, Dilma destacou o número de empregos e outras conquistas das mulheres durante sua administração.

PSDB acusou Dilma e Temer de receber dinheiro de origem ilegal de empreiteiras investigadas por envolvimento em fraudes na Petrobras. Para os tucanos, além de abusar nos gastos, a presidente e o vice-presidente da República “também abusaram do poder econômico — gastando acima do limite inicialmente informado e recebendo doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas”.

Como base da acusação, o PSDB cita declaração do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa que, em depoimento à Justiça Federal em agosto, disse que parte da propina recebida de empreiteiras com contratos com a estatal era destinada ao PT. Na ação, o PSDB destaca ainda as doações que as empreiteiras fizeram ao PT em 2012 e 2013. O PSDB aponta ilegalidades ainda na manipulação de dados oficiais desfavoráveis ao governo e o uso de empresas públicas.

Petrolão: Graça Foster diz que denúncias de Venina Velosa eram vagas

Desmandos na Petrobras: ao citar trechos de um e-mail que Venina lhe enviou em 2011, Graça negou informações claras sobre corrupção.

Petrobras sem governança

Fonte: Folha de S.Paulo

Denúncias eram vagas, diz chefe da estatal

A presidente da PetrobrasGraça Foster, voltou a dizer nesta quarta-feira (17) que eram vagas as denúncias que recebeu da funcionária da estatal Venina Velosa da Fonseca.

Segundo reportagem publicada pelo “Valor Econômico” na semana passada, Venina enviou vários e-mails a Graça a partir de 2009 alertando-a sobre irregularidades na construção da refinaria Abreu e Lima e em outras obras na área de abastecimento.

Venina era gerente do ex-diretor Paulo Roberto Costa, réu nos processos da Operação Lava Jato. Os dois se desentenderam em 2009, quando Venina determinou investigações sobre problemas na área de comunicação da diretoria.

Venina foi transferida para Cingapura em 2010. Há um mês, foi responsabilizada por falhas na refinaria de Abreu e Lima e perdeu o cargo de chefia.

“Recebi e-mails de 2009, quando ela teve uma briga com Paulo Roberto não sei por quê”, afirmou Graça. “Com as informações que tínhamos na época, nada mais havia do que preços além dos projetados.”

Citando trechos de um e-mail que Venina lhe enviou em 2011, Graça negou que o conteúdo trouxesse informações claras sobre corrupção na estatal. “Ela fala em esquartejamento de projeto. Não sei o que é. Licitação ineficiente. Também não sei”, afirmou.

A presidente da Petrobras disse que na época sugeriu a Costa que conversasse com VeninaGraça afirmou que a funcionária provavelmente se referia a discussões genéricas ocorridas na diretoria da empresa no e-mail em que diz à presidente da empresa que ela “conhece” o conteúdo de suas denúncias.

Manifestantes fazem faxinaço contra corrupção na Petrobras

Petrobras: Entre vassouras e baldes, para ‘limpar’ a empresa, os manifestantes carregavam cartazes pedindo o afastamento de Graça Foster.

Petrobras no limbo

Fonte: O Globo

Petrolão: ‘faxinaço’ vira protesto contra corrupção na Petrobras

Manifestações contra a crise na estatal pediram o afastamento de Graça Foster

Um grupo de cerca de 20 pessoas protestou na manhã dessa terça-feira em frente à sede da Petrobras, no Centro do Rio, contra a corrupção na estatal. A manifestação chamada “Faxinaço” aconteceu também em São Paulo. Entre vassouras e baldes, para ‘limpar’ a empresa, os manifestantes carregavam cartazes pedindo também o afastamento de Graça Foster da direção da Petrobras.

Pelos menos outras cinco cidades brasileiras haviam marcado protestos do mesmo tipo: São Sebastião, Belo Horizonte, Brasília, Vitória e Recife. A manifestação também estava prevista para acontecer em Houston, nos Estados Unidos.

— O objetivo não é reunir milhares de pessoas em uma passeata, é manifestar nossa indignação com o que vem acontecendo no nosso país com a nossa maior empresa — afirmou a estilista Adriana Baltazar.

Uma senhora de 69 anos, que não quis se identificar, afirmou que compareceu ao ato porque está “indignada”. Usando chapéu, óculos e brincos de pérolas, a idosa disse que não é a primeira vez que o grupo organiza protestos contra o atual governo. De acordo com ela, o primeiro ato aconteceu em 31 de julho de 2012, contra o mensalão, e desde então foram organizadas inúmeras manifestações do mesmo tipo.

— Estou indignada com o que está acontecendo no nosso país. Corrupção tem em qualquer lugar do mundo, mas ter um partido que se infiltra por todo o governo e coloca na principal empresa do país pessoas para roubarem, enquanto os serviços públicos são deficientes, (é inaceitável) — defende a aposentada, que não participou das manifestações de junho de 2013 porque estava viajando.

Durante o protesto, um grupo de turistas passou pelo local e foi informado sobre a reivindicação por uma das participantes do ato, que disse em inglês ‘A melhor empresa do Brasil’ e fez um sinal de negativo com as mãos. Militares da reserva também estiveram no ato.

EM SP, MANIFESTANTE USA MACACÃO DA ESTATAL

Cerca de 30 pessoas se reuniram nesta segunda-feira na Avenida Paulista, região central de São Paulo, para protestar contra a corrupção na Petrobras. Com baldes e vassouras, os manifestantes simularam um “faxinaço”. O ato simbólico de limpeza também estava marcado para acontecer no Rio de Janeiro, em Vitória, Recife, Brasília, São Sebastião (SP) e Houston (EUA).

Organizado pelas redes sociais por pessoas que se conheceram em manifestações contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, os participantes vestiam camisetas e adesivos com a marca de uma mão com quatro dedos suja de preto e carregavam cartazes em português e inglês para “chamar a atenção da mídia estrangeira”, conforme explicou um dos manifestantes.

O técnico de estabilidade de plataformas petrolíferas Márcio Camargo, 54 anos, disse ter trabalhado dez anos na Petrobras e estar indignado com a corrupção institucionalizada na estatal. Ele foi ao ato com o macacão da empresa e levou sua empregada doméstica, também vestida com o uniforme.

— Minha funcionária é do interior da Bahia e, mesmo na limitação dela, ela é bem inteligente e tem entendido o que está acontecendo. Eu a convidei para me ajudar a segurar a faixa e ela gostou da ideia — afirma Camargo.

Shirley Xavier, 31 anos, funcionária de Camargo, afirmou que essa foi a primeira manifestação da qual ela participa mas que, a partir de agora, pretende ir em outras.

— Eu resolvi que agora vou participar mais porque o Brasil está uma baixaria, é muita roubalheira. É na Petrobras, no metrô, na saúde. Acho que o PT é um partido muito corrupto — disse Shirley.

Camargo contou que estava na plataforma da bacia de Campos (RJ), quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou a produção de um milhão de barris de petróleo. Na época, disse, não ouvia tantas histórias de corrupção na estatal como agora.

— Essa questão do empresariado (de pagar propina) sempre existiu, mas nunca dessa maneira tão devastadora. Corrupção sempre teve, em todos os partidos, mas o PT institucionalizou a corrupção.

Em meio aos gritos de ordem como “Graça nem de graça” e “fora, Mantega”, o advogado Mauro Scheer, 34 anos, afirmou que falta uma gestão profissional da Petrobras.

— Minha motivação para estar aqui é fazer algo para mudar o Brasil porque se não mudarmos o Brasil, teremos que mudar do Brasil. A Graça (Foster, presidente da Petrobras) é técnica, mas toda a diretoria é política. É preciso nomear profissionais na empresa para acabar com essa corrupção endêmica e resgatar o orgulho do nosso país — afirmou o advogado, que fez questão de dizer que é contra a intervenção militar no país.

Centista político diz que oposição aumentou poder

Oposição não ficou apenas mais aguerrida, mas teve, segundo cientistas políticos ouvidos, uma mudança de comportamento.

PT não terá tréguas no Congresso

Fonte: O Globo

‘Houve aumento do poder da oposição’, diz cientista político

Políticos contrários ao governo se aproximam do modelo petista na gestão FH e ficam mais aguerridos

Desde que a presidente Dilma Rousseff foi reeleita com a diferença de pouco mais de três milhões de votos, a oposição não ficou apenas mais aguerrida, mas teve, segundo cientistas políticos ouvidos pelo GLOBO, uma mudança de comportamento. Professor da FVG-SP, Oscar Vilhena diz que o resultado que quase a levou ao poder fez com que a “ natureza” da oposição passasse por uma transformação, o que pode levá-la ao modelo que o PT exercia durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

— No Congresso, houve aumento de poder da oposição. Com isso, nas áreas administrativas, acredito que vá agir como o PT agia no governo FH, com muita dureza. Na área econômica, como o PT fez uma agenda de convergência, acho que vai ser dura, mas não uma oposição sistemática, não da forma irresponsável que o PT fazia. Acredito que possa haver distinção — diz Vilhena, destacando que em alguns casos a oposição se mostrará “contundente e ambígua”: — Em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), parte da oposição viu que era preciso pensar na governança e que colocar a presidente no fogo podia afetar os governos oposicionistas. Mas é preciso ainda lembrar que existem duas oposições. A majoritária, com PSB e PSDB, e uma mais voltada à direita, com (JairBolsonaro, (RonaldoCaiado. Mesmo com a nova composição do Congresso, a partir de fevereiro, esses blocos vão ter que dialogar. E é cedo para saber como isso vai se dar.

Mas nem só a oposição tem criado dificuldades e imposto derrotas ao Planalto. A base aliada, desde a reeleição, também pouco deu trégua.

— Dilma ter ganho com pouca diferença faz com que a base veja o PT e ela enfraquecidos. Com a questão econômica e as denúncias da Petrobras, o PMDB e os demais partidos sabem que Dilma vai precisar de apoio e, por isso, barganham. Na votação da LDO, o PMDB deu um voto de confiança ao Planalto, mas vai querer ter seus pleitos atendidos — diz Ricardo Ismael, da PUC-Rio.

Professor da UnB, David Fleischer diz que o “toma lá dá cá deve diminuir depois do anúncio do Ministério”:

— Mas como nem todos serão contemplados, é provável que a eleição do peemedebista Eduardo Cunha para a presidência da Câmara vire motivo de barganha. Com a oposição mais dura, o novo mandato vai ser um desafio.

Dinheiro do Petrolão em conta do PT é grave, diz Aécio

Senador considerou gravíssima a denúncia de que dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu a conta oficial do PT na campanha de 2010.

Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, disse que parte da propina paga ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi destinada a doações oficiais feitas ao PT.

Fonte: PSDB

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) considerou gravíssima a denúncia, feita por um empresário no acordo de delação premiada da operação Lava-Jato da Polícia Federal, de que dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu a conta oficial do PT na campanha de 2010.

Segundo o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, em depoimento à Polícia Federal, parte da propina paga ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi destinada para doações oficiais feitas ao PT. O empresário afirma que doou R$ 4 milhões ao PT entre 2008 e 2011.

“Essa é a denúncia mais grave que surgiu até aqui.  O dirigente de uma das empresas que pagou suborno, segundo ele, ao diretor da Petrobras, recém solto pelo ministro Teori, diz que parte dessa propina foi depositada na campanha do PT em 2010”, disse Aécio Neves em entrevista à imprensa no Congresso Nacional.

De acordo com reportagens publicadas pela imprensa, nesta quarta-feira (03/12), além das doações oficiais, o dinheiro da propina da Petrobras chegava ao PT por meio de parcelas em dinheiro e em contas indicadas no exterior.

Para Aécio, as denúncias devem ser apuradas a fundo e reforçam as suspeitas de que o PT foi beneficiado por parte dos recursos desviados na Petrobras, pagos pelas empresas como propina.

“Se comprovadas essas denúncias, é algo extremamente grave. Estamos frente a um governo ilegítimo. Isso é a demonstração clara de aquilo que disse recentemente e a comprovação da verdade. Essa organização criminosa, que segundo a Polícia Federal se instalou no seio da Petrobras, participou da campanha eleitoral contra nós”, afirmou.

Debate da Record: Aécio oferece alternativas para mudar o Brasil

Aécio ressaltou necessidade de melhorar o Saúde da Família, fortalecer o Bolsa Família, combater a inflação e profissionalizar a Petrobras.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Em debate na Rede Record, Aécio reafirma compromissos e deixa adversária sem respostas

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, ressaltou, neste domingo (19/10), a necessidade de melhorar o programa Saúde da Família, de fortalecer o Bolsa Família, de combater a inflação e profissionalizar a Petrobras. No debate, promovido pela Rede Record, Aécio deixou a adversária e candidata do PT à reeleição Dilma Rousseff sem respostas em questionamentos importantes para o país, como corrupçãodesvio de dinheiro público e má gestão das estatais.

A seguir, os principais trechos do debate.

Recado para o (a) eleitor (a)

A nossa proposta não se contenta em ver o Brasil crescendo menos que todos os seus vizinhos, a inflação voltando a atormentar a vida do trabalhador e os nossos indicadores sociais piorando a cada ano. Eu sou candidato à Presidência da República para mudar de verdade o Brasil, não apenas no slogan. O Brasil quer mudança, eu não sou mais o candidato de um partido político, eu sou o candidato que encarna o sentimento de que os brasileiros podem muito mais do que estão tendo hojeNós merecemos ter um governo que respeite o dinheiro público, que melhore os nossos indicadores sociais, que una o Brasil em torno de um grande e ousado projeto. O que eu vi hoje pela manhã no Rio de Janeiro é algo que eu levarei comigo para sempre, para fazer um Brasil decente e honrado para todos e todas as brasileiras.

Bancos públicos

No nosso governo, os bancos públicos serão fortalecidos, eles são essenciais ao crescimento da economia, nos mais diversos setores, e também aos avanços sociais.

Quero aproveitar este momento para me dirigir aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. No nosso governo, os bancos públicos serão fortalecidos, posso garantir que não vão entrar na cota política, serão imunes. No nosso governo, não haverá Pizzolatos [referência a Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, acusado de envolvimento no Mensalão]. Vamos profissionalizar os nossos bancos e privilegiar os nossos funcionários de carreira. Fizemos as privatizações que precisavam ser feitas, e os bancos públicos, candidata, vão ser fortalecidos no nosso governo. Pergunto à senhora: é justo, por exemplo, que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estejam recebendo atrasado ou deixando de receber recursos doTesouro?

Contaminação dos setores públicos

Há uma contaminação em órgãos do governo. Recentemente, um importante diretor do Ipea pediu demissão, porque não foi a ele dada a oportunidade de discutir, de debater e divulgar números que mostram que houve um aumento da pobreza extrema no Brasil, nesse último período, candidata. Por quê? Por que não foi possível que o Ipea, uma instituição tão respeitada por todos os brasileiros, pelo menos até agora, não pudesse dividir com os brasileiros esses números, candidata? Na verdade, o que nós estamos percebendo é uma contaminação muito grande de instituições que fazem com que o Brasil possa ter confiança no seu futuro, pois nos apresentam radiografia do nosso passado. Com o IBGE foi a mesma coisa. A senhora permitiu que se criasse uma crise enorme interna porque não houve a liberação de determinados dados. Agora o Ipea e a Embrapa estão na mesma situação, esta é outra herança perversa deste governo, as nossas principais instituições com enorme credibilidade acabam hoje vendo seus números questionados.

Desvios na Petrobras

Mas eu quero voltar à questão essencial: a governança. A senhora foi presidente do Conselho de Administração durante um longo tempo, como essas coisas poderiam acontecer de uma forma tão sistêmica, candidata? Isso é grave e precisa mudar no Brasil. Nós precisamos profissionalizar as nossas empresas, tirá-las da agenda política, porque tudo isso é consequência da forma como as pessoas são nomeadas. Montou-se, segundo a Polícia Federal, uma organização criminosa na Petrobras.

Orgulho nacional

Quero dizer que [a Petrobras] vai muito mal. Ela perdeu apenas no período de governo da candidata Dilma cerca de metade do seu valor de mercado. Ela deixou as páginas econômicas para frequentar as páginas policiais. Perdeu credibilidade, e aquele trabalhador que investiu na Petrobras perdeu dinheiro. [No meu governo], vou profissionalizar a Petrobras e valorizar os funcionários de carreira. Nós vamos permitir que a Petrobras volte a ser o orgulho nacional que deixou de ser. E não ache que o pré-sal lhes pertence, foi descoberto pelos investimentos que vieram muito antes do seu governo, patrimônio da sociedade brasileira, mas que será gerido com profissionalismo, com eficiência, e não, infelizmente, da forma como vem acontecendo.

Tesoureiro do PT

O tesoureiro [João Vaccari Neto] do seu partido, hoje ocupando um cargo em Itaipu, nomeado quando a senhora era ministra das Minas e Energia, tem a sua confiança para continuar ocupando esse cargo? Não lhe preocupa, candidata? Não lhe preocupa o que possa estar acontecendo em Itaipu, eventualmente em outras empresas públicas brasileiras? Por que a senhora disse que vai fazer agora, me perdoe, aquilo que deveria ter feito ao longo dos últimos 12 anos?  Triste o País onde o presidente manda investigar, como em algumas ditaduras que o seu governo apoia. Quem investiga são as instituições. Por que não se tomou essa decisão de demiti-lo antes?  Por que não se tomou a decisão de mudar essa diretoria lá atrás? Porque a ata do Conselho da Petrobras não diz isso. Diz que o sr Paulo Roberto renunciou ao cargo e recebeu do seu governo os agradecimentos pelos relevantes serviços prestados a ele. Quais são esses relevantes serviços prestados pelo senhor Paulo Roberto, candidata Dilma?

Aprimorar propostas

Governar é você aprimorar as boas ideias, o Simples foi criado no governo do Fernando Henrique e houve o aprimoramento a partir do Congresso e do qual seu governo participou. É o que nós temos que fazer, as boas ideias, aquelas que melhoram a vida das pessoas, elas têm que avançar, nós não temos que ter essa preocupação em sermos donos de determinado programa. Estes programas são das pessoas, são dos brasileiros.

Confiança

Os brasileiros querem ver o país crescendo, os empregos voltando a ser gerados e aí sim a confiança restabelecida. A confiança que hoje os brasileiros não têm mais.

Denúncias

O que a senhora não pode é achar que o delator da Petrobras [Paulo Roberto Costa] está correto quando denuncia um membro do meu partido e acha que tem que ser investigado, e há dúvidas quando, por exemplo, ele indica que a sua chefe da Casa Civil, a senadora Gleisi, por meio do ministro Paulo Bernardo, seu marido, recebeu recursos, ou outros membros da sua base receberam. Tem que se investigar tudo, candidata. Faltou gestão. Isso é consequência da forma como as pessoas são nomeadas.

Lei do Simples

Sabemos que os micro e pequenos empresários são aqueles que mais empregam no país. Uma das minhas prioridades absolutas, se vencer as eleições, é apresentar uma proposta logo no início do governo de simplificação do nosso sistema tributário para os micros, pequenos e também para o conjunto da economia. Temos um sistema tributário extremamente complexo e oneroso.

Baixo crescimento

Em caso de crescimento é o FMI que diz que a expectativa de crescimento do Brasil é de 0,3%. Lamentavelmente, nós entramos em recessão técnica, como a senhora sabe, porque tivemos dois trimestres seguidos de crescimento negativo. O Peru, muito próximo a nós, tem uma inflação de 3,2%, desemprego de 6% e cresce 3,3% este ano. Vamos aqui ao Chile: uma inflação em torno de 4,4% e um crescimento de 2%. A verdade, candidata, é que as pessoas estão apavoradas. A inflação está aí.

Plano Real

Tenho orgulho enorme de ter podido participar de um momento transformador da vida nacional, quando nós aprovamos o Plano Real, tiramos a inflação das costas dos brasileiros, contra o voto do seu partido, e tenho certeza de que a senhora assume essa responsabilidade. Quando votamos a Lei de Responsabilidade Fiscal, que reordenou a vida dos entes públicos brasileiros, contra a posição do seu partido, e quando iniciamos os programas de transferência de renda, depois ampliados, candidata, pelo seu partido.

Fator Previdenciário

Quero rever o Fator Previdenciário para tirar esse ônus das costas dos aposentados brasileiros, de forma franca e negociada. Em Minas Gerais, tivemos um diálogo franco com as centrais sindicais. Minas Gerais têm os melhores indicadores sociais – educação e saúde. O que permitiu que Minas fosse um dos Estados que mais cresceram.

Demissões nas indústrias

Por que a nossa indústria está sucateada? Por que tivemos, nos últimos meses, os piores meses da década em termos de geração de emprego e de demissões? Vamos olhar para o futuro. Os brasileiros querem ver o país crescer. O que me preocupa são os números pouco confiáveis do seu governo. Não devemos nos preocupar apenas com as estatísticas, e sim em fazer o plano avançar.

Bolsa Família

Não faça isso com os brasileiros, ‘meu’ Bolsa Família? Não é ‘seu’ Bolsa Família. O Bolsa Família é daqueles brasileiros que mais precisam, que estão espalhados por esse país, e vivendo esse terrorismo pré-eleitoral de que o programa vai acabar se os adversários vencerem as eleições. Quando terminou o governo do presidente Fernando Henrique, eram 5 milhões  no Bolsa Família e 100 mil famílias apenas no Bolsa-Escola. Se a senhora não se lembra o nome dos programas, eu lhe ajudo, o Bolsa Alimentação e o Vale Gás. O ato que cria o Bolsa Família diz literalmente que o programa é a união do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Vale Gás e do Cadastro Único. Mas nós não queremos ser donos disso, ele é do povo brasileiro. Esta é, talvez, também uma marca perversa do PT, achar que os programas sociais lhe pertencem.

Segurança pública e combate à violência

Temos uma proposta na área de Segurança Pública absolutamente inovadora, que começa pela proibição do represamento, do contingenciamento dos recursos da área, e sua transferência por décimos para os Estados. Isso significa que os Estados saberão a cada mês com o que contar. Quero fortalecer a Polícia Federal, que tem seu pior orçamento dos últimos cinco anos na área de investimento da sua história e quero fazer com que as forças armadas, também equipadas e valorizadas para que sejam nossas parceiras para controlarmos as nossas fronteiras. O programa de controle das fronteiras do seu governo, seu principal programa nessa área, nos últimos três anos, gastou apenas R$ 1 bilhão. Do fundo penitenciário, a senhora investiu 21%, 80% não foram gastos. Do Fundo Nacional de Segurança Pública, a senhora investiu 43%, portanto isso significa que quase 60% não foram gastos. O programa chamado “Crack é possível vencer” gastou 40% dos recursos previstos.

Revisão dos códigos

Quero, sim, rediscutir o Código Penal e o Código de Processo Penal. No meu governo, diferentemente do que aconteceu nesses últimos 12 anos, eu não vou terceirizar responsabilidades. Vamos trabalhar por uma política nacional de segurança integrada com os Estados e com os municípios, com investimentos e com inteligência. E vou além: terei uma relação diferente com os países vizinhos que produzem drogas, ou matéria-prima de drogas que vêm matar no país. É inaceitável que o Brasil assista morrerem por assassinato 56 mil pessoas a cada ano.

Pronatec

Pronatec vai ser aprimorado. Mas temos que ampliar as horas dos cursos, até 160 horas não adianta, porque o aluno não aprende o suficiente que precisaria aprender para enfrentar o mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Não só esse programa, outros bons programas têm que avançar, mas falta a esse governo, talvez pela marca da composição ou da base que se constituiu no seu entorno, eficiência, foco, resultado. Avançar é muito importante, candidata, mas reconhecer que precisa haver aprimoramento é a essência da administração pública. Não existe nenhum programa acabado e perfeito.

Saúde da Família e Mais Médicos

Não quero um programa apenas para chamar de meu, candidata. Quero não apenas Mais Médicos. Eu quero muito mais do que isso, quero muito mais saúde. Nós votamos também para que os médicos fizessem o Revalida. Não posso aceitar a discriminação que o seu governo faz com os médicos cubanos, que deveriam estar recebendo o que recebem os médicos de outras partes do mundo que aqui estão. Vamos valorizar os profissionais de saúde do Brasil. É assim que nós vamos resolver definitivamente o drama da baixa qualidade da saúde pública que a senhora não reconheceu aqui até agora.

Nova Escola

Quando penso em educação, penso em creches. Em parceria, apenas um terço foi entregue do prometido. Temos de garantir que todas as crianças até 4 anos tenham uma vaga na escola. Queremos avançar em escolas de tempo integral. Por isso, falo na Nova Escola. Temos de flexibilizar os currículos. Vamos avançar. O Enem [Exame Nacional de Ensino Médio] é uma iniciativa ampla e que também precisa ser melhorada. Em qualquer ranking, a educação no Brasil está em baixa. Vamos cuidar muito da educação e valorizando os profissionais de educação.

Obras inacabadas

Durante quase dez anos, o seu governo demonizou as parcerias com o setor privado. Se curvou ao final a ela, mas com atraso enorme. Hoje faz concessões, fez privatizações de aeroportos, mas ninguém tira o atraso de obras essenciais. Vou me dirigir especialmente nesse instante aos nordestinos. Por exemplo, a Transnordestina e a transposição do São Francisco. Infelizmente os nordestinos não receberam ainda uma gota d’água da transposição que deveria ter ficado pronta há quatro anos. A Transnordestina está no meio do caminho, basta viajar pelo Brasil. O marco regulatório do setor ferroviário sequer foi aprovado. As hidrovias anunciadas estão todas elas paralisadas, no papel. A senhora anunciou ao Brasil o famoso trem-bala, já gastou cerca de R$ 2 bilhões. A grande verdade é que a maioria das obras anunciadas pelo seu governo está no meio do caminho. E algo muito mais grave ocorre: com sobrepreços. A refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco é o mais dramático exemplo. Numa obra orçada em cerca de R$ 4 bilhões já se gastaram mais de R$ 30 bilhões.

Debate da Record: Aécio oferece alternativas para mudar o Brasil

Aécio ressaltou necessidade de melhorar o Saúde da Família, fortalecer o Bolsa Família, combater a inflação e profissionalizar a Petrobras.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Em debate na Rede Record, Aécio reafirma compromissos e deixa adversária sem respostas

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, ressaltou, neste domingo (19/10), a necessidade de melhorar o programa Saúde da Família, de fortalecer o Bolsa Família, de combater a inflação e profissionalizar a Petrobras. No debate, promovido pela Rede Record, Aécio deixou a adversária e candidata do PT à reeleição Dilma Rousseff sem respostas em questionamentos importantes para o país, como corrupçãodesvio de dinheiro público e má gestão das estatais.

A seguir, os principais trechos do debate.

Recado para o (a) eleitor (a)

A nossa proposta não se contenta em ver o Brasil crescendo menos que todos os seus vizinhos, a inflação voltando a atormentar a vida do trabalhador e os nossos indicadores sociais piorando a cada ano. Eu sou candidato à Presidência da República para mudar de verdade o Brasil, não apenas no slogan. O Brasil quer mudança, eu não sou mais o candidato de um partido político, eu sou o candidato que encarna o sentimento de que os brasileiros podem muito mais do que estão tendo hojeNós merecemos ter um governo que respeite o dinheiro público, que melhore os nossos indicadores sociais, que una o Brasil em torno de um grande e ousado projeto. O que eu vi hoje pela manhã no Rio de Janeiro é algo que eu levarei comigo para sempre, para fazer um Brasil decente e honrado para todos e todas as brasileiras.

Bancos públicos

No nosso governo, os bancos públicos serão fortalecidos, eles são essenciais ao crescimento da economia, nos mais diversos setores, e também aos avanços sociais.

Quero aproveitar este momento para me dirigir aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. No nosso governo, os bancos públicos serão fortalecidos, posso garantir que não vão entrar na cota política, serão imunes. No nosso governo, não haverá Pizzolatos [referência a Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, acusado de envolvimento no Mensalão]. Vamos profissionalizar os nossos bancos e privilegiar os nossos funcionários de carreira. Fizemos as privatizações que precisavam ser feitas, e os bancos públicos, candidata, vão ser fortalecidos no nosso governo. Pergunto à senhora: é justo, por exemplo, que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estejam recebendo atrasado ou deixando de receber recursos doTesouro?

Contaminação dos setores públicos

Há uma contaminação em órgãos do governo. Recentemente, um importante diretor do Ipea pediu demissão, porque não foi a ele dada a oportunidade de discutir, de debater e divulgar números que mostram que houve um aumento da pobreza extrema no Brasil, nesse último período, candidata. Por quê? Por que não foi possível que o Ipea, uma instituição tão respeitada por todos os brasileiros, pelo menos até agora, não pudesse dividir com os brasileiros esses números, candidata? Na verdade, o que nós estamos percebendo é uma contaminação muito grande de instituições que fazem com que o Brasil possa ter confiança no seu futuro, pois nos apresentam radiografia do nosso passado. Com o IBGE foi a mesma coisa. A senhora permitiu que se criasse uma crise enorme interna porque não houve a liberação de determinados dados. Agora o Ipea e a Embrapa estão na mesma situação, esta é outra herança perversa deste governo, as nossas principais instituições com enorme credibilidade acabam hoje vendo seus números questionados.

Desvios na Petrobras

Mas eu quero voltar à questão essencial: a governança. A senhora foi presidente do Conselho de Administração durante um longo tempo, como essas coisas poderiam acontecer de uma forma tão sistêmica, candidata? Isso é grave e precisa mudar no Brasil. Nós precisamos profissionalizar as nossas empresas, tirá-las da agenda política, porque tudo isso é consequência da forma como as pessoas são nomeadas. Montou-se, segundo a Polícia Federal, uma organização criminosa na Petrobras.

Orgulho nacional

Quero dizer que [a Petrobras] vai muito mal. Ela perdeu apenas no período de governo da candidata Dilma cerca de metade do seu valor de mercado. Ela deixou as páginas econômicas para frequentar as páginas policiais. Perdeu credibilidade, e aquele trabalhador que investiu na Petrobras perdeu dinheiro. [No meu governo], vou profissionalizar a Petrobras e valorizar os funcionários de carreira. Nós vamos permitir que a Petrobras volte a ser o orgulho nacional que deixou de ser. E não ache que o pré-sal lhes pertence, foi descoberto pelos investimentos que vieram muito antes do seu governo, patrimônio da sociedade brasileira, mas que será gerido com profissionalismo, com eficiência, e não, infelizmente, da forma como vem acontecendo.

Tesoureiro do PT

O tesoureiro [João Vaccari Neto] do seu partido, hoje ocupando um cargo em Itaipu, nomeado quando a senhora era ministra das Minas e Energia, tem a sua confiança para continuar ocupando esse cargo? Não lhe preocupa, candidata? Não lhe preocupa o que possa estar acontecendo em Itaipu, eventualmente em outras empresas públicas brasileiras? Por que a senhora disse que vai fazer agora, me perdoe, aquilo que deveria ter feito ao longo dos últimos 12 anos?  Triste o País onde o presidente manda investigar, como em algumas ditaduras que o seu governo apoia. Quem investiga são as instituições. Por que não se tomou essa decisão de demiti-lo antes?  Por que não se tomou a decisão de mudar essa diretoria lá atrás? Porque a ata do Conselho da Petrobras não diz isso. Diz que o sr Paulo Roberto renunciou ao cargo e recebeu do seu governo os agradecimentos pelos relevantes serviços prestados a ele. Quais são esses relevantes serviços prestados pelo senhor Paulo Roberto, candidata Dilma?

Aprimorar propostas

Governar é você aprimorar as boas ideias, o Simples foi criado no governo do Fernando Henrique e houve o aprimoramento a partir do Congresso e do qual seu governo participou. É o que nós temos que fazer, as boas ideias, aquelas que melhoram a vida das pessoas, elas têm que avançar, nós não temos que ter essa preocupação em sermos donos de determinado programa. Estes programas são das pessoas, são dos brasileiros.

Confiança

Os brasileiros querem ver o país crescendo, os empregos voltando a ser gerados e aí sim a confiança restabelecida. A confiança que hoje os brasileiros não têm mais.

Denúncias

O que a senhora não pode é achar que o delator da Petrobras [Paulo Roberto Costa] está correto quando denuncia um membro do meu partido e acha que tem que ser investigado, e há dúvidas quando, por exemplo, ele indica que a sua chefe da Casa Civil, a senadora Gleisi, por meio do ministro Paulo Bernardo, seu marido, recebeu recursos, ou outros membros da sua base receberam. Tem que se investigar tudo, candidata. Faltou gestão. Isso é consequência da forma como as pessoas são nomeadas.

Lei do Simples

Sabemos que os micro e pequenos empresários são aqueles que mais empregam no país. Uma das minhas prioridades absolutas, se vencer as eleições, é apresentar uma proposta logo no início do governo de simplificação do nosso sistema tributário para os micros, pequenos e também para o conjunto da economia. Temos um sistema tributário extremamente complexo e oneroso.

Baixo crescimento

Em caso de crescimento é o FMI que diz que a expectativa de crescimento do Brasil é de 0,3%. Lamentavelmente, nós entramos em recessão técnica, como a senhora sabe, porque tivemos dois trimestres seguidos de crescimento negativo. O Peru, muito próximo a nós, tem uma inflação de 3,2%, desemprego de 6% e cresce 3,3% este ano. Vamos aqui ao Chile: uma inflação em torno de 4,4% e um crescimento de 2%. A verdade, candidata, é que as pessoas estão apavoradas. A inflação está aí.

Plano Real

Tenho orgulho enorme de ter podido participar de um momento transformador da vida nacional, quando nós aprovamos o Plano Real, tiramos a inflação das costas dos brasileiros, contra o voto do seu partido, e tenho certeza de que a senhora assume essa responsabilidade. Quando votamos a Lei de Responsabilidade Fiscal, que reordenou a vida dos entes públicos brasileiros, contra a posição do seu partido, e quando iniciamos os programas de transferência de renda, depois ampliados, candidata, pelo seu partido.

Fator Previdenciário

Quero rever o Fator Previdenciário para tirar esse ônus das costas dos aposentados brasileiros, de forma franca e negociada. Em Minas Gerais, tivemos um diálogo franco com as centrais sindicais. Minas Gerais têm os melhores indicadores sociais – educação e saúde. O que permitiu que Minas fosse um dos Estados que mais cresceram.

Demissões nas indústrias

Por que a nossa indústria está sucateada? Por que tivemos, nos últimos meses, os piores meses da década em termos de geração de emprego e de demissões? Vamos olhar para o futuro. Os brasileiros querem ver o país crescer. O que me preocupa são os números pouco confiáveis do seu governo. Não devemos nos preocupar apenas com as estatísticas, e sim em fazer o plano avançar.

Bolsa Família

Não faça isso com os brasileiros, ‘meu’ Bolsa Família? Não é ‘seu’ Bolsa Família. O Bolsa Família é daqueles brasileiros que mais precisam, que estão espalhados por esse país, e vivendo esse terrorismo pré-eleitoral de que o programa vai acabar se os adversários vencerem as eleições. Quando terminou o governo do presidente Fernando Henrique, eram 5 milhões  no Bolsa Família e 100 mil famílias apenas no Bolsa-Escola. Se a senhora não se lembra o nome dos programas, eu lhe ajudo, o Bolsa Alimentação e o Vale Gás. O ato que cria o Bolsa Família diz literalmente que o programa é a união do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Vale Gás e do Cadastro Único. Mas nós não queremos ser donos disso, ele é do povo brasileiro. Esta é, talvez, também uma marca perversa do PT, achar que os programas sociais lhe pertencem.

Segurança pública e combate à violência

Temos uma proposta na área de Segurança Pública absolutamente inovadora, que começa pela proibição do represamento, do contingenciamento dos recursos da área, e sua transferência por décimos para os Estados. Isso significa que os Estados saberão a cada mês com o que contar. Quero fortalecer a Polícia Federal, que tem seu pior orçamento dos últimos cinco anos na área de investimento da sua história e quero fazer com que as forças armadas, também equipadas e valorizadas para que sejam nossas parceiras para controlarmos as nossas fronteiras. O programa de controle das fronteiras do seu governo, seu principal programa nessa área, nos últimos três anos, gastou apenas R$ 1 bilhão. Do fundo penitenciário, a senhora investiu 21%, 80% não foram gastos. Do Fundo Nacional de Segurança Pública, a senhora investiu 43%, portanto isso significa que quase 60% não foram gastos. O programa chamado “Crack é possível vencer” gastou 40% dos recursos previstos.

Revisão dos códigos

Quero, sim, rediscutir o Código Penal e o Código de Processo Penal. No meu governo, diferentemente do que aconteceu nesses últimos 12 anos, eu não vou terceirizar responsabilidades. Vamos trabalhar por uma política nacional de segurança integrada com os Estados e com os municípios, com investimentos e com inteligência. E vou além: terei uma relação diferente com os países vizinhos que produzem drogas, ou matéria-prima de drogas que vêm matar no país. É inaceitável que o Brasil assista morrerem por assassinato 56 mil pessoas a cada ano.

Pronatec

Pronatec vai ser aprimorado. Mas temos que ampliar as horas dos cursos, até 160 horas não adianta, porque o aluno não aprende o suficiente que precisaria aprender para enfrentar o mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Não só esse programa, outros bons programas têm que avançar, mas falta a esse governo, talvez pela marca da composição ou da base que se constituiu no seu entorno, eficiência, foco, resultado. Avançar é muito importante, candidata, mas reconhecer que precisa haver aprimoramento é a essência da administração pública. Não existe nenhum programa acabado e perfeito.

Saúde da Família e Mais Médicos

Não quero um programa apenas para chamar de meu, candidata. Quero não apenas Mais Médicos. Eu quero muito mais do que isso, quero muito mais saúde. Nós votamos também para que os médicos fizessem o Revalida. Não posso aceitar a discriminação que o seu governo faz com os médicos cubanos, que deveriam estar recebendo o que recebem os médicos de outras partes do mundo que aqui estão. Vamos valorizar os profissionais de saúde do Brasil. É assim que nós vamos resolver definitivamente o drama da baixa qualidade da saúde pública que a senhora não reconheceu aqui até agora.

Nova Escola

Quando penso em educação, penso em creches. Em parceria, apenas um terço foi entregue do prometido. Temos de garantir que todas as crianças até 4 anos tenham uma vaga na escola. Queremos avançar em escolas de tempo integral. Por isso, falo na Nova Escola. Temos de flexibilizar os currículos. Vamos avançar. O Enem [Exame Nacional de Ensino Médio] é uma iniciativa ampla e que também precisa ser melhorada. Em qualquer ranking, a educação no Brasil está em baixa. Vamos cuidar muito da educação e valorizando os profissionais de educação.

Obras inacabadas

Durante quase dez anos, o seu governo demonizou as parcerias com o setor privado. Se curvou ao final a ela, mas com atraso enorme. Hoje faz concessões, fez privatizações de aeroportos, mas ninguém tira o atraso de obras essenciais. Vou me dirigir especialmente nesse instante aos nordestinos. Por exemplo, a Transnordestina e a transposição do São Francisco. Infelizmente os nordestinos não receberam ainda uma gota d’água da transposição que deveria ter ficado pronta há quatro anos. A Transnordestina está no meio do caminho, basta viajar pelo Brasil. O marco regulatório do setor ferroviário sequer foi aprovado. As hidrovias anunciadas estão todas elas paralisadas, no papel. A senhora anunciou ao Brasil o famoso trem-bala, já gastou cerca de R$ 2 bilhões. A grande verdade é que a maioria das obras anunciadas pelo seu governo está no meio do caminho. E algo muito mais grave ocorre: com sobrepreços. A refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco é o mais dramático exemplo. Numa obra orçada em cerca de R$ 4 bilhões já se gastaram mais de R$ 30 bilhões.

Aécio afirma que brasileiro está cansado da incompetência do PT

Aécio: “Trago aqui a indignação dos brasileiros e brasileiras com os quais encontro, em toda a parte do Brasil.”

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Povo brasileiro quer se libertar do governo PT, diz Aécio em debate

O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da RepúblicaAécio Neves, afirmou, nesta terça-feira (14/10), em São Paulo, que o povo brasileiro já está cansado da incompetência que permeou o governo federal durante os 12 anos da gestão petista. O candidato destacou que o pedido que mais tem ouvido de eleitores em suas andanças pelo Brasil é o de “libertação”.

“Trago aqui a indignação dos brasileiros e brasileiras com os quais encontro, em toda a parte do Brasil. Sabe qual a palavra que eu mais tenho ouvido? Libertação. Os brasileiros têm me pedido o seguinte: ‘Aécio, nos liberte desse governo do PT. Nós não merecemos tanta irresponsabilidade, tanto descompromisso com a ética e tanta incompetência’”, disse.

Em debate com a candidata a reeleição à Presidência da RepúblicaDilma Rousseff, naRede BandeirantesAécio agradeceu o voto de confiança de “mais de 30 milhões de brasileiros que acreditaram na proposta de mudança” e o levaram ao segundo turno das eleições, e lembrou as recentes adesões da candidata do PSB à Presidência da RepúblicaMarina Silva, e da viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos(PSB), morto em agosto deste ano.

“Tenham absoluta certeza de que saberei a cada dia dos próximos quatro anos, se vier a ser o presidente da República, honrar cada um dos compromissos que juntos assumimos. Eu me preparei para dar aos brasileiros um governo honrado, eficiente, que avance na qualidade da saúde pública, que enfrente com coragem o drama da criminalidade, que melhore a nossa qualidade da educação. Não permitirei que esse país seja dividido entre nós e eles. Quero fazer o governo da convergência, da solidariedade, da generosidade”, ressaltou Aécio.

“É possível, sim, termos um governo que permita que você viva melhor, que dê novas oportunidades para os seus filhos, que respeite as obras de outros governos. É para isso que eu me preparei e vou assumir a Presidência da República, para honrar cada apoio e cada voto que vier a receber”, salientou.

Mais saúde

Durante o debate, Aécio detalhou diversas propostas de seu governo para a área de saúde, segundo ele negligenciada pela gestão petista. O candidato à Presidência da República lembrou que, durante seu governo em Minas Gerais (2003-2010), o Estado apresentou o melhor atendimento de saúde de toda a região Sudeste. Ele prometeu investir no programa Saúde da Família, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso, cuidar das Santas Casas, reajustar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), e ampliar o atendimento em especialidades médicas.

“O que quero no Brasil é mais saúde, com mais investimento do governo federal. Lamento que a senhora [Dilma] tenha cuidado disso, ou se preocupado com isso, no momento em que seu governo termina. Não cuidou disso nos últimos 12 anos. A impressão que tenho é que  temos aqui dois candidatos de oposição. Não temos um candidato de continuidade. Quem vê a sua campanha acha que a senhora não governou o Brasil ao longo de todos esses anos. Lamento que não tenha feito, ao longo do seu mandato, o que se propõe a fazer agora”, criticou.

Mais educação

Para Aécio, a educação é “essencial para que qualquer país avance na busca de um futuro melhor”. Tendo isso em vista, o candidato a presidente do Brasil defendeu o aperfeiçoamento de programas de ensino profissionalizante como o Pronatec, que foi inspirado nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) do governo de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e no Programa de Educação Profissional (PEP) iniciado em seu governo em Minas Gerais.

“Um orgulho que tenho na vida foi ter levado Minas Gerais a ter a melhor educação fundamental do Brasil quando eu era governador, não sendo o mais rico dos Estados brasileiros e tendo o maior número de municípios. O Pronatec é um bom programa, mas precisa ser aperfeiçoado. A grande maioria dos alunos do Pronatec tem uma carga horária muito pequena, até 120 horas. Precisamos fazer cursos técnicos de maior duração, porque muitos que estão se formando no Pronatec não estão encontrando uma colocação adequada”, avaliou.

Ele acrescentou que se orgulha de ter contribuído para inspirar o governo de Dilma Rousseff“a fazer um bom programa, que precisa ser aperfeiçoado rapidamente”.

Mais segurança

Aécio Neves destacou que o governo Dilma Rousseff também falhou em outro importante setor, a segurança. Apenas 13% do conjunto de investimentos em segurança pública no Brasil vem da União. O restante, 87%, sai dos cofres de Estados e municípios. Aécio prometeu que seu governo vai dar prioridade a uma Política Nacional de Segurança Pública, que vai proibir o contingenciamento de recursos para o setor.

“No meu governo, vou assumir o comando de uma Política Nacional de Segurança Pública. Controlando as nossas fronteiras. Fortalecendo as nossas Forças Armadas, também abandonadas no governo PT, dando à Polícia Federal a estrutura que ela deixou de ter. Vamos enfrentar, em uma discussão altiva, os países que hoje produzem droga ou matéria prima de droga, que vem matar gente aqui no Brasil. Vou proibir o contingenciamento, que é o represamento dos recursos de segurança pública, para que cada Estado possa saber com o que contar e planejar os seus investimentos”, detalhou.

Aécio também reafirmou a necessidade de se avançar no enfrentamento da violência contra a mulher. Para ele, o governo federal não tem oferecido a estrutura adequada aos programas de Disque-Denúncias e às delegacias especializadas.

“Tenho absoluta convicção de que temos como avançar muito no que diz respeito à proteção à mulher, a oportunidades para as mulheres terem um salário mais justo, mais próximo daqueles que têm os homens. Ainda estamos extremamente longe disso. Infelizmente, os próprios fundos, sejam do Fundo Penitenciário, do Fundo de Segurança, extremamente importantes para apoiar os Estados a fazer investimentos para ampliar, por exemplo, as delegacias de proteção à mulher, não chegam. Não há planejamento”, lamentou. 

Menos corrupção

Aécio também propôs à presidente Dilma Rousseff que elevasse o nível do debate durante a campanha presidencial. Ele criticou a postura da adversária petista, pautada por “ataques violentos” e “inverdades”, e mostrou-se estarrecido com as crescentes denúncias de corrupção no atual governo.

“Todos nós, brasileiros, acordamos a cada dia surpresos com novas denúncias. O que acontece na Petrobras é algo extremamente grave, que jamais ocorreu nessa República. É preciso muito mais do que um conjunto de boas intenções em final de governo para o resgate da credibilidade da vida pública. A senhora [Dilma], infelizmente, não tem tomado a atitude que o Brasil espera nesse caso”, completou Aécio.

Entrevista: Aécio comemora aliança com Marina neste segundo turno

Aécio: “Estou extremamente feliz com apoio de Marina Silva e que, esse apoio tocará fundo no coração de milhões de brasileiros”.

Eleições 2014

Fonte: PSDB

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Assuntos: Nossa Senhora Aparecida; apoio de Marina Silva e do PSB; ações de governo

Fala inicial

Quero, em primeiro lugar, dizer da minha alegria de estar aqui na casa da mãe do Brasil, a nossa padroeira Nossa Senhora de Aparecida. Tive um problema com o tempo e não consegui chegar para a missa, mas me sinto realizado poder estar aqui pedindo as bênçãos para Nossa senhora, nessa travessia que nos levará a um Brasil mais justo, mais solidário, onde não prevaleça a tentativa da divisão entre irmãos. Ao contrário, leve a um país cada vez mais próspero, mais unido, com menos diferenças entre as classes sociais, entre as regiões. Para mim é uma alegria poder mais uma vez estar aqui recebendo as bênçãos da nossa padroeira. Devo iniciar essas minhas palavras, agradecendo de forma muito sincera a manifestação que acaba de ocorrer em São Paulo da candidata Marina Silva de apoio a nossa candidatura e declaração do seu voto pessoal.

Marina representa o sentimento de uma parcela muito expressiva da sociedade brasileira que quer voltar acreditar na política como um instrumento de transformação da vida das pessoas. E agora no segundo turno, já que esta foi a vontade de uma parcela importante da população brasileira, no momento que lá chego, venho recebendo apoios sucessivos de forças políticas que se somam a nós nessa caminhada e a chegada de Marina. A meu ver, constrói aquilo que é essencial. Constrói o novo momento da nossa candidatura, de forma definitiva. Com a chegada de Marina Silva, dos seus valores, do seu imenso amor ao Brasil, da sua história de vida, a minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político, não é a candidatura sequer de uma aliança partidária. É uma candidatura que representa o profundo sentimento de mudança que hoje se alastra pela sociedade brasileira. Saberei conduzir esta bandeira. Com dignidade, retidão e com coragem porque o que está em jogo não são a eleição de um candidato, a derrota de uma candidata ou vice- versa. O que está em jogo é algo muito mais valioso. É a possibilidade de o Brasil reencontrar-se com seu próprio futuro. É a possibilidade de o Brasil encerrar este ciclo perverso de governo que aí está, que fracassou na economia, na gestão do estado, na busca pela melhora dos nossos indicadores sociais e o que é mais grave, nos exemplos éticos e morais que deveria dar aos brasileiros para podermos iniciar um novo e virtuoso ciclo, onde a decência e a eficiência possam caminhar juntas. Hoje sob as bênçãos da nossa padroeira. É um dia glorioso para nossa caminhada.  Recebo com muita emoção e com enorme responsabilidade a manifestação da companheira Marina Silva. A partir de agora somos um só corpo, um só projeto em favor do Brasil e em favor dos brasileiros.

Conversas com Marina Silva

Recebo com enorme alegria a manifestação que houve [hoje]. Ontem [11/10] à noite conversei por telefone com a candidata Marina que antecipava a sua decisão. Obviamente não cabia a mim anunciá-la antes dela própria. Pelo contrário, respeitar o seu tempo. Ela é representante de um segmento de pensamento na sociedade brasileira e, obviamente ela teve as etapas de conversas com aqueles que acompanham, que acompanharam. Teve uma votação extremamente expressiva e, obviamente, quis como é da sua natureza dar satisfação ouvir aqueles que a seguem e eu fico muito feliz de que sem qualquer tipo de pressão ela tenha tomado a decisão no tempo certo. É uma decisão que engrandece a boa política brasileira e acredito que nós iniciamos já essa reta final e decisiva do segundo turno demonstrando que o Brasil tem possibilidades não apenas de vencer o atual governo que ai está, que demonstra desespero em todas as suas ultimas ações para se manter no poder como temos as melhores condições para governar juntos o Brasil.

Convergências entre os programas de governo de Aécio e Marina

O nosso plano de governo é absolutamente convergente. Na verdade, um plano de governo, sabem disso os mais experientes que eu aqui, mas não mais velhos também um pouco, mas mais experientes, com certeza, Serra e Geraldo Alckmin, que um plano de governo é uma obra em permanente construção. Ninguém pode ter um plano de governo pronto e acabado para demandas que também não cessam que são crescentes e se renovam. Então houve uma convergência muito natural à valorização das ações sociais, nosso compromisso com a manutenção das políticas sociais, a nossa luta permanente pelo desenvolvimento sustentávele emoldurar isso mais uma vez o nosso absoluto e definitivo compromisso com a democracia, com as liberdades coletivas com as liberdades individuais e com a liberdade de imprensa. Tudo isso nos aproximou. Foi algo feito com absoluta tranquilidade. O documento que ontem anunciei em Recife e aqui uma palavra também pública de agradecimento à manifestação, não apenas do PSB nacional e local que eu já havia feito, mas à Renata Campos, viúva do meu amigo e do nosso amigo Eduardo Campos, e de toda a sua família foram pra mim um momento extremamente marcante. Portanto, essa construção foi feita com muita naturalidade e o programa de governo que eu defendo é muito próximo daquilo que Marina sempre defendeu. Hoje é um dia glorioso para a nossa caminhada rumo à Presidência da República.

Participação de Marina Silva na campanha

Acabo de receber uma manifestação dessa dimensão, dessa grandeza, não cabe a mim manifestar absolutamente mais nada. Estou extremamente feliz com esse apoio e que tocará fundo no coração de milhões de brasileiros, eu tenho absoluta certeza disso.

Fim da reeleição e mandato de cinco anos

Eu defendo há muito tempo o mandato de cinco anos coincidentes sem a reeleição. Portanto, essa proposta que consta desde as diretrizes do nosso programa de governo e permanece. E é convergente também com o que propunha Eduardo Campos e o que propõe hoje Marina Silva. Não houve mudança de absolutamente nada. O que houve foi uma valorização de determinados aspectos, de determinados temas, demos a eles uma luz maior nesse momento da caminhada, e foi um acordo programático em favor do Brasil. Essa realmente é a boa política que se pratica no Brasil hoje, não posso dizer a mesma coisa no outro campo.

Apoio dos católicos a Aécio Neves

Tenho dito sempre que o Estado é e deve ser sempre laico. Cabe a cada um de nós manifestarmos a nossa fé da forma que acharmos adequado. Certamente a presidente deve ter tido outros compromissos. Mas, eu pessoalmente estou muito, mas muito, honrado de estar aqui hoje e podem ter certeza, para mim, pro meu coração é algo muito confortante. Eu vou continuar essa minha caminhada sempre tendo como companheira de viagem a minha fé cristã, meus valores que sempre preguei e sempre pratiquei os valores da família e fiz questão de vir com a minha esposa Letícia aqui hoje. E o que posso dizer para vocês é que saio daqui revigorado. Cada vez que saio daqui dessa catedral, dessa basílica. Já recebi as primeiras bênçãos [referindo-se ao apoio de Marina Silva e do PSB]

Ataques do PT

Estamos vendo uma candidata desesperada, à beira de um ataque de nervos. Os ataques que ela tem a me fazer, na verdade, estão no meu currículo. Eu ocupei todos os cargos públicos com extrema dignidade, aqueles os quais fui nomeado, e aqueles que, durante trinta anos, eu ocupei pelo voto popular. Uma trajetória muito diferente, poderíamos dizer até opostos à dela, que construiu toda a sua vida pública por indicações. Não considero isso um demérito, talvez a grande diferença seja que, em todos os cargos que ocupei, seja eles eleitos ou por indicação, eu os honrei, agi com dignidade e com decência. Não podemos dizer a mesma coisa dos indicados da presidente da República, que podem escolher a área. Se não tiver te ocorrendo nenhuma, podemos escolher a Petrobras mesmo.<

Primeiras ações de seu governo

[Quero] resgatar a confiança dos brasileiros na política e nos seus governantes. Nós temos um conjunto de desafios a enfrentar na economia. O principal deles é resgatar a credibilidade perdida do Brasil para que ela nos ajude a recuperar investimentos, a controlar a inflação e a recuperar o crescimento da nossa economia. Uma simplificação do sistema tributário é absolutamente urgente no país, e o início da discussão para a votação de uma Reforma Política me parece também absolutamente necessárias, até para facilitar a discussão de outras questões relevantes. Vamos reorganizar o Estado brasileiro, substituir esse absurdo e nefasto aparelhamento da máquina pública, que gera ineficiência e desvios sucessivos, pela meritocracia, pela qualificação das pessoas. Nós vamos fazer com que o Estado volte a apresentar resultados, nós vamos permitir que a previsibilidade possa nos aproximar de um horizonte mais tranquilo em relação aos indicadores econômicos. Tenho absoluta certeza que nós vamos trabalhar muito – e eu farei isso ao lado de Geraldo Alckmin, ao lado de José Serra, no Senado, nossos parlamentares -, para reconstruir a federação no Brasil. O Brasil se transformou, ao longo dos últimos anos, em um Estado unitário, em que apenas a União tudo pode, tudo tem e tudo decide, e um país das dimensões do Brasil  não pode ser governado de uma forma tão centralizada.

Ruy Barbosa, Serra, dizia quando a Proclamação da República, que o Império ruíra não por ser Império, mas por não ter uma visão federalista do Brasil, ele se dizia, inclusive, federalista antes até de ser republicano. Precisamos reorganizar, governador Geraldo, e isso faremos isso em parceria com a sua experiência, com sua inspiração, a federação para que os Estados e municípios readquiram as condições deles próprios enfrentarem suas demandas crescentes. Equilibrar a federação será também uma das nossas principais prioridades.