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Dilma vence eleição e dará mais quatro anos de poder ao PT

Presidente Dilma Rousseff, que disputou pelo PT as eleições deste ano, terá mais quatro anos de mandato como presidente do país.

Brasil vai continuar sem rumo

Fonte: O Globo

Dilma Rousseff é reeleita presidente do Brasil

Em pronunciamento, Dilma disse que seu 1º compromisso é promover diálogo e que foi eleita para fazer ‘grandes mudanças’

presidente Dilma Rousseff, que disputou pelo PT as eleições deste ano, terá mais quatro anos de mandato como presidente do país. Após 111 dias de campanha e uma disputa acirrada com Aécio Neves (PSDB), em segundo turno marcado por ataques e acusações, Dilma obteve vitória apertada sobre Aécio: com 100% das urnas apuradas, a petista tinha 51,64% dos votos, contra 48,36% de Aécio. Com a população e o Congresso divididos, um dos desafios da presidente será, em seu governo, conseguir unir o Brasil – o que foi lembrado pelo próprio pronunciamento da presidente reeleita.

O resultado marca a eleição mais acirrada da história da redemocratização do Brasil. Os ex-presidentes Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e a própria Dilma não ganharam de seus adversários por uma diferença tão pequena em pleitos anteriores. Antes de 2014, a menor diferença havia sido registrada em 1989, na disputa entre Collor e Lula. Na ocasião, Collor venceu com 42,75% dos votos, contra 37,86% obtidos pelo então candidato do PT.

O horário de verão atrasou a divulgação do resultado da eleição presidencial, que só ocorreu depois das 20h do horário de Brasília por causa da votação no Acre – com um fuso atrasado três horas em relação à capital federal. Já nos estados onde houve segundo turno (Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal), a apuração começou logo após o término da votação, às 17h, pelo horário local.

EM PRONUNCIAMENTO, COMPROMISSO COM REFORMA POLÍTICA

Em pronunciamento logo após o resultado, Dilma agradeceu duas vezes a Lula e ao vice, Michel Temer (PMDB), e pediu união à população. Dilma disse que seu “primeiro compromisso’ no novo mandato é buscar “diálogo”.

– Minhas primeiras palavras são de chamamento à base e à união. Nas democracias, união não significa necessariamente unidade de ideias. Pressupõe, em primeiro lugar, abertura e disposição para o diálogo. Essa presidenta está disposta para o diálogo e esse é meu primeiro compromisso para o segundo mandato: diálogo – disse.

Com um discurso voltado para a união, a presidente reeleita, no entanto, afirmou não acreditar que o país está dividido por causa das eleições.

— Conclamo, sem exceção, todas as brasileiras e a todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, de nosso país e de nosso povo. Não acredito, sinceramente, que essa essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo que elas mobilizaram ideias, emoções às vezes contraditórias, mas movidos a um sentimento comum: a busca de um futuro melhor para o país. Em lugar de ampliar divergências, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para construção de pontes.

Dilma, que foi interrompida por gritos de “coração valente”ao se dizer que quer ser “uma presidente muito melhor” do que foi até agora, lembrou que “mudança” foi o termo mais presente ao longo da campanha, e disse que foi “reconduzida ao poder” para fazer “grandes mudanças”.

– A palavra mais dita, mais falada, mais dominante, foi “mudança”. O tema, foi reforma. Sei que estou sendo reconduzida à Presidencia para fazer as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige – declarou – Entre as reformas, a primeira e mais importante é a reforma política.

Dilma se comprometeu ainda com o combate à inflação e em avançar no terreno da responsabilidade fiscal.

AÉCIO SE DISSE ‘MAIS VIVO E SONHADOR’

Visivelmente emocionado, o candidato do PSDB à PresidênciaAécio Nevesdisse que a prioridade da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) deve ser unir o Brasil. O tucano agradeceu os votos em São Paulo e disse que sai desta eleição “mais vivo e sonhador”. Ele telefonou para Dilma, para cumprimentá-la pela vitória.

— E ressaltei à presidente que a maior de suas prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros. Mais vivo do que nunca, mais sonhador do que nunca, deixo essa campanha com sentimento de que cumprimos nosso papel — afirmou o tucano, que complementou: — Cumpri minha missão e guardei a fé.

Aécio iniciou sua fala agradecendo os 50 milhões de votos obtidos neste segundo turno, em que conquistou 48,38% dos votos totais. Para o tucano, estes brasileiros apontaram “o caminho da mudança”.

ATAQUES MARCARAM SEGUNDO TURNO

Após ataques durante o horário eleitoral no rádio e na TV e a troca de acusações em debate do SBT, com denúncias de nepotismo entre Dilma e Aécio, o TSE proibiu a veiculação de gravações que não fossem propositivas.

— O tribunal muda sua jurisprudência para estabelecer que, em programas eleitorais gratuitos, as propagandas devem ser programáticas e propositivas, mesmo com embates duros, em relação às candidaturas do segundo turno — disse o presidente da Corte, Dias Toffoli, no dia 16 de outubro.

Embora o TSE tenha levantado a questão e adiantado julgamentos para não prejudicar a igualdade de condições entre as candidaturas, o clima eleitoral não arrefeceu. Nas ruas, foram registrados tumultos entre partidários de ambas as campanhas. Nas redes sociais, a baixaria também teve vez. O Fla x Flu eleitoral abalou amizades, e gerou discussões com troca de ofensas.

DISPUTA ACIRRADA

A disputa mais acirrada desde 1989 teve a primeira reviravolta no dia 13 de agosto, quando o jato que partiu do Rio de Janeiro e levava o então candidato do PSBEduardo Campos, caiu em Santos após arremeter ao tentar pousar no aeroporto. (Confira todas as pesquisas IbopeDatafolha)

Após a morte do então candidato e a comoção causada pela tragédia, Marina Silva assumiu a cabeça de chapa e passou a liderar as pesquisas de intenção de voto. Desidratada após campanha de desconstrução do PT e recuos em relação ao programa de governo, Marina entrou em queda livre.

No primeiro turno, a decisão dos brasileiros contrariou as pesquisas eleitorais das semanas anteriores ao dia 5 de outubro, que indicavam uma disputa entre a candidata do PSB e Dilma Rousseff. No início do segundo turno, Aécio aparecia numericamente à frente nos levantamentos de Ibope e DatafolhaDilma, no entanto, recuperou a dianteira e descolou-se do candidato do PSDB.

No primeiro turno, excluindo os votos brancos e nulos, a petista teve 41,6% da preferência (43,2 milhões de votos), contra 33,6% do tucano (34,8 milhões de votos). A votação surpreendeu, já que a candidata do PSB, Marina Silva, que aparecia empatada tecnicamente com Aécio, ficou em terceiro lugar, com 21,3% da preferência (22,1 milhões de votos).

CANDIDATOS VOTARAM EM MG E RS

Pela manhã, Aécio Neves votou em escola de Belo Horizonte ao lado da mulher, Letícia Weber, às 10h30m. O tucano conseguiu amplo arco de alianças para enfrentar Dilma no segundo turno e comparou a união de candidatos derrotados no primeiro turno com a frente liderada por seu avô, Tancredo Neves, durante a redemocratização do país. Além dos nanicos, como Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB), também ganhou o apoio de Marina Silva (PSB).

Já a presidente Dilma Rousseff manteve o apoio de nove partidos da coligação feita antes do primeiro turno e votou na manhã deste domingo em Porto Alegre, acompanhada do governador Tarso Genro, candidato à reeleição ao governo do Rio Grande do Sul. Antes,Dilma fez um pronunciamento rápido, que durou pouco mais de três minutos, e reconheceu que a campanha que se encerrou às 22h de sábado teve “momentos lamentáveis”.

Rede de proteção à mulher será uma das prioridades do governo de Aécio Neves

Aécio afirmou que pretende criar uma rede de proteção à mulher, ampliar o sistema do Disque-Denúncia e construir mais 6 mil creches no país.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Vamos tirar das estatísticas macabras do Brasil o aumento da violência contra a mulher, diz Aécio

No Dia Nacional da Prevenção da Violência contra a Mulher, o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda BrasilAécio Neves, anunciou nessa sexta-feira (10/10) uma série de compromissos. Aécio afirmou que pretende criar uma rede de proteção à mulher, ampliar o sistema do Disque-Denúncia e construir mais 6 mil creches no país.

Aécio comprometeu-se a ampliar os abrigos familiares a partir de parcerias com municípios. “Nós temos que tirar das estatísticas macabras do Brasil o aumento dos crimes e violência contra a mulher”, afirmou.

Para o candidato, é fundamental reiterar os compromissos com as trabalhadoras e trabalhadores, como a revisão do fator previdenciário. “Vamos encontrar uma forma que não seja tão perversa para com os aposentados como vem sendo o fator [previdenciário]”, disse.

Aécio lembrou ainda que, entre suas prioridades, está a correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação. O governo da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, anunciou o reajuste da tabela em 4,5% para 2015, muito abaixo dos atuais patamares inflacionários. Em 12 meses até setembro, a inflação ficou em 6,75%. Isso significa que o reajuste de Aécio, nesse caso, seria de 2,25 pontos acima da proposta do governo.

O candidato tucano também se comprometeu com a valorização real do salário mínimo, mantendo a atual fórmula até 2019, conforme proposta do PSDB e Solidariedade em tramitação na Câmara. “São só compromissos de um governante que se preparou para exercer o cargo e iniciar uma nova história no Brasil”, destacou.

Pernambuco

O candidato confirmou que estará neste sábado (11/10) no Recife, onde participará de uma série de encontros políticos, onde receberá o apoio do PSB de Pernambuco à sua campanha, e visitará Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto em acidente aéreo.

“Teremos lá um ato formal de apoio de todo o PSB regional à nossa candidatura. O que para mim é uma honra poder receber esse apoio e de enorme emoção, porque recebo o apoio do grupo político de Eduardo Campos”, afirmou Aécio. “[Eu] me considero capaz de levar, Brasil afora, as propostas, os projetos de Eduardo Campos.”

Aécio destacou ainda que respeita o tempo de cada um no que se refere às definições políticas. Questionado sobre a formalização do apoio do ex-jogador Romário (PSB), eleito senador mais votado do Rio de Janeiro, ele reiterou o respeito que tem pelo ex-atleta e seus esforços na valorização e qualificação do esporte nacional.

Entrevista Hoje em Dia: Pimenta quer levar o ensino integral a todas as escolas do Estado

Em entrevista, Pimenta destaca a modernização da infraestrutura e a dinamização da economia de Minas, como algumas das metas de governo.

Coligação Todos por Minas

Pimenta da Veiga quer dinamizar a economia de Minas

Fonte: Hoje em Dia

Em entrevista ao Hoje em Dia, o candidato da coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PSDB), revela as principais metas de sua proposta de governo, caso seja eleito. No plano social, ele garante que as prioridades serão a saúde, educação e segurança. Além da infraestrutura, a dinamização econômica de Minas também está no radar do tucano.

Em seu plano de governo, qual ponto o senhor considera o mais importante e por quê?

As principais bases do nosso plano de governo são a área social, com prioridade para saúde, educação e segurança pública; a modernização da infraestrutura urbana; e a dinamização da economia de Minas.

Além desses pontos, quais são as áreas prioritárias e como pretende desenvolvê-las?

Na educação, vamos levar o ensino integral a todas as escolas do Estado; aumentar as vagas e diversificar os cursos profissionalizantes; valorizar os professores por meio de promoção automática dos que concluírem mestrado ou doutorado e ainda oferecer condições para que optem pelo trabalho integral em uma só escola.

Na segurança, vamos aumentar o policiamento ostensivo e ampliar o efetivo das polícias Militar e Civil. Queremos avançar com os programas de prevenção à criminalidade e às drogas, como o Fica Vivo, pois o tráfico é a principal causa da violência.

Na saúde, vamos ampliar, reformar e construir 17 hospitais regionais, com objetivo de fortalecer o processo de regionalização da saúde. A intenção é fazer com que as pessoas tenham atendimento médico o mais próximo possível de suas casas. Para isso, vamos também implementar incentivos aos médicos que se fixarem nas pequenas cidades.

Na infraestrutura, vamos atacar o problema da mobilidade urbana. Primeiro, é preciso um transporte público de qualidade. O mais eficiente é o sistema sobre trilhos. Na Região Metropolitana, por exemplo, a solução é o metrô. Temos o compromisso de construir o Rodoanel Norte e também 22 contornos rodoviários ao redor de cidades de médio e grande porte, eliminando o tráfego pesado de caminhões e tornando o trânsito mais seguro na Região Metropolitana. E também vamos construir o Rodoanel Sul, ligando Betim à BR-040.

Como pretende trabalhar pelo desenvolvimento econômico e social das regiões de Minas?

Para fazer com que Minas dê um novo salto na economia, vamos aproveitar as potencialidades regionais e diversificar os empreendimentos. Além disso, vamos investir na infraestrutura e na logística, assim como reduzir a carga tributária, dentro da competência do governo estadual. Com isso, aumentamos as oportunidades, gerando mais empregos e atraindo mais recursos para a melhoria da qualidade de vida dos mineiros. Vamos manter todos os programas sociais, como o Travessia.

Entre 2002 e 2012, Minas reduziu a desigualdade social em 10,9%, um resultado melhor que a média do Brasil e do Sudeste. Mais de 3 milhões de mineiros foram beneficiados pelo Travessia em 309 municípios. O programa promove a inclusão social e produtiva da população em situação de pobreza e vulnerabilidade social, por meio de uma série de ações articuladas entre várias secretarias de Estado e órgãos da administração. Temos que ressaltar que o mineiro tem enorme capacidade empreendedora, sempre soube aproveitar as oportunidades de trabalho nas diferentes áreas e precisa ser cada vez mais incentivado a produzir.

Quais são os principais desafios que o novo governador enfrentará?

São vários porque administrar um estado com as dimensões de Minas, com suas diversidades e potencialidades, exige dedicação e trabalho. Reduzir, por exemplo, as diferenças sociais entre as nossas regiões vai exigir muito esforço e determinação porque o modelo econômico adotado pelo governo federal nos últimos anos aponta para momentos difíceis. Mas, da nossa parte, não faltará o empenho para que as regiões mais pobres, como o Norte, o Jequitinhonha e o Mucuri recebam mais investimentos que as regiões mais ricas. Queremos diminuir a distância social entre as regiões de Minas, sem deixar, no entanto, de criar alternativas para que as mais desenvolvidas não fiquem paradas no tempo.

A crise internacional persiste e compromete o crescimento econômico do Brasil. O que fazer para que Minas se expanda e sustente seus projetos de governo?

Não é só a crise internacional que preocupa, mas a política econômica do governo federal do PT que trouxe de volta a inflação com profunda recessão. O retorno da inflação significa prejuízo para todos, é vizinha da corrupção, impede o crescimento, o desenvolvimento de cidades e pessoas. Apesar disso, nos últimos anos, Minas cresceu mais do que a média nacional. A indústria mineira aumentou a sua parcela na economia do Estado, segundo o IBGE. Em 2002, o setor respondia por 27,5% da economia mineira e passou para 32,8% em 2011. Esse índice representa mais do que o crescimento da média nacional. Em 2002, a indústria no Brasil tinha participação de 27,1% e cresceu 0,4 ponto percentual em 2011, quando chegou a 27,5% na economia nacional.

O senhor se considera preparado para enfrentar um eventual cenário negativo, com perdas de arrecadação?

Me sinto extremamente preparado. Além da atração de investimentos, como já citei, vamos intensificar a parceria com a iniciativa privada. Minas é o estado com maior número deParcerias Público Privadas (PPP). Nos últimos seis anos, o Governo de Minas conseguiu atrair R$ 2,3 bilhões para projetos de PPP, e outros R$ 5 bilhões em projetos em licitação. Minas se tornou referência nacional e internacional quando se trata desse modelo, com reconhecimento pela revista britânica World Finance e pelo Banco Mundial.

Se eleito, que Estado o senhor deseja entregar?

Uma Minas onde todos tenham orgulho de dizer onde vivem. Meu maior compromisso é com os cidadãos. As ações do governo terão como objetivo principal promover o bem-estar das pessoas que devem ser contempladas com políticas públicas que tornem nosso Estado uma terra de oportunidades para todos.

Se eleito, qual será o perfil do seu secretariado?

Competência e espírito público. É o que buscaremos entre os homens e mulheres de bem para compor o nosso governo. Queremos fazer um governo moderno, com eficiência em gestão. Como somos apoiados por uma ampla coligação – que inclui 14 partidos, além de lideranças de outras legendas que ao longo da campanha, foram se juntando a nós – não precisaremos nos render a conchavos ou alianças espúrias para garantir governabilidade. O eleitor pode esperar de nós o compromisso com a ética e o interesse público em todas as nossas ações, o que começará já na montagem da equipe de governo.

Por que os mineiros devem votar no senhor?

A nossa candidatura é a mais preparada para governar Minas. Tenho percorrido diversas cidades para escutar as pessoas sobre seus principais sonhos e demandas. Ninguém pode governar bem um país, um estado, um município se não for ouvindo os destinatários das nossas ações. O que me credencia é a minha história pessoal e política, de quase 40 anos dedicados ao interesse público, que me ensinou que o foco de um governo deve ser a melhoria da vida das pessoas.

Atração de empresas será uma das marcas de Pimenta no Governo de Minas

Pimenta da Veiga: “Temos de apoiar fortemente a atividade empresarial, que é geradora de emprego e renda”.

Eleições 2014

Fonte: Pimenta 45

Pimenta: falta de apoio federal afetou atividade econômica e segurança no interior de Minas

Atração de empresas e impulso ao desenvolvimento serão marcas do candidato, que aposta ainda em mais obras, saúde e mais policiamento

O candidato a governador pela Coligação Todos por MinasPimenta da Veiga, afirmou, nesta quinta-feira (18/09), que irá combater os gargalos que a má administração petista no governo federal deixou no Estado. Durante visita às cidades de Ubá e Manhuaçu, na Zona da Mata, e Caratinga, no Rio Doce, Pimenta criticou a falta de atuação federal, nos últimos 12 anos, em diversas questões, como o desenvolvimento econômicoinfraestrutura e a segurança pública em Minas.

“Temos de apoiar fortemente a atividade empresarial, que é geradora de emprego e renda. Ubá é um exemplo: tem um polo moveleiro expressivo, teve já um polo de confecções, que também teve muita força. Então, não vamos deixar que aconteça com o polo moveleiro o que aconteceu com o polo de confecções, porque o governo do PT, com o ministro de Desenvolvimento do PT, que é candidato ao Governo de Minas, não soube apoiar”, ressaltou.

Enquanto ministro do governo federal, o candidato do PT ao Governo de Minas impediu a instalação de grandes empresas em Minas, como a Fiat, que foi levada a Pernambuco por incentivo dos petistas e deixou de gerar mais de 5 mil empregos para os mineiros. Da mesma forma, o Estado perdeu outro grande investimento, o polo acrílico de Ibirité. Milhares de outros postos de trabalho deixaram de ser gerados na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Junto a apoiadores de sua candidatura, em Manhuaçu, o candidato também condenou o descaso do governo do PT para com as fronteiras brasileiras, que permite a entrada de drogas e armas no país, fator que mais gera violência no Brasil. “A questão da criminalidade está muito séria. O país não produz drogas, no entanto, aqui dentro circula muita droga, porque o governo do PT não toma conta das fronteiras”, alertou.

A grave situação econômica pela qual passa o país neste momento foi também destacada pelo candidato a senador Antonio Anastasia, que esteve ao lado de Pimenta da Veiga durante o corpo a corpo com os moradores. O ex-governador de Minas citou a volta alarmante da inflação e o crescimento pífio do país, consequências das políticas econômicas do governo federal.

“Lamentavelmente, o Brasil hoje vive uma crise decorrente de má política econômica do governo federal, e não adianta culpar a crise internacional, porque países vizinhos ao Brasil estão com índices maiores de crescimento. Estamos com um quadro difícil, inflação voltando, passando das metas, indo além do limite, do teto, e um crescimento baixo. Então, é um quadro grave, que o governo federal do PT não está sabendo combater”, disse.

Propostas

Em Ubá, Pimenta da Veiga garantiu conceder insumos para fortalecer a atividade empresarial, geradora de emprego e de renda na região, como o apoio ao crédito, em matéria tributária e no campo político. “Além disso, queremos tratar com absoluta prioridade do contorno da cidade, de modo a dar vazão ao grande trânsito de caminhões e de veículos. Na saúde, vamos criar aqui um Núcleo de Combate ao Câncer, antiga reivindicação da cidade”.

Na caminhada por Manhuaçu, que mobilizou políticos, moradores e lideranças comunitárias, a população também comemorou o anúncio de obras para o contorno viário da cidade e ainda a construção de um hospital que atenda a população de municípios vizinhos. Ações para segurança não ficaram de fora da pauta: “aqui em Minas, vamos aumentar o policiamento ostensivo, para deixar claro que não convivemos com a bandidagem”, declarou.

Pimenta da Veiga reforçou em Caratinga, onde participou com Anastasia de caminhada pela cidade, seu ousado plano para melhorar a educação pública no Estado, que já é considerada a melhor do país no ensino fundamental. Além de aprofundar o ensino profissionalizante, o candidato a governador quer levar a todas as regiões mineiras a escola de tempo integral.

“Este é um projeto do qual tenho grande carinho, porque a criança mais tempo na escola quer dizer duas coisas: primeiro, os pais mais tranquilos, porque sabem que os filhos estão na escola. Depois, as crianças aprendem mais, podem ter um currículo maior e podem ter uma parte dedicada ao esporte, à cultura, de maneira que são atividades muito intensas e muito importantes”, declarou Pimenta da Veiga.

Inflação chega às barraquinhas de BH

Reajustes dos ambulantes chegam a 100% nos preços dos produtos para lanche. Vendas, por sua vez, despencaram.

Inflação em Belo Horizonte

Fonte: Estado de Minas 

Dragão aterroriza as barraquinhas de BH

Luciane Evans

O cachorro-quente da esquina, o docinho do ponto de ônibus, o saco de laranjas na estrada e até mesmo a bala no sinal trânsito fechado. Quem não resiste às iguarias que estão nas ruas já comprovou que elas, agora, estão pesando no bolso. Isso porque, com a inflação estourando o teto da meta do governo, de 6,5%, chegando a 6,51%, o comércio ambulante vem, a duras penas, tentado driblar o que muitos vendedores chamam de “a maior crise já vista”, uma vez que, além da alta dos alimentos, os brasileiros estão cada vez mais endividados e traçando suas despesas na ponta do lápis. Ambulantes já amargam prejuízos de cerca de 30% no faturamento. Para balancear as perdas, alguns, aos poucos, aumentam o valor dos produtos em cerca de 20%, mas temem que um reajuste maior espante ainda mais a clientela, já que, há dois anos, muitas mercadorias custavam a metade do que é cobrado hoje. “Agora, estamos segurando os preços ao máximo. Mas chega um momento que não dá”, desabafa o comerciante Alex Sander Ribeiro de Morais.

São, atualmente, 441 ambulantes licenciados em Belo Horizonte, sendo que, para exercer a atividade legalmente, pagam uma taxa anual de R$ 288,43 a R$ 514,42 à prefeitura, o que vai depender da sua localização. Para se ter ideia, comerciantes que usam veículo automotor, com lanches rápidos, por exemplo, hoje são 262 na cidade e pagam R$ 514,42. Mara de Fátima dos Reis está entre eles. Há um ano trabalhando em uma esquina do Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul, ela, que vende sanduíches, cachorro-quente e espaguete, conta que, por mês, tem uma despesa de R$ 16 mil para um faturamento de R$ 20 mil. E que nos últimos meses seu lucro vem caindo a 25%. “Nós, ambulantes, estamos vivendo um momento difícil. Por isso, em janeiro aumentei em R$ 0,50 o preço de todos os meus produtos e pretendo fazer, nos próximos dias, um novo reajuste”, anuncia. Ela justifica o aumento por causa da queda do movimento e da alta dos alimentos. “As pessoas estão endividadas e os alimentos só aumentam, tudo isso vai nos prejudicando”, argumenta

Mara tem razão. Em agosto, o percentual de famílias endividadas no Brasil ficou em 63%. Além disso, de acordo com os últimos dados do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na sexta-feira, a inflação oficial do país acelerou 0,25% no último mês. Em julho, havia ficado em 0,01%. No acumulado de 12 meses até agosto, a alta chega a 6,51%, um resultado acima do teto da meta da inflação do governo, que é de 6,5%. Em Belo Horizonte, houve queda de 0,02%, mas, no acumulado de 12 meses, a expansão é de 6,24%.

Apesar da alimentação ter tido um recuo de 0,15% nos valores, comer fora de casa tem tido alta intensa, passando de 0,52% em julho para 0,71% em agosto em todo o Brasil. “Com isso, as pessoas estão evitando esse maior vilão do orçamento, que é comer fora do lar. Com as dívidas a pagar e a alta nos preços, os consumidores estão economizando ao máximo”, comenta o economista e professor de finanças da Universidade Fumec, Alexandre Pires de Andrade.

Essa matemática é que tem atrapalhado as contas de quem vive do comércio nas ruas. O Alex Sander, por exemplo, conta que há 10 anos tem um veículo automotivo de alimentos no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul, e está vivendo, este ano, a sua pior crise. Diante dela, teve que aumentar os valores dos seus produtos para não ficar no prejuízo. A famosa vitamina de 500ml que vende, por exemplo, passou de R$ 3,50 para R$ 4. O mesmo ele fez com garrafa de água mineral, que hoje sai a R$ 2, e refrigerantes, atualmente a R$ 3.

“Mesmo repassando esse aumento, o meu faturamento caiu 30% em agosto”, revela Alex Sander, contando que o leite foi o grande vilão para as suas despesas. “Antes, gastava R$ 2 com o litro, hoje, são R$ 2,70”, compara. De acordo com dados do IBGE, o leite teve alta de 0,9% em agosto (veja quadro). O ambulante ainda ressalta que, com a alta nos preços dos alimentos em geral, muitos clientes fiéis estão deixando de comer na rua e trazendo seus lanches de casa. “Tinha uma cliente que gastava R$ 200 por mês comigo, mas me confessou que está sentindo que as coisas apertaram. Por isso, passou a trazer marmita”, conta.

A ‘era da marmita’, segundo comenta o economista Alexandre de Andrade, se justifica, uma vez que a alimentação nos supermercados está valendo mais a pena para o consumidor do que comprar nas ruas. “No caso do ambulante, ele compra os itens caros, seja no supermercado seja com distribuidores, e ainda tem que ter a sua margem de lucro. Por isso, muitos clientes vão buscando alternativas. Uma delas é a marmita”, aponta. Para o consumidor Douglas Leonardo, cliente de Alex, apesar do aumento na vitamina, ele não está deixando de consumi-la. “Mas tenho observado que a alimentação fora de casa está apertando no orçamento. Não tenho como fugir disso, pois trabalho o dia inteiro e tenho que me alimentar na rua”, diz.

MAIS QUENTE Até o fim do ano, o famoso cachorro-quente na Praça do Papa, na Região Centro-Sul, vai deixar de custar R$ 5. De acordo com a vendedora Renata Priscila, a delícia passará a ser vendida a R$ 6, um aumento de 20%. “Antes, há três meses, comprava cinco quilos de salsicha por R$ 32. Atualmente, está custando R$ 39. O queijo canastra, por exemplo, custava R$ 11 o quilo e, agora, está R$ 14,90”, compara. A salsicha, de fato, pesou no orçamento. Conforme dados do IPCA, o item teve um aumento de 1,01% em agosto e 6,53% no acumulado do ano. “Até dezembro, o nosso cachorro-quente ficará mais caro”, anuncia Renata.

Para o consumidor Selmo Júnior, a situação já está fora de controle. “Já vi cachorro-quente ser vendido a R$ 7,50, em Contagem, na Grande BH, onde moro. O que muitos ambulantes têm feito é diminuir o tamanho da salsicha para não aumentar o preço. É muito ruim para nós, consumidores. Recebo tíquete alimentação, que não teve reajuste, e comer fora está comprometendo meu orçamento”, confessa.

O aperto chegou também ao ponto de ônibus, ainda que a contragosto da clientela. Há três meses com uma barraca de guloseimas no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, Raquel Constantino de Freitas diz que os preços do beijinho, cajuzinho, doce de abóbora em barra e pé-de-moça tiveram aumento de R$ 0,25. “Meu pai, dono da barraca, está tendo uma despesa muito grande com os distribuidores e, por isso, resolveu reajustar os preços. Outro dia, um cliente não gostou de ter que pagar a mais pelo cajuzinho e reclamou. Mas o que podemos fazer? O comércio da rua está em momento difícil, e nós, ambulantes, temos contas a pagar”, diz Raquel. É o que conta também o vendedor de laranjas da BR-040. Geraldo Rafael, há um ano ambulante, diz que este ano já vendeu o pacote de 12 quilos da fruta a R$ 10, R$ 11, R$ 12 e R$ 15. Ele conta que o preço dos distribuidores aumentou de R$ 5 para R$ 8 e, por isso, foi necessário o reajuste. “Mas as vendas não estão boas”, reclama, alegando ter perdido 30% do faturamento.

Dinis Pinheiro afirma que Minas tem a melhor educação do Brasil

Dinis Pinheiro, vice de Pimenta da Veiga, diz que  Minas  está construindo Hospitais Regionais e tem valorizado a carreira dos médicos.

Eleições 2014

Fonte: Hoje em Dia

Dinis Pinheiro: “Vamos ter oportunidade de fazer um novo Brasil”

ENTREVISTA

Pinheiro: “Hoje podemos falar que Minas tem a melhor educação do Brasil”

Patrícia Scofield

Com o discurso de ataque ao governo federal e de transferência de responsabilidade, por exemplo, na lentidão das obras de expansão do metrô de Belo Horizonte e nos investimentos em segurança e saúde públicas, o candidato a vice-governador de Pimenta da Veiga (PSDB),Dinis Pinheiro (PP), afirma estar “estarrecido” com a “falta de atitude” de seus adversários na disputa pelo Palácio TiradentesFernando Pimentel (PT) e Antônio Andrade (PMDB), enquanto ex-ministros de Dilma Rousseff (PT). Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, ambos tiverem “toda a condição e obrigação de fazer por Minas, além da total confiança da presidente, e nada foi feito”. Ao Hoje em Dia, ele se intitulou “empregado dos mineiros”, chamou o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) de “Sind PT” e negou que escândalos como o de peculato e lavagem de dinheiro na campanha para a eleição de 1998 possam arranhar a imagem de Pimenta. Para ele, a verdade é “aliada” de sua coligação, que tem “muitas coisas boas para mostrar dos avanços em Minas”.

Em que o sr. pode ajudar na campanha do Pimenta, como candidato a vice? Qual o diferencial?

Acho que posso ajudar não só o Pimenta, mas Minas Gerais. Pode-se esperar de mim trabalho, dedicação, força de vontade, um desejo enorme de que Minas siga na estrada da paz, prosperidade e, acima de tudo, da justiça social. Minas está no rumo certo. Isso é importantíssimo a gente frisar. A partir da chegada de Aécio e Anastasia, Minas teve a oportunidade de experimentar e conhecer um modelo inovador de administração pública, ochoque de gestão. As diretrizes, os pilares aí já se encontram. O fundamental agora é, dentro desta linha de pensamento que deseja o governador Pimenta, evoluir, lapidar ainda mais.

Qual é o principal papel de um vice?

A minha ação é mais secundária. Pimenta é altamente qualificado, experiente, participou de momentos precioso da história política brasileira com dedicação, sempre com dedicação, coragem cívica. Ele tem uma vida pautada pela ética, pela decência. Um vice como eu trabalha muito. Esse é o papel do vice. Trabalho é inerente à minha vida. O trabalho me dignifica, me empurra, eu até procuro salientar, de forma incansável, que sou empregado dos mineiros. Como empregado, eu tenho que me qualificar, tenho que ser decente, tenho que me pautar pela ética, tenho que dar toda a minha contribuição para que a vida dos mineiros possa melhorar, especialmente dos pobres, dos mais carentes. Foi assim que eu fui chamado pela vida pública, no ambiente que eu fui criado. Meu saudoso pai foi vereador, foi prefeito, carrego no peito esse sentimento municipalista. O Brasil tem que passar por grandes reformas estruturantes, sobretudo para uma repartição federativa que possa dar condições aos Estados e aos municípios, que estão em situação de dificuldades. Só no ano passado essa ânsia desmedida do governo federal por recursos acabou por subtrair dos municípios mineiros algo em torno de R$ 1 bilhão.

Focando no quadro atual do Estado, o que o sr. pode dizer sobre as críticas de que a economia mineira é baseada em commodities? Quais os planos para desenvolvimento?

 Minas tem buscado o conhecimento, a pesquisa. Eu até vi essa reportagem do candidato a vice (Toninho Andrade, do PMDB), as manifestações do Pimentel e estou estarrecido com a falta de conhecimento deles sobre a realidade do Estado. Eles lá estava como ministros dapresidente Dilma, com relação de fraternidade, amizade e de confiança plena. Eles tiveram não só a obrigação de fazer como as condições para isso. E nada fizeram. Isso que eu acho interessante, isso me causa estranheza. É esse plano de desenvolvimento federal que eles querem para Minas? Eu não quero, de verdade. Olha o quadro do Brasil que nós estamos vivenciando: juros altos, carga tributária explosiva – dentre os países emergentes é a maior – crescimento pífio, aliás, algo assustador, é o terceiro maior crescimento da era Republicana. Só ganhou dos governos Floriano Peixoto e Collor. E só para coroar isso que eu estou falando: O plano Real foi a grande conquista do povo brasileiro. Muito mais que um plano de reforma monetária, ele foi um plano de modernização do Brasil, de desenvolvimento.

Agora, esse plano de desenvolvimento que está sendo pregado pelo Pimentel e pelo Andrade nós deixa chocados com a inflação que estourou o teto da meta. A inflação é algo que corrói o sonho das famílias brasileiras, principalmente os mais pobres. Então eu fico pensando que desenvolvimento que é esse que eles querem implantar em Minas?

Minas enfrenta hoje duras críticas em relação à saúde e educação, com os Hospitais Metropolitanos, a questão do piso do professor, Lei 100. O que será feito, se eleito?

Saúde é comigo mesmo. Você se lembra quando o povo brasileiro foi às ruas externar a sua indignação e sentimento de repulsa, em junho de 2013? O que era: a falta de qualidade de serviços públicos, sobretudo da saúde. O Brasil foi alçado à sétima economia do mundo. Hoje, 75 países promovem mais investimentos na saúde que o Brasil. Se você fizer um paralelo com Argentina, com tantos outros países, o Brasil investe 385 dólares per capita, ano. Argentina investe 757 dólares, Costa Rica, 709 dólares, Chile, 479 dólares. Ou seja, a saúde no Brasil está no buraco por falta de participação, de responsabilidade e de generosidade do governo federal. Em 1990, dos recursos públicos investidos na saúde, o governo federal arcava com 70%, Estados e municípios com 30%. Passaram-se 24 anos e a equação se virou por completo: o governo federal arca só com 30% e Estados e municípios são obrigados a investir o restante. A Assembleia de Minas, sempre conectada com o cidadão, com os mais pobres, transparente, fez uma das cruzadas que eu considero uma das mais patrióticas e que muito me emocionou naquele instante: fizemos caminhada por Minas e pelo Brasil com o propósito de coletar assinaturas – o Brasil coletou 2 milhões de assinaturas e só Minas Gerais coletou 1 milhão de assinaturas – para a apresentação de um projeto de iniciativa popular para que o governo federal possa investir 10% da receita bruta na saúde, ou seja, possa cuidar do cidadão. E é bom lembrar também que a presidente Dilma vetou, há cerca de 4 anos, a PEC 29. Mas enfim, mesmo diante desse cenário de dificuldade, o Estado se sobressaiu. Tem a melhor saúde do Sudeste, agora é fundamental que se tenha uma ação solidária, coletiva, de Estados, municípios e governo federal. Minas está regionalizando a saúde, implantou o Pro-Hosp, está construindo Hospitais Regionais, valoriza a carreira dos médicos, mas o fundamental é que a gente possa contar com o apoio de quem tem a maior parcela dos recursos.

E sobre a educação, deputado?

Se você for olhar os números, Minas devia participar, há três, quatro anos, com algo em torno de R$ 6 bilhões e deu um salto de R$ 10 bilhões. O ganho real dos professores atingiu algo em torno de 75%. A inflação chegou a 28% ou 29%. Minas avançou, melhorou, construiu escolas, reformou, deu um teto mais digno mais adequado para o professor. E hoje, para o orgulho de todos nós, podemos falar que Minas tem a melhor educação do Brasil. Eu vejo com muita alegria, porque sou filho de professora. Estou vendo o Pimenta da Veiga cada vez mais enfatizando a necessidade de dar um salto de qualidade nca educação de Minas, de continuar avançando. Não pode é retroceder e o mineiro não quer isso. Hoje, o Brasil investe 5% do PIB em educação, tão somente 1% é do governo federal, aí se vê também o descaso com o povo brasileiro.

Sobre segurança, Pimenta da Veiga tem criticado a falta de policiamento nas fronteiras, enquanto o PT, de outro lado, diz que há sobrecarga dos municípios para por exemplo, manter as viaturas da PM. Como o sr. avalia isso?

Quero aqui louvar a participação dos municípios, sempre solidários, amigos, compreensivos. Meu sobrinho é prefeito (Pinheirinho, do PSDB de Ibirité, na Grande BH), o mais jovem de Minas. Agora, por outro lado, o candidato do PT ele fica falando, prometendo, nunca vi tanta promessa assim, que haverá um programa de segurança extraordinário em Minas Gerais. Vamos ponto por ponto: Minas é o Estado que mais investe proporcionalmente. Aí eu volto a fazer o mesmo questionamento de antigamente: será que esse candidato do PT quer implantar aqui o modelo de segurança nacional? O Brasil possui hoje 11% dos assassinados do mundo, um dos maiores índices de criminalidade do mundo. Dos recursos investidos em segurança pública, o governo federal investe apenas 13%. Isso é priorizar a segurança pública? Não deu certo lá e quer implantar aqui? O governo federal não cumpre nem suas obrigações com o Fundo Penitenciário e o Fundo de Segurança Nacional. Já a ALMG instituiu de forma inédita, a Comissão de Prevenção e Combate ao uso de Crack.

As pesquisas de intenção de votos apontam que ainda é alta a margem de eleitores indecisos e em descrédito com a política. Como reverter e atrair essa parcela?

A campanha está se aproximando, a conversa vai despertando interesse, o eleitor vai ficando mais participativo. O mineiro tem uma consciência política extraordinária. Aqui é berço. Celeiro de grandes políticos. A partir do momento que esse debate for mais intenso e se iniciar na televisão, o mineiro vai participar de forma muito inteligente, decidida, de forma muito patriótica. E vai ter um sentimento de emoção fabuloso, porque pela primeira vez vão ter a oportunidade de eleger um presidente da República mineiro, que conhece a nossa gente, que tem berço, princípios, foi um grande governador.

A campanha do PSDB e do PP será pautada em denúncias sobre o outro lado? Como vai se preparar para rebater aeroportos, por exemplo?

Eu acredito na campanha propositiva. Avançou, está avançando com Aécio, Anastasia, Alberto, agora Pimenta. Temos tanta coisa boa para mostrar… Eu fico olhando o meu trabalho, como empregado dos mineiro, a minha vida, o meu início, o meu compromisso com os mineiros, com os mais pobres, a minha gestão à frente da ALMG, agora é claro, a gente tem que promover aqui um debate de ideias, sempre comprometida com a verdade, que é minha companheira inseparável, assim como a ética. Então haverei sempre, em qualquer debate, de mostrar os avanços que Minas experimentou, o tanto que Minas deverá avançar. Você já imaginou: governador Pimenta da Veiga e presidente Aécio Neves? Nós vamos ter oportunidade de fazer um novo Brasil.

O que o sua coligação fará em relação à dívida de Minas com a União?

O que o governo federal está fazendo com diversos Estados é algo inaceitável. Cobrando juros do povo mineiro, promovendo uma verdadeira agiotagem. Quem está pagando é você, somos todos nós. O candidato do PT lá estava como ministro, tinha a obrigação de fazer algo e nada fez. Onde já se viu, Minas esse ano vai pagar R$ 6 bilhões a título de juros e correção monetária. Já foram pagos R$ 20 bilhões ou R$ bilhões e ainda temos cerca de R$ 70 bilhões a pagar. O candidato do PT fica pregando que Minas tinha que abater essa dívida. Eu penso o contrário, ainda bem que eu penso de forma diferente. O mineiro não pode se sujeitar a essa agiotagem não. Aqui é a terra de Tiradentes, de Tancredo, de JK. O governo federal não tem sensibilidade com os Estados, não se preocupa com a qualidade de vida das pessoas. Foi essa a conclusão a que cheguei.

E a velha demanda da expansão do metrô da capital?

É uma prioridade absoluta do Pimenta da Veiga. T em 13 anos que o governo federal fala que vai fazer metrô, nem um metro, cadê? Eles não fizeram metrô em lugar nenhum. Eles ficaram 13 anos e agora que eles estão falando que aqui não têm projeto? Engraçado. A única coisa que eu sabia é que eles queriam fazer um trem-bala de R$ 40 bilhões. Não implantaram BRT, monotrilho, não fizeram metrô. Agora o prefeito Marcio em parceria com o Estado conseguiu implantar o Move. Estamos muito confiantes na eleição de Aécio, para investir no metrô.

O apoio de Lacerda a Pimenta surpreendeu sua campanha?

Não. Ele já tinha dado declarações, ele já tem tido parcerias extraordinárias com o governo de Minas. É um gestor altamente qualificado, preparado, e ele quer, com certeza, como bom mineiro, que Minas continue avançado, até porque ele tem uma vida muito limpa, pautada pela ética. Aí se vê uma comunhão de princípios e de ideias, desse grupo político liderado porAécio, Anastasia, Alberto. Existe afinidade, troca de experiências nas administrações.

sabatina na CNI: Aécio critica a política econômica do atual governo

Aécio Neves: “O atual governo perdeu a capacidade de garantir as condições básicas para a retomada do investimento”.

Eleições 2014

Fonte: Jogo do Poder

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Sobre economia e superávit primário.

O Brasil só tem um caminho para o futuro: crescimento. O atual governo perdeu a capacidade de garantir as condições básicas para a retomada do investimento, algo fundamental para que possamos aumentar o crescimento da nossa economia. A verdade é que, a partir de 2009, o atual governo optou pelo estímulo ao consumo quase que exclusivamente através da oferta de crédito farto na economia, o que é importante, foi necessário, mas esqueceu da outra parte dessa equação, tão essencial quanto essa, que era a garantia da ampliação da oferta, através da criação de um ambiente adequado para os investimentos. Hoje, estamos com um crescimento do consumo no seu limite. Grande parte das famílias brasileiras hoje já está endividada e todos os investimentos de infraestrutura que deveriam ter ocorrido lá atrás, como alavanca também ao crescimento da nossa economia na outra ponta, deixaram de acontecer.

O que quero oferecer ao Brasil é um ambiente de segurança jurídica. Com a simplificação do nosso sistema tributário, que seria a primeira medida a ser tomada no início do nosso governo. Na verdade, focando na criação de um IVA a partir da diminuição dos mil e um impostos indiretos que estão aí. Resgate das agências reguladoras como um instrumento da sociedade, com a sua composição feita de forma meritocrática. Tudo isso, o choque de infraestrutura no Brasil, a partir da atração não apenas de capitais privados internos, mas criando a segurança jurídica necessária para a ação também de capital externo. Simplificação do sistema jurídico, estímulo a que as nossas empresas possam investir em inovação, com a criação inclusive de novos fundos. Isso, a meu ver, e o compromisso com a manutenção das regras, criará um ambiente propício para que nós possamos retomar a capacidade de investimento do país e voltar a crescer. Não teremos um 2015 fácil. Na verdade, 2015 já está, em boa parte, precificado pelo atual governo. Seja em relação à desorganização do setor elétrico, por exemplo, que precisará ser enfrentada, a própria situação da Petrobras, que precisará ser redefinida, qual que é o seu papel no desenvolvimento da economia brasileira. Hoje ela se transformou quase que exclusivamente em instrumento de política econômica do governo.

Tudo deve ser orientado, pela manutenção da solidez e dos nossos pilares macroeconômicos: metas de inflaçãosuperávit primário e câmbio flutuante. O superávit será o possível. Ele deverá sempre existir, mas será o possível. E será feito de forma, talvez essa seja a grande novidade, absolutamente transparente, diferente daquilo que ocorre hoje. Osuperávit de 1,9% alcançado no ano passado foi constituído na sua metade, praticamente, por receitas não recorrentes: Libra, R$ 15 bilhões, e Refis, cerca de R$ 20 bilhões. Esse é mais um resultado da alquimia contábil do governo, que contribuiu muito para a nossa perda de credibilidade.

Vamos buscar sim constituir sempre o superávit primário. Mas ele será transparente e será o superávit possível. Ao final, assumi hoje aqui como meta a ser alcançada pelo nosso governo, isso passa por essa nova ambiência de negócios que tem se habilitado no país, alcançarmos uma taxa de investimentos da nossa economia e do grupo privado em torno de 24% do PIB. Ousada, no primeiro momento, mas factível, realizável, se houver a mobilização do governo, do setor privado e, obviamente, a garantia de competitividade de setores como o industrial, que a perderam ao longo dos últimos anos.

Sobre política para o etanol.

Talvez uma das faces mais perversas da incapacidade que o governo teve de definir prioridades se dá exatamente na desorganização do setor de etanol, que atinge toda a cadeia, desde o plantador da cana em pequenos municípios brasileiros, em especial no Nordeste e mais especial ainda em Alagoas, pela sua tradição, até a indústria. O Brasil vive de desconfiança, que não é sem razão, desconfiança nos agentes públicos. Um dos exemplos talvez mais claros que justificam essa desconfiança foi dado no ano de 2008. Um ano em que, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, o presidente Lula lançava o programa de desenvolvimento da indústria, e citava naquele instante o etanol como o melhor dos modelos de novas fronteiras que o Brasil tinha desenvolvido, e, portanto, um setor exemplar que obviamente viria a público no governo. De lá para cá, a equivocada política de regulação, de cruzamento de preços feito pela Petrobras, entre outras consequências negativas para o país e para a própria Petrobras, que tem hoje sua capacidade de investimento extremamente limitada, é exatamente com a desorganização do setor do etanol.

Mais de 40 usinas foram fechadas no Brasil nos últimos anos. 15 se encontram hoje em processo de liquidação judicial. Cerca de um milhão de empregos diretos e indiretos deixaram de ser gerados no país. Teremos o compromisso claro com o resgate do programa do etanol, com um programa absolutamente estratégico, do ponto de vista econômico, pelo que movimenta, do ponto de vista social, em especial pela sua empregabilidade, não apenas nas indústrias, mas também no campo, e do ponto de vista ambiental. O Brasil hoje vai na contramão do mundo.

O Brasil hoje subsidia combustíveis fósseis, algo inimaginável a um tempo atrás para um país que desenvolveu tecnologia, expertise, em um setor em que todo mundo buscava alternativas. Portanto, resgatar novas fontes de energia partindo, por exemplo, da biomassa, que apenas aquilo que São Paulo produz hoje poderia nos permitir a geração de energia equivalente a uma usina de Belo Monte. Isso tudo é uma demonstração clara da dimensão do equívoco, e no nosso governo haverá um diálogo com o setor, um compromisso grande com o resgate da sua capacidade de investimento, através de algo que se chama previsibilidade. Essa é a palavra mágica em falta hoje em várias ações do governo, em especial da condução da política econômica por todas as suas perversas consequências.

Na sabatina, o Sr. falou que o governo atual fez escolhas erradas. Quais?

São inúmeras. Poderíamos ficar a tarde toda aqui falando delas. Mas vou elencar algumas. A primeira começa antes do inicio desse governo. Próximo da segunda metade do segundo mandato do presidente Lula, quando começa a haver a flexibilização dos pilares macro econômicos. A inflação começa a ser tratada com certa leniência e começa a haver um processo de maquiagem no nosso superávit primário. Isso se agrava no governo da presidente, que opta desde a largada por uma ação absolutamente centralizadora. A característica desse governo não foi em hora alguma a do dialogo e impõe as decisões à sociedade e à economia brasileira de forma absolutamente unilateral.

Talvez o retrato mais nocivo dessa visão unilateral tenha sido a intervenção no setor elétrico brasileiro. Uma opção errada do governo por maiores que tenham sido os nossos alertas desde aquele momento. A pretexto da diminuição da conta de luz para indústria e para as famílias brasileiras, ela não foi pelo caminho mais fácil, que apontávamos como o adequado para a diminuição das contas de energia, que todos queremos, conta de energia mais baratas para as famílias, conta de energia mais competitiva para a indústria, que era a desoneração do PIS/CONFINS. Isso por si só poderia ter diminuído naquele instante, no final de 2012, alguma coisa, algo em torno de 5% as contas de luz e das famílias, dasindústrias brasileiras. Optou-se por uma descoordenada e desorganizada intervenção no setor e, hoje, já foram  R$ 53 bilhões do Tesouro, através de financiamentos com mesmo o fundo perdido, investido nesse setor. Dinheiro que poderia estar indo para fortaleceras ações nas áreas de segurança pública, na saúde, na educação ou mesmo em outros setores da economia. Essa foi uma decisão errada do governo.

A outra, vir diminuindo passo a passo, ano a ano, a participação do governo central no financiamento da saúde pública. O Governo do PT, quando assumiu o governo, a participação do governo federal era de 54%, no total do conjunto dos investimentos em saúde. Passaram-se onze anos, e hoje essa participação é de 45%. E quem menos tem? São as prefeituras, são aqueles que em maior parte da conta vem pagando.

Outra decisão absolutamente equivocada diz a respeito a nossa política externa. O Brasil optou por um alinhamento ideológico na condução da nossa política internacional, o que o afastou o Brasil de acordos bilaterais enquanto o mundo avança de forma celebre, de forma vigorosa nas custas desses acordos. E o tempo perdido em relação ao acordo com União Europeia, e mesmo com o enorme atraso, poderia ter sido efetivado esse ano, porque a própria União Europeia está negociando, por exemplo, com países como os Estados Unidos e parte do espaço que existiria lá para produtos, por exemplo, do agronegócio, estarão sendo ocupadas  por produtos de outros países. Esse é um exemplo de que na política o tempo é o bem mais valioso. E a ausência de ação do governo na busca de acordos bilaterais tem prejudicado nosso produto brasileiro.

A gestão centralizada do governo e a ampliação sem limites da estrutura do Estado brasileiro é outra decisão equivocada. A Presidente da República submete o Estado ao seu projeto de poder, se submetendo a pressões e negociações, junto a partidos políticos, a forças políticas com o intuito, mais recente, pelo menos, de ampliar seu tempo de televisão na disputa eleitoral. É, portanto, a agenda eleitoral se impondo à agenda do Estado brasileiro. Há algum tempo não temos uma presidência full time no Brasil. Temos uma candidata a presidente da República, essa sim, atuando full time.

Sobre corte de cargos comissionados.

 Estamos calculando que pelo menos um terço deles podem ser extintos imediatamente. E falo com autoridade de quem fez isso em Minas Gerais, reduziu o número de secretarias, extinguiu cerca de três mil cargos comissionados, acabamos com empresas públicas que não tinham qualquer razão para existirem e fizemos com que Minas Gerais se transformasse no melhor exemplo de gestão pública eficiente do Brasil. Minas, e esse é o modelo que podemos trazer para o plano nacional, é o único estado brasileiro onde 100% dos servidores têm metas a serem alcançadas e são avaliados em razão dessas metas e alcançadas essas metas são remunerados. Recebem um bônus no final do ano correspondente a mais um salário.

Para mostrar o que significou, exemplificar a importância disso, o que nos trouxe hoje a ter a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde de toda região Sudeste segundo os ministérios do governo federal e o maior conjunto de experiências de parcerias com o setor privado também em execução no Brasil, começa pela área da saúde, passa pela área de saneamento, chega a área rodoviária e alcança a área prisional. Minas tem hoje as principais e ainda únicas experiências de Parceiras Público Privadas na área prisional, algo também que pode alcançar o governo federal.

Sobre corte de ministérios.

Se eu tivesse esse desenho certamente teria um prazer enorme de antecipá-lo, mas não temos. Temos uma determinação de diminuir para algo em torno da metade dos 39, podia se ter um número fixo, mas algo muito próximo da metade. Quando o presidente Fernando Henrique deixou o governo, nós tínhamos se não me engano 23 ministérios. Existe um estudo da Universidade de Cornell, nos EUA, que fique pelo menos para a inspiração dos senhores, feito em mais de 100 países ao redor do mundo, que diz que os governos mais exitosos, mais eficientes são aqueles que têm alguma coisa entre 21 e 23 ministérios, portanto esse me parece uma boa inspiração. Logo que esse desenho estiver pronto nós vamos apresentar para a sociedade brasileira. E o foco será a eficiência do estado nacional para nos contrapormos ao aparelhamento e a ineficiência as duas principais marcas do atual governo.

Aécio propostas: mudanças na política externa

Sabatina CNI: Aécio afirmou que  que seu compromisso será pelo realinhamento da política externa com a agenda comercial e não ideológica.

Eleições 2014

Fonte: Exame 

Aécio propõe mudanças na política externa

O candidato tucano afirmou que seu compromisso será pelo realinhamento da política externa com a agenda comercial “e não ideológica”

Após sua apresentação a empresários presentes no evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 30, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, teve de responder questionamento sobre o que pretende fazer para melhorar a situação do comércio internacional do Brasil.

O candidato tucano afirmou que seu compromisso será pelo realinhamento da política externa com a agenda comercial “e não ideológica”.

O tucano disse que será ágil caso ganhe as eleições “na busca do tempo perdido” com as negociações comerciais. “O Brasil ainda é uma economia fechada“, comentou Aécio.

O candidato afirmou ainda que é essencial estimular a internacionalização das empresas brasileiras, enfrentando a bitributação. E aproveitou para dizer que não cabe “a governo nenhum estabelecer taxa de retorno para quem queira investir”, mas apenas reconhecer o potencial de investimento. “Cabe ao governo estimular investimento com regras claras e sem o nefasto intervencionismo.”

Vinculação ideológica

Aécio também criticou a condução do atual governo na área de relações externas. Para o tucano, o comercio com outros países vem “sofrendo pelas amarras da vinculação ideológica”. “O Brasil vem perdendo oportunidade de avançar no entendimento com a União Europeia”, considerou.

O tucano defendeu a transição de Mercosul de união aduaneira para área de livre comércio: “O Mercosul hoje vem nos amarrando“, afirmou.

Sem dar detalhes, Aécio também ressaltou por vários momentos que é necessário criar “um arcabouço” para que se avance “em novo ambiente de negócios”.

“Estabilidade macroeconômica precisa ser resgatada no Brasil para que tenhamos ambiente de tranquilidade. É absolutamente essencial que governo busque isonomia maior entre setores da economia“, disse.

Uma das principais bandeiras do governo de Fernando Henrique Cardoso, o fortalecimento das agências reguladoras, também foi alvo de defesa do candidato. “O resgate das agências reguladoras parece urgente e possível de ser enfrentada nos primeiros dias de governo.”

Medidas impopulares

Citando o episódio em que foi criticado pelo PT por propor “medidas impopulares”, o candidato do PSDB afirmou que foi o governo dos petistas que adotou medidas impopulares.

“Essas políticas levaram ao crescimento pífio da economia e o recrudescimento da inflação que vem punindo os que menos têm”, declarou Aécio.

O tucano disse que, caso eleito, não lhe faltará coragem política desde o início do seu governo para propor mudanças. Dentre as medidas citadas por Aécio está a simplificação do sistema tributário e a compensação de créditos de forma ampla.

O candidato disse, no entanto, que só haverá espaço fiscal para reduzir a carga tributária no Brasil caso haja um “controle efetivo e claro do crescimento de gastos correntes do governo”. Segundo ele, na gestão da presidente Dilma Rousseff não há controle desses gastos e é necessário equilibrar esse índice com o do crescimento da economia.

Economia: mercado financeiro prevê vitória de Aécio Neves

Chance de vitória da oposição passou de 60% para 70%. Economistas e analistas estão pessimistas com a gestão petista de Dilma.

Economia e eleições 2014

Fonte: PSDB

Análises do mercado financeiro atestam fracasso da política econômica atual, avalia Aécio Neves

Economistas e analistas divulgaram, nesta semana, análises que refletem a preocupação de investidores com o futuro da atual política econômica da presidente Dilma Rousseff. Para os analistas, o pessimismo com a gestão petista faz com que as chances de vitória da oposição nas eleições presidenciais cheguem a 60%. Segundo economistas, os índices já estão em 70%.

O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, avaliou que os resultados “apontam na mesma direção: o fracasso da política econômica da atual presidente da República”.

“Existe algo quando se fala de economia que é essencial e fundamental, chama-se expectativa. A economia se move em função de expectativas. A inflação se move em função de expectativas. Se você tem uma função represada, há uma expectativa de que, em determinado momento, ela vai ser liberada. Isso já gera uma prevenção, que acaba por alimentar a inflação. O atual governo, da presidente Dilma, perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, seja nos agentes internos, seja nos agentes externos. Isso impacta fortemente no nosso crescimento”, disse ele durante visita à 3ª Feira de Tecnologia da Zona Leste de São Paulo.

Para Aécio, é hora do governo federal parar de terceirizar responsabilidades, já que países vizinhos com economias menos complexas e estruturadas crescem mais do que o Brasil.

“O governo da presidente Dilma fracassou, e concordo com a maioria dessas análises. Mais quatro anos do atual governo do PT significa mais quatro anos de baixíssimo crescimento, mais quatro anos com a inflação sem controle e, infelizmente, com impactos que já começamos a perceber também no emprego”, acrescentou.

Aécio: proposta clara para combate à inflação

Aécio Neves é o único candidato à presidência da República que detalhou até agora como vai combater a inflação.

Eleições 2014

Fonte: O Globo

O desafio dos presidenciáveis de conter a inflação brasileira

Campos e Dilma tratam o tema de forma vaga; Aécio quer o índice no centro da meta

Os programas de governo de dois dos três principais candidatos à Presidência abordam de forma vaga os temas mais espinhosos da economia: a inflação elevada, a deterioração da política fiscal e o baixo crescimento. Enquanto o plano da presidente Dilma Rousseff se limita a dizer que ela será “intransigente no combate à inflação”, o de Eduardo Campos (PSBsequer toca no assunto. Já o do tucano Aécio Neves (PSDB) é um pouco mais detalhado e propõe uma redução tanto do centro da meta de inflação, hoje fixada em 4,5%, quanto da margem de tolerância, que é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

GASTOS PÚBLICOS EM XEQUE

Também na área fiscal, o programa de Aécio é o único que fala na realização de superávits primários (economia feita pelo governo para o pagamento de juros da dívida pública) e no controle dos gastos públicos. Já Dilma, cuja equipe econômica é acusada de realizar uma política fiscal expansionista que aumentou excessivamente os gastos públicos e ainda prejudicou o combate à inflação, não falou de que maneira vai reverter o quadro atual. Em maio, por exemplo, o setor público registrou um déficit primário de R$ 11 bilhões, o pior desde 2001.

A professora de Economia da UFRJ Margarida Gutierrez ressalta que as propostas dos candidatos na área fiscal tendem a ser mais rígidas durante a campanha do que acaba ocorrendo na prática:

— É muito difícil conter os gastos públicos. Se o futuro presidente conseguir ao menos fazer com que as despesas do governo cresçam abaixo da taxa de crescimento da economia, já será um grande avanço.

O programa da presidente se limita a dizer que o novo ciclo de crescimento proposto pelo PT tem como alicerce “o fortalecimento de uma política macroeconômica sólida” e o “rigor fiscal”. O texto ressalta que os governos petistas adotaram uma estratégia que permitiu a queda da dívida líquida do setor, que teve uma redução de 60,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) em 2002 para 34,6% em 2014.

“Sob qualquer ótica, os indicadores macroeconômicos mudaram de patamar”, afirma o programa de Dilma. No entanto, o texto não menciona o fato de a dívida bruta — um dos principais parâmetros observados pelo mercado na hora de avaliar a situação das contas públicas de um país — estar subindo e preocupando o mercado. No ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, o Brasil é uma das economias emergentes em pior situação. Os dados apontam que, no Brasil, a dívida bruta fechou 2013 em 66,3% do PIB e terminará 2014 em 66,7% do PIB. Já a China deve terminar este ano em 20,2% do PIB; a Índia, em 65,3%; e a Rússia, em 13% do PIB.

O plano de Campos na área fiscal diz apenas que “a condução da política econômica requer planejamento de médio e longo prazos” e ressalta a importância de implantar no Brasil um projeto de crescimento com sustentabilidade, uma plataforma de sua vice Marina Silva. Um dos coordenadores do plano de governo do presidenciável do PSB, o ex-deputado Maurício Rands, explicou que o programa será detalhado futuramente.

O programa de Aécio também defende a autonomia operacional do Banco Central para fixar a política de juros no país. Já Dilma e Campos não tocam no assunto. Em comum, os três programas de governo têm o discurso em favor do aumento dos investimentos em infraestrutura, com simplificação tributária e redução de burocracia.