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Aécio Neves: diálogo com jovens da periferia

Na campanha de Aécio, quem cuidará dos jovens é José Júnior, fundador e coordenador do AfroReggae. Senador visitará Vigário Geral.

Diálogo com a juventude

Fonte: O Globo

Campanhas presidenciais trabalham para atrair o voto da juventude

Lula vai dialogar pelo PT e José Júnior pelo PSDB; Campos terá núcleo nacional

Principal cabo eleitoral da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já dedica tempo ao diálogo com a juventude, segmento em que a petista enfrenta forte rejeição. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, 45% dos jovens com idade entre 16 e 24 anos disseram que não votariam emDilma de jeito nenhum no primeiro turno, em resposta estimulada. Essa percentagem é de 15% em relação ao candidato do PSDBAécio Neves, o principal adversário dela. Se o segundo turno fosse entre Dilma e Aécio, 46% dos eleitores nessa faixa etária votariam no tucano, contra 39% em Dilma. Por conta disso, as três campanhas presidenciaisdecidiram dar atenção a esse grupo.

Nas últimas semanas, o Instituto Lula postou na internet oito vídeos da série intitulada “Lula, os jovens e a política”. Neles, o ex-presidente insiste na importância da participação dos jovens na política e tenta conscientizá-los. Em um dos filmetes, Lula diz que ele próprio, quando jovem, negava a política e que mudou de posição no movimento sindical, quando se deu conta de que os trabalhadores não tinham deputados, senadores, vereadores nem governadores para defender seus interesses.

— Não adianta você ficar em casa sentado no sofá xingando todo mundo. Não adianta você ficar no seu iPad falando o palavrão que você quiser, falar no seu iPhone. Isso é simples. Agora, você quer ser um revolucionário de verdade? Você quer ter coragem? Vá à sua universidade discutir com seus companheiros o que você quer que aconteça no mundo. Vá ao seu bairro discutir com seus companheiros o que você quer que mude — afirma Lula em um dos vídeos.

AÉCIO VAI A VIGÁRIO GERAL

Na campanha de Aécio, quem foi escalado para cuidar dos jovens é José Júnior, fundador e coordenador executivo do AfroReggae. Hoje, os dois se encontram em Vigário Geral, Zona Norte do Rio, como parte do primeiro evento de campanha fortemente voltado à juventude.

— Nosso foco vai ser o jovem negro em situação de risco, porque há no Brasil um verdadeiro genocídio. Pesquisas indicam que, para cada jovem branco morto, quatro jovens negros morrem no mesmo período. E é sobre isso que o Aécio vai falar em Vigário Geral — adiantou José Júnior.

O coordenador do AfroReggae sabe que a campanha do tucano terá que encarar questões polêmicas, como a redução da maioridade penal, defendida pelo vice de AécioAloysio Nunes (PSDB), mas se diz preparado para isso.

— Até espero que esse assunto surja amanhã (hoje) em Vigário Geral para a gente poder esclarecer a posição do Aécio — afirmou José Júnior.

Na agenda moldada pelo líder do AfroReggae também está previsto um encontro do tucano com “jovens herdeiros”. Segundo Júnior, o evento ocorrerá em São Paulo, até a segunda semana de agosto, e vai misturar a elite com jovens de periferia. Todos com idade entre 16 e 30 anos — justamente a faixa em que Aécio aparece com mais força, segundo o Datafolha.

Também de olho no eleitor jovem, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) anunciou semana passada que, se eleito, apoiará prefeituras e estados para que implantem o passe livre no transporte público. A ideia é atender cerca de 15 milhões de estudantes de escolas públicas e privadas que são beneficiados por programas sociais do governo, como oFies e o ProUni. A proposta terá um custo anual de R$ 15 bilhões, de acordo com o candidato.

A bandeira surgiu justamente num encontro do presidenciável do PSB com cerca de cem universitários de São Paulo. A adoção da bandeira faz parte da estratégia de Campos de se aproximar de jovens que simpatizam com a candidata a vice de sua chapa, a ex-senadora Marina Silva.

A campanha também pretende implantar nos próximos dias um núcleo nacional voltado para a juventude. Ele deverá articular grupos em todos os estados.

— Os núcleos estaduais vão organizar atividades, e algumas delas terão participação dos candidatos (Campos e Marina) — afirmou Milton Coelho, coordenador de mobilização da candidatura presidencial do PSB.

DE OLHO TAMBÉM NOS SINDICATOS

Além de se preocupar com a relação do PT com os jovens, Lula vai se centrar no movimento sindical. Foi ele quem articulou evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na semana que vem, com participação de Dilma, e um outro, no próximo dia 7, com diversas centrais sindicais. Na última segunda-feira, Lula participou do 8º Congresso da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), em Praia Grande, e tem reunido dirigentes sindicais em seu instituto.

Apesar das reclamações das centrais em relação a Dilma, lideranças do PT egressas do movimento sindical defendem que não há motivo para queixas. Segundo elas, a presidente manteve conquistas do governo Lula, como a política de valorização do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).

— A relação com ela é outra, é mais distante. O Lula conhece todo mundo pelo nome, na conversa lembra um dia em que estavam juntos na calçada da Volks e outras histórias. Mesmo assim, não tem comparação. Ela é a candidata que tem compromisso com o trabalhador, o emprego e a renda. O candidato da oposição (Aécio) foi presidente da Câmara e líder do PSDB no governo (Fernando Henrique Cardoso) que arrochou o salário do trabalhador. É uma questão de História — disse um auxiliar de Dilma.

Aécio e Anastasia falam sobre programa de governo em entrevista

Aécio Neves: o objetivo é que o nosso programa de governo seja construído a partir de uma ampla discussão com a sociedade

Programa de Governo do PSDB

Fonte: Jogo do Poder

Assuntos: Programa de Governo, eleições 2014, pesquisa Datafolha

Sobre o programa de governo.

Aécio – O governador Anastasia, coordenador-geral do nosso programa de governo, depois de uma ampla discussão com especialistas de diversas áreas, apresenta hoje, a nossa coligação apresenta hoje, à discussão, porque estamos apenas iniciando uma discussão com a sociedade e as diretrizes gerais do nosso programa de governo. Esse programa, o objetivo é que ele seja construído ainda a partir de um debate enorme com a sociedade, através de todos os instrumentos disponíveis, em especial as redes. E estou muito feliz de estar aqui podendo apresentar algo que não é comum na nossa história eleitoral, uma proposta de diretrizes detalhada e de alguma forma aprofundada no limite do que achamos adequado e que sinaliza de forma muito clara aquilo que pretendemos fazer ou que pretendemos viabilizar no país.

E mais feliz ainda de estar acompanhado aqui da minha ministra do meu bem-estar pessoal, minha filha que está aqui hoje nos acompanhando. Vamos apresentar essas diretrizes apenas no sábado pela manhã. O governador Anastasia vai falar aqui dos pontos de convergência ou talvez das linhas mais gerais do que pretendemos apresentar e, em resumo, isso é a base, o início de uma ampla discussão com a sociedade, um projeto que queremos implementar no Brasil. E faremos isso com a responsabilidade que tivemos até aqui na condução desse projeto, e tendo sempre uma disposição enorme de ouvir. Eu acho que o que diferencia hoje a nossa proposta daquela que está hoje em execução no Brasil é que estamos ouvindo antes de fazer. Aqui no Brasil, hoje, se faz sem ouvir.

Sobre as diretrizes.

Aécio –  Estamos, então, apresentando hoje, a partir de inúmeras reuniões que tivemos, com especialistas de diversas áreas, as diretrizes do nosso programa de governo. Veja bem, as diretrizes, isso não é ainda um programa de governo, mas que apontam na direção daquilo que consideramos essencial que venha a ocorrer no Brasil. Tenho o privilégio de contar com o governador Antonio Anastasia, para mim, o mais qualificado especialista no setor público brasileiro, como coordenador dessas ações. O que queremos, a partir da apresentação dessas diretrizes, é que haja uma interação, uma discussão ampla de diversos setores da sociedade brasileira para que possamos, no dia da eleição, de forma muito clara, termos uma proposta de retomada do crescimento, de controle da inflação, de ampliação dos direitos sociais, de qualificação dos programas de transferência de renda, que possibilite ao Brasil crescer de forma mais sólida e distribuindo melhor sua riqueza do que ocorre hoje.

governador Anastasia dirá algumas palavras aqui, mas o sentido dessa nossa reunião é dizer que o concluímos hoje é uma primeira etapa de um trabalho extraordinário. Não é comum, na história eleitoral brasileira, termos nessa etapa da campanha, propostas tão bem delineadas, tão bem discutidas e, com muita transparência, apresentadas. Estou muito feliz e quero de público agradecer, através do governador Anastasia, a todos aqueles e aquelas que contribuíram ao longo dos últimos meses para consolidação dessas propostas. O governador Anastasia acho que é quem melhor poderá, de forma mesmo que superficial nesse primeiro momento, definir quais serão as estratégias, quais serão as áreas mais estratégicas de ação do nosso futuro governo.

Sobre o programa de governo.

Anastasia –  Bem, boa tarde. Queria primeiro agradecer mais uma vez a confiança do senador Aécio Neves em nos convidar para integrar esse grupo, que é um grupo grande, muitas pessoas, várias áreas do conhecimento das políticas públicas brasileiras, para apresentar esse trabalho que está na sua fase final, mas na realidade é um começo. De acordo com a legislação eleitoral, estamos apresentando as diretrizes gerais, só que estamos num nível mais, não digo ainda de detalhamento, minuciosas, mas são diretrizes que alcançam praticamente todas as áreas de ação da esfera do governo federal. E da mesma forma que em 2002 e 2006, no governo do Estado de Minas Gerais, o senador Aéciorecomendou à equipe que fôssemos inovadores. Que buscássemos ideias novas, ideias empreendedoras, ideias corajosas, e com base nos especialistas que ouvimos ao longo desses últimos dois meses.

Na realidade, essas diretrizes agora, como o senador disse, representam uma moldura do trabalho que vai ser feito para o plano de governo. O plano de governo vai ser construído com base nessas diretrizes, ao longo também dos próximos dois meses, através de um trabalho muito forte de se ouvir a sociedade, através de todo o cidadão interessado, entidades representativas, sindicatos, conselhos, associações de toda a natureza, para a consolidação dessas diretrizes que vão ser, é claro, aperfeiçoadas para que o plano de governo se consolide e que seja a plataforma que o senador, eleito presidente, irá implementar a partir de janeiro do próximo ano no governo federal.

As diretrizes foram baseadas nas orientações iniciais que o senador Aécio passou a esse grupo. A primeira orientação foi de fato um determinação firme da parte dele no sentido que objetivo fundamental do governo dele será a preocupação com o bem estar das pessoas, com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. E como fazê-lo? Identificando então diversas etapas de diversos passos. O primeiro objetivo, sentindo o que todos os brasileiros hoje percebem, da necessidade da mudança, é a implementação de algumas reformas que são reformas nucleares no Brasil. A reforma dos serviços públicos, a reforma da segurança pública, a reforma tributária, a reforma política, e também uma ampla reforma da nossa infraestrutura, que lamentavelmente está, como todos sabemos, em uma situação muito negativa no Brasil hoje. Essas reformas, portanto, formam os pilares das diretrizes que se desdobram naturalmente pelas diversas áreas de ação do governo.

Temos alguns princípios também que o senador Aécio traçou no início como aqueles que iriam fazer também, vamos dizer assim, um arcabouço geral: os princípios da descentralização, para devolver a estados e municípios competências, condições e meios da sua atuação; o princípio fundamental da transparência da ação governamental; o princípio da inovação; o princípio da simplicidade, tão importante nos dias de hoje para tornar a vida do cidadão, de cada um de nós, mas também das empresas e das próprias esferas de governo, mais rápida, mais ágil. O princípio da confiança, porque hoje no Brasil lamentavelmente o que existe é o contrário, é a desconfiança generalizada entre todos, o que acaba atrapalhando o funcionamento das instituições. Esses princípios são fundamentais e eles é que instruem, digamos assim, essas reformas.

E foi feito um trabalho, volto a dizer, de maneira muito séria, com oito grandes grupos, na área da cidadania, na área da economia, na área da sustentabilidade, da educação, da saúde, da segurança, relações exteriores e também do governo eficiente. O trabalho é abrangente e procurou-se à exaustão fazer uma coordenação entre as diversas áreas. O que sabemos é que os governos não podem ser compartimentados, então, as áreas têm de falar entre si. Por isso a preocupação é muito grande, na área da cultura, por exemplo, na área do meio ambiente, para perceber que elas estão presentes nas diversas áreas governamentais. Mas volto a dizer, esse é o primeiro passo. Não é um trabalho acabado. Como são diretrizes, estamos colocando isso para a discussão da sociedade para aí sim se aprimorar e formatar o plano de governo propriamente dito, que será concluído ao longo do tempo. Em linhas gerais, é esse o trabalho que está sendo concluído nessa data, depois das várias reuniões que tivemos com especialistas e também com o senador Aécio.

Sobre economia.

Anastasia – Acho que o que o senador Aécio acabou de manifestar aqui é o fundamento da economia, é a luta contra a inflação, a valorização da moeda, a necessidade de termos de fato uma economia que seja robusta, uma política industrial que permita ao Brasil evitar o que está havendo hoje, que é a desindustrialização reconhecida por todos. Termos uma política industrial vigorosa no Brasil, com desenvolvimento e fundamentalmente garantindo o valor da nossa moeda e terminando com esse momento triste que vivemos hoje da chamada carestia.

Sobre a política de desonerações.

Aécio –  O trabalho que estamos concluído hoje, como disse o governador, uma primeira etapa de um programa de governo que vai ser aprofundado e discutido, sinaliza de forma muito clara aquilo que consideramos essencial. Parte de um diagnóstico. O Brasil vive hoje um processo de estagnação. Estagnação do crescimento e recrudescimento da inflação. Obviamente as medidas que serão tomadas para enfrentar essa dramática conjunção de circunstâncias serão detalhadas ao longo da campanha. Não é nosso objetivo fazer isso daqui hoje, mas é claro que queremos que o Brasil retome o crescimento em bases sólidas e sustentáveis, controle a inflação, resgate a credibilidade do Brasil sem esse exacerbado e incompreensível intervencionismo do governo federal, uma das principais marcas do governo federal. O resgate da meritocracia no setor público, se colocando no lugar desse aparelhamento absurdo e perverso da estrutura do Estado brasileiro por um grupo político.

Tudo isso irá nos diferenciar, haverá de nos diferenciar, ao longo desse debate daqueles que estão hoje governando o Brasil. Vai ficar muito claro, a partir do início dessas discussões e dessas diretrizes que serão apresentadas no sábado, que temos uma ideia do papel do Estado, da nossa relação com o mundo e da forma de se construir, de se organizar a máquina pública muito diferente daquela que temos que estão hoje no governo. Hoje é apenas o início de uma ampla discussão e iniciamos isso de forma extremamente consistente, responsável e diria respeitosa para com o Brasil. Foi um trabalho extremamente bem feito e incluiu centenas de especialistas de várias áreas e a simples participação dessas pessoas já é um prenúncio de que faremos um projeto de governo que seja do Brasil, não de um partido político, de uma coligação, mas dos brasileiros.

Sobre reformas.

Aécio –   Tenho dito sobre isso, sobre a necessidade de uma reforma política, da simplificação do sistema tributário, de uma própria reforma do Estado brasileiro, da diminuição do tamanho, do gigantismo da máquina pública, tudo isso será detalhado ao longo da campanha. Mas vocês vão ter a oportunidade a partir de sábado de compreender. Não conheço todas as propostas anteriores, conheço algumas. Mas eu não conheço nenhuma tão bem elaborada ou com tanto cuidado como a nossa de apresentar caminhos. O que estamos fazendo. Não temos o diagnóstico definitivo, não temos uma solução definitiva para cada problema, mas o diagnóstico foi feito e os caminhos estão apontados.

Queremos que a sociedade brasileira participe conosco da elaboração das propostas e essa é a razão fundamental, a meu ver, das diretrizes. Estimular de alguma forma, mobilizar as pessoas para participarem dessas discussões. Vamos abrir um portal exclusivamente para receber contribuições a partir dessas bases que estão sendo hoje apresentadas e ao longo da campanha nós vamos ampliar discussões sobre cada um desses temas, inclusive os temas econômicos. Se eu avançar demais eu perco o caráter propositivo daquilo que foi feito hoje. Está claro para nós que queremos um Estado eficiente a reinclusão das empresas brasileiras na economia brasileira nas cadeias globais, uma nova inserção juntos a outros países dos quais estamos alijados hoje. Como falei, a meritocracia, a qualificação dos programas sociais, uma relação com o setor privado sem riscos e que estimule a retomada dos investimentos. Enfim, um conjunto de ações que nos diferenciará fortemente daquilo que fazem os que governam hoje o Brasil.

Sobre investimentos em infraestrutura.

Aécio –  Parcerias com o setor privado. A base é isso. Da forma como elas puderem se realizar. Como? Criando um ambiente não hostil, como acontece hoje, mas um ambiente de confiabilidade. Previsibilidade – essa é uma palavra que vai estar presente nas nossas preocupações. As medidas têm que ser previsíveis, as pessoas têm que saber o que vai acontecer com o Brasil para poderem ser parceiros do nosso desenvolvimento.

Sobre promessas do governo.

Aécio –  O Brasil acompanha um governo que, durante 12 anos, não conseguiu fazer aquilo que promete fazer pelos anos que ainda não adquiriu de governo. Estamos vendo um governo – repeti essa frase algumas vezes, e vou dizer de novo – à beira de um ataque de nervos. Porque usa os últimos instantes que a legislação permite para prometer novas obras que em 12 anos não conseguiu fazer. O que vamos criar é um ambiente adequado, de segurança jurídica, de estabilidade, de não-intervencionismo, para que o capital privado volte a ser um parceiro dos investimentos que deixaram de vir para o Brasil. E vamos fazer um choque de infraestrutura no Brasil. Aquelas obras que foram iniciadas, e que são importantes, vão ser finalizadas, mas sem os sobrepreços e sem a fragilidade operacional do governo Dilma.

Sobre pesquisa Datafolha.

Aécio –  Foi extremamente positivo mais esse resultado das pesquisas eleitorais. Principalmente num aspecto, talvez até agora pouco explorado: a diminuição dos votos nulos e brancos assegura o segundo turno. E essa diminuição tende a continuar ocorrendo nas próximas pesquisas. E isso nos dá uma segurança muito grande que poderemos estar no segundo turno e, com o estreitamento da diferença no segundo turno, mesmo com o nível ainda alto de desconhecimento em relação aos candidatos de oposição, essa pesquisa deve continuar preocupando o governo e a atual presidente da República.

Sobre associação entre a Copa e melhoria na avaliação do governo.  

Aécio –  Eu não vejo avanço. Acho que, analisada a pesquisa de forma mais ampla, o que estamos percebendo de forma muito clara é que há um estreitamento na diferença em relação ao segundo turno, mesmo tendo a presidente da República 100% de conhecimento, o que não ocorre em relação aos candidatos da oposição. Essa pesquisa é muito positiva para a oposição. Garante o segundo turno e, acho, mostra que no segundo turno quem vence é a oposição.

Sobre a Copa e as eleições.

Aécio – Vamos torcer para que o Brasil vença na Copa do Mundo e para que o Brasil possa vencer em 5 de outubro, enterrando esse ciclo de governo que tão mal vem fazendo ao Brasil, e iniciando outro, onde haja eficiência e onde haja decência na gestão pública.

Sobre a Petrobras.

Aécio –  Nas nossas diretrizes, vocês vão ver algumas coisas sobre Petrobras também. Vamos discutir, à luz do dia, e não nas madrugadas insones do governo, as medidas que sejam mais eficazes para o país e para a própria Petrobras. O que percebo é que há um conjunto de medidas tomadas no improviso pelo governo e que não há uma avaliação racional da consequência dessas medidas. Algumas delas, em relação à Petrobras. Vamos ter calma para avaliar cada uma delas.

Datafolha mostra crescimento de Aécio como candidato da mudança

Aécio cresce entre os que têm menos estudo – em geral também mais pobres, revela dados do Datafolha.

Pesquisa Datafolha

Fonte: Jogo do Poder

Aécio já empata com Dilma no Sudeste e se fortalece como candidato da mudança

pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (09/05), mostra que o senador Aécio Neves (PSDB) já empata com a presidente Dilma Rousseff (PT) na região Sudeste, na qual estão os três maiores colégios eleitorais do Brasil (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

O site do instituto descreve assim a situação: “O pré-candidato tucano tem seu melhor índice no Sudeste (27%), onde empata com a petista (30%) na primeira colocação”.   Confira aqui.

Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, há um quadro de empate técnico entre Aécio e Dilma na região Sudeste.

Datafolha mostra também que, ao contrário do que os adversários divulgam, Aécio cresce entre os que têm menos estudo – em geral também mais pobres. Diz o site do instituto: “A análise por nível de escolaridade mostra que Aécio ganhou pontos, principalmente, entre os que estudaram até o ensino fundamental (foi de 12% para 18% entre abril e maio) (…) oscilando entre os que estudaram até o ensino médio (de 17% para 21%). Foi justamente entre os que estudaram até o ensino fundamental que a petista sofreu seu maior recuo (de 47% para 42%) (…).

Diretor do Datafolha: “Aécio quebrou o marasmo da oposição”

Segundo o sociólogo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, “Aécio Neves quebrou o marasmo da oposição”. Confira a análise que ele fez do desempenho de Aécio na pesquisa: “O mineiro passou a ser um pouco mais conhecido, dobrou suas menções espontâneas de intenção de voto, turvou, por enquanto, o cenário de reeleição de Dilma no primeiro turno, melhorou seu desempenho numa hipótese de segundo turno e cresceu mais do que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) no quesito candidato da mudança”.

A pesquisa revela que, pela primeira vez, Aécio supera Dilma Rousseff em intenção de voto entre os eleitores que dizem querer mudanças no próximo governo. Diz a Folha: “Dentro do grupo de entrevistados que afirmam esperar ações diferentes do Palácio do Planalto a partir de 2015, a petista oscilou para baixo, passando de 25% em abril para 24% na última pesquisa. Já Aécio subiu de 21% para 26% nesse segmento”. Com 26%, Aécio tem o dobro de Eduardo Campos (13%) na identificação com a mudança.

Considerando-se todas as regiões brasileiras, o levantamento mostra o crescimento de Aécio e fortalece o cenário de um segundo turno nas eleições presidenciais. Os dados também confirmam a tendência de crescimento de Aécio detectada por outros institutos, recentemente.

Os resultados para o Brasil foram os seguintes: Dilma (37%), Aécio (20%) e Eduardo Campos (11%). Dos três nomes, Aécio é o que tem menor rejeição. O senador mineiro ainda tem muito espaço para crescer, uma vez que nada menos que 22% dos entrevistados não o conhecem, e outros 36% apenas “ouviram falar” dele (somando-se, são 58% dos eleitores).

Aécio é destaque no jornal El País

País: senador Aécio Neves está convencido de que o Brasil terá quatro anos muito duros pela frente.

Eleições 2014

Fonte: El Pais 

“Para o PT, o Bolsa Família é o ponto de chegada. Para nós, é o ponto de partida”

O senador do PSDB está convencido de que o Brasil terá quatro anos muito duros pela frente, e crê que o país está perdendo as conquistas sociais

senador do PSDB Aécio Neves pediu mil desculpas pelos poucos minutos de atraso para a entrevista ao EL PAÍS, na sede do partido em Brasília. De sorriso generoso, o neto de Tancredo Neves, personagem símbolo da redemocratização brasileira, respira política desde que nasceu. Talvez por isso fale com naturalidade quando questionado sobre seus índices ainda baixos nas pesquisas eleitorais para a presidência da República. Pelo mais recente levantamento do instituto de pesquisa Datafolha, ele tem 19% das intenções de voto, enquanto a presidenta Dilma Rousseff, 47%.

Eduardo Campos, do PSB, que tem a ambientalista Marina Silva como vice, teria 11% das preferências. “Mais de 60% da população quer mudar tudo. Quando um de nós, e espero que seja o candidato do PSDB, mostrar como combateremos a inflação, como vamos cuidar da educação etc., haverá o casamento entre a expectativa de mudança com o candidato”, avalia o senador. A calma, entretanto, só fica suspensa quando o assunto é o pingue-pongue que se estabeleceu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre as investigações do esquema de subornos nas licitações do metro em São Paulo, administrado pelo tucano Geraldo Alckmin. O PSDB entrou com uma representação na Comissão de Ética contra Cardozo. “Esse processo foi mal conduzido. O que fizemos foi dizer: “Alto lá”.

Pergunta: Os eleitores de menor poder aquisitivo só enxergam que a renda melhorou. Como o PSDB vai convencer esse grupo de que é preciso mudar e votar no seu partido?

Resposta: Nos últimos seis meses, fui a mais de seis Estados e conversei com as pessoas. Há uma percepção crescente, de que as expectativas que temos do futuro não são as mesmas lá de trás. Nas últimas eleições municipais, no ano passado, isso ficou claro. Nas principais capitais mais pobres do Norte e do Nordeste, nós ganhamos do governo: Salvador, Aracaju, Teresina, Maceió, Belém e Manaus. Onde há, inclusive, o Bolsa Família, que foi o grande instrumento eleitoral do governo, iniciado por nós. Há a percepção de que a população espera mais do governo, coisas que ele não entrega. Do ponto de vista educacional, temos média de escolaridade pior que o Paraguai. Não avançamos nas questões essenciais. Resumindo: não é algo fácil. Mas quando tivermos a oportunidade de falar, num debate, mostrar que as principais conquistas dos últimos dez anos, como o controle de inflação, a credibilidade do Brasil, tudo isso começa a se perder, a percepção vai chegar às pessoas.

P. As pesquisas captam esse desejo de mudança. Mas, não parece que a oposição capitalize esse sentimento. O senhor teve dois mandatos em Minas Gerais reconhecidos. Mas, como senador, não se projeta em nível nacional.

R. Concordo que o sentimento é real, e não há, ainda, a apropriação desse sentimento por nenhum candidato de oposição. Em Minas Gerais temos uma margem de aprovação muito grande, em comparação à presidenta da República, onde conhecem nosso trabalho. Em 2009, véspera do ano eleitoral de 2010, o sentimento do Brasil era de continuidade. Economia crescendo, emprego crescendo, etc. José Serra tinha 38%, Dilma tinha 17%, e Marina, 6%. A então candidata Dilma só foi encostar e ultrapassar Serra no final de julho do ano de eleição, porque aí ela teve visibilidade, encarnou o sentimento da continuidade. Eu não tenho a menor expectativa que haja espaço para crescimento (da intenção das pesquisas), antes de haver o espaço para debater. O que é sólido, hoje: mais de 60% da população quer mudar tudo. Quando um de nós, e espero que seja o candidato do PSDB, mostrar como combateremos a inflação, como vamos cuidar da educação, como faremos os serviços públicos funcionarem, como vamos tratar o setor privado – como parceiro e não como adversário – haverá, com alguma naturalidade, o casamento entre a expectativa de mudança com o candidato. Mas isso vai acontecer a partir da metade do ano que vem.

P. O senhor não acha que a mesma pessoa que deseja mudança tem a sensação que a única coisa que une a oposição hoje no Brasil é a rejeição a Lula? Que a oposição não tem um programa, e faz uma oposição elitista?

R. Esse estereótipo existe em relação ao PSDB. Mas, temos uma história extraordinária. Talvez, tenhamos errado muito na nossa comunicação nas últimas eleições. Um dos meus maiores esforços, desde que assumi a presidência do partido, foi resgatar o nosso legado, pois boa parte do que tivemos em termos de avanço no país foi em função do que ocorreu durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Estabilidade da moedaprivatizações, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o início de programas de transferência de renda. Mas, nós não nos apropriamos eleitoralmente disso. Talvez por equívoco, ou por opção, não importa. FHC deixou entre Bolsa AlimentaçãoBolsa Escola,Vale Gás, e outros, 6,9 milhões de beneficiados. Hoje temos cerca de 13,5 milhões de beneficiados do Bolsa Família. O presidente Lula foi beneficiado pela herança bendita do FHC, mas ela se exauriu. Lula teve duas virtudes. Uma foi manter, por um bom período, os pilares macroeconômicos fundamentais, flexibilizados no final de seu governo, e também durante o governo Dilma. O outro, foi a unificação e aprofundamento de programas de renda. A face negra disso é o uso eleitoral, de forma leviana. Chegam perto das regiões mais pobres e dizem que o PSDB vai acabar com o Bolsa Família (BF). Até o ex presidente Lula disse recentemente: os adversários do BF estão de volta.

P. E o Bolsa Família torna-se política de Estado com o senhor?

R. O Bolsa Família está enraizado. Mas, há uma diferença entre o PT e a gente. Para eles, o BF é o ponto de chegada. Para nós, é o ponto de partida. O Brasil não pode viver exclusivamente desse benefício. Um pai de família não pode querer deixar de herança para o seu filho um cartão do BF. O PT se contenta com a administração diária da pobreza. E nós queremos a superação da pobreza. E aí é educação, educaçãoeducação. Eu propus que todo trabalhador que assinar a carteira, receba o benefício por mais seis meses. A lógica do governo é inversa à racionalidade. Ele quer comemorar um milhão de famílias a mais no BF. Eu quero comemorar um milhão de famílias a menos porque se incorporaram ao mercado de trabalho.

P. Como o PSDB vai passar essa mensagem para a população, quando se mostra dividido, com José Serra, fazendo a guerra por sua conta, e a gestão de São Paulo, muito chamuscada por escândalos e possível corrupção?

R. A unidade do PSDB é o principal combustível que temos para mais adiante termos chances eleitorais. Vamos chegar lá. É legítimo que o companheiro Serra tenha suas pretensões, ele tem uma história política respeitável. Mas, as últimas conversas que temos tido apontam na direção da unidade, pois acima de qualquer diferença que tenhamos, há um projeto em comum, que é terminar com o ciclo do PT e iniciar outro, ético, eficiente, meritocrático. O PSDB também passa por uma mudança geracional. Temos 25 anos de partido, e é natural que haja uma mudança. O PSDB governa hoje 52% da população, e 54% do PIB brasileiro. Não esperem do PSDB nas próximas eleições a mesma postura defensiva que tivemos nas últimas três. Estamos resgatando nosso legado, até pra mostrar que parte dos avanços, sem negar o papel do presidente Lula, mas olhando par ao futuro.

P. Educação foi frustrante tanto com o PSDB, que adotou a política de aprovação automática dos alunos, quanto com o PT. Como fica o projeto que está no Congresso, de dobrar o investimento de 5% para 10% do PIB? E como melhorar a gestão do dinheiro?

R. Discordo da primeira parte. Num momento do Brasil saindo de uma inflação de quatro dígitos, o governo FHC teve o grande mérito da universalização do acesso. Quando ele saiu do governo, 97% das crianças estavam na escola. Com o PT, era hora de ganhar na qualificação. Nós queremos chegar, gradualmente, a 10% do PIB em educação.Mas, não adianta apenas investir, tem de qualificar. E Minas Gerais é referência para o Banco Mundial, inclusive com os contratos de metas de médias escolares para cada município mineiro. Daí se assinava um documento, com a superintendência de educação, e o governador também assinava. Pois se essa nota chegasse ao estipulado, os envolvidos ganhavam o décimo quarto salário. Todo mundo ficava envolvido naquilo. As professoras e pais de alunos, etc, se reuniam no final de semana, e davam reforço para os alunos. É o melhor? Não sei, mas é o caminho que achamos para otimizar o caminho.

P. O governo atrela aumento de gasto a royaltie de petróleo.

R. Votamos a favor dessa proposta, mas isso ainda é um terreno na Lua. É coisa do governo marketeiro. Eu, pessoalmente, preferia que se constituísse um fundo, e que o rendimento do fundo financiasse a educação. Até que esses recursos possam vir, é preciso, pois eles só farão diferença daqui a dez anos. E para fiscalizar o uso de recursos deeducação, é preciso uma Lei de Responsabilidade Educacional, onde haja metas estabelecidas. Não vejo o Governo do PT encarar isso. Com crescimento de renda e pleno emprego, a sensação é positiva. Mas esse é o momento de enfrentar contenciosos. Eu não quero que o Brasil seja o país do pleno emprego de dois salários mínimos. Eu me pergunto: Para que o PT quer um novo mandato? De 2008 para cá deveríamos ter criado um ambiente estável, para tonar-nos mais competitivos. Nós assustamos os investidores. Os próximos quatro anos serão muito duros para o Brasil, e por isso mesmo precisamos de um governo rígido.

P. Quando o senhor diz que os próximos quatro anos serão muito duros, passa a sensação de que a recessão está logo ali, virando a esquina. Há quem diga que o Brasil está como a Espanha em 2008, com o governo negando a crise e a crise chegando? O senhor acredita nisso?

R. Acho que em parte, sim. Tenho receio que a marolinha de 2008 vire um tsunami lá na frente. Tenho conversado com muitos agentes econômicos. A situação será dura, não dá para enfrentá-la com paliativos, mas acredito que a chegada do PSDB ao governo permitirá uma reversão de expectativas. O PT veio flexibilizando os pilares da economia e usando instrumentos microeconômicos, como a desoneração tributária, para resolver questões macroeconômicas. Capitalização do BNDES, por exemplo, é via Tesouro. O governo FHC tirou esqueletos dos armários. O governo do PT os enche com novos esqueletos. Aportes no Tesouro passaram de 14 bilhões de reais, há seis anos, para 400 bilhões de reais. Hoje, 400 prefeitos em Minas quase não têm dinheiro para pagar salário. O Governo federal entrava com 56% dos conjunto de investimentos em saúde. Passados dez anos, só entra com 45%. Quem complementa essa conta? Os municípios. O mesmo em segurança pública. A situação é grave, mas o país felizmente tem instituições sólidas. Os últimos fatos (com a prisão dos réus do mensalão) trouxeram um sentimento de que a impunidade não vai prevalecer. Temos imprensa livre, que no que depender de nós, será permanentemente livre. Apesar dos ataques do governo atual, à liberdade de imprensa. Num viés que devemos acompanhar com atenção, pois aproxima setores doPT ao que já assistimos, infelizmente, na Venezuela, e na Argentina. Mas temos democracia sólida, que passou por percalços, afastou um presidente por corrupção, e que prende hoje pessoas que cometeram crimes.

P. A presidenta Dilma Rousseff deu uma entrevista ao El PAÍS que gerou bastante polêmica por ter antecipado a revisão do PIB de 2013.

R. A presidência atua para minar credibilidade de instituições de estado. Constrange o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – responsável pela divulgação do PIB – ao antecipar um resultado que não deveria sequer ter ainda. Nós todos comemoramos a revisão do PIB para cima, mas é uma demonstração que o Governo não tem limites de estruturas de estado. São informações de Estado, e não de Governo. Isso tem efeito na economia.

P. O PSDB capitaliza imagem de um partido mais austero, mas, vocês também têm esqueletos no armário da corrupção, com o mensalão mineiro e os escândalos de suborno no metrô em São Paulo. Como vão lidar com isso?

R. PSDB não tem, em campo algum, medo do debate com o governo. Nem no econômico, nem no social, nem no ético. Por mim, o chamado mensalão mineiro deveria ter sido julgado há muito tempo. Até porque de mensalão não tem nada e o processo vai demonstrar isso. Ali houve financiamento de campanha. E se houve deslize ou crime, (as pessoas) têm de ser punidas exemplarmente e ponto final. Não faço julgamento prévio. Sobre o caso de São Paulo, eu tenho respeito enorme pela conduta ética dos ex-governadores Mário Covas, do José Serra e do (atual) Geraldo Alckmin. Há uma acusação, de um cartel, e se demonstrarem que algum agente político está envolvido, que seja punido. E se tem alguém ligado ao PSDB, que não apareceu até agora, que seja punido também. Diferentemente da reação do PT no caso mensalão, não vamos considerar um crime político quem usou dinheiro público indevidamente.

P. O PSDB em São Paulo vai processar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ele ter encaminhado o relatório sobre o esquema da corrupção no metro à Polícia Federal. Mas não seria esse o papel dele?

R. A meu ver, não cabe encaminhar um documento adulterado para a Polícia Federal. Queremos que a investigação aconteça, mas algo com uma grosseira falsificação, ser vazado, por quem detinha o documento… Sem que houvesse qualquer operação da polícia. Delegados dizem que receberam informações do Conselho de Administração do Direito Econômico (Cade), e depois de um silêncio de dois dias, o ministro diz que foi ele quem mandou o documento, não acho que seja comportamento adequado. Faltou cautela.

P. Eu vi os documentos (publicados na imprensa). Onde entra a falsificação?

R. Então você deve saber melhor do que eu. Queremos só que a investigação ocorra com isenção. O papel do partido é cobrar que a investigação seja feita. Mas os instrumentos de Estado não podem ser utilizados em defesa de um projeto partidário. Esse processo foi mal conduzido. O que fizemos é dizer: “Alto lá”.

P. A Suíça, semanas atrás, arquivou uma investigação que corria sobre propinas pagas pela Alstom a funcionários de São Paulo, porque o procurador da República, que deveria ter encaminhado os documentos, não os enviou como deveria.

R. Não conheço esse processo.

Datafolha: Anastasia sobe e Hélio Costa desce

Fonte: Coligação “Somos Minas Gerais”
A nova pesquisa Datafolha divulgada hoje (11/09) mostra que a candidatura de Antonio Anastasia mantém a trajetória de crescimento na preferência dos eleitores mineiros e já obteve um empate técnico com o seu principal adversário. Na medição do Datafolha, o governador subiu 19 pontos nas intenções de voto no Estado em apenas um mês. Os números comprovam que é cada vez maior o reconhecimento da população pelo trabalho desenvolvido por Anastasia, nos últimos oito anos, ao lado do ex-governador Aécio Neves.

Na pesquisa Datafolha realizada entre os dias 9 e 12 de agosto, Antonio Anastasia tinha 17% das intenções de voto. Nos números divulgados no dia 27 do mês passado, ele tinha 29%, passou para 35% na medição divulgada no último dia 3 de setembro.  Agora Anastasia já tem 36% das intenções de voto.

Os números do Datafolha também mostraram que a situação do principal adversário do governador é diferente. O candidato do PMDB, Hélio Calixto Costa, continua caindo nas pesquisas. Ele ficou estacionado durante todo o mês de agosto e, na pesquisa de hoje, apresentou queda de um ponto, passando para 39%. O número de eleitores que ainda não sabem em quem votar representa 16%, segundo o Datafolha.

A nova pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 08 de agosto e 09 de setembro. Foram ouvidos 1.685 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) com o número 69732/2010.

Pesquisa espontânea do Datafolha mostra que Antonio Anastasia lidera e já é o segundo governador melhor avaliado no país

Antonio Anastasia lidera pesquisa espontânea em BH e Região Metropolitana

Fonte: Coligação “Somos Minas Gerais”

Datafolha mostra que Governo de Antonio Anastasia tem segunda melhor avaliação do país entre governadores que assumiram cargos este ano

Pesquisa espontânea do Datafolha, divulgada esta semana, mostrou que Antonio Anastasia lidera as intenções de voto entre os eleitores que moram em Belo Horizonte e na Região Metropolitana e que já decidiram seu voto. Realizada entre dias 20 e 23 de julho, a pesquisa indicou que Antonio Anastasia tem a preferência dos eleitores onde seu trabalho como governador é mais conhecido. A avaliação do ranking dos governadores realizada pelo Datafolha indicou Antonio Anastasia com a segunda a melhor avaliação do país entre os governadores que assumiram o cargo este ano. A avaliação positiva do governador é de 61% entre os entrevistados.

A pesquisa espontânea aponta que 73% dos eleitores mineiros de todas as regiões do Estado ainda não sabem em quem vai votar. Segundo a pesquisa, Antonio Anastasia tem 14% entre os eleitores de Belo Horizonte que já declararam espontaneamente o voto, quatro pontos à frente do candidato peemedebista, citado por 10% dos entrevistados. No levantamento realizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Datafolha mostra também a liderança do governador Antonio Anastasia com 12% da preferência do eleitorado, três pontos à frente do principal adversário.
Os resultados, segundo os analistas, mostram que os eleitores ainda não fizeram a opção de voto, o que naturalmente ocorrerá a partir do início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, onde serão conhecidas as propostas de governo de cada candidato. Os analistas concordam que nesta etapa da disputa eleitoral as pesquisas espontâneas são aquelas que, de fato, indicam a real intenção de voto dos eleitores.

“As pesquisas refletirão a real tendência do eleitorado apenas quando os candidatos tiverem o mesmo nível de conhecimento. A partir do início do programa eleitoral é que devemos ter mudanças nas pesquisas eleitorais em Minas Gerais”, afirmou o presidente do PSBD em Minas, deputado federal Narcio Rodrigues.
O deputado ressaltou que os eleitores de Belo Horizonte e da Região Metropolitana com maior acesso a informações sobre Antonio Anastasia e Aécio Neves, querem dar continuidade aos avanços sociais obtidos em Minas.

“A liderança de Antonio Anastasia na Região Metropolitana de Belo Horizonte demonstra que os eleitores que conhecem o governador escolheram a continuidade. Vamos caminhar ainda pelo interior de Minas mostrando ao eleitor mineiro a força e a solidez da campanha de Antonio Anastasia para dar continuidade ao trabalho nacionalmente reconhecido de Aécio Neves”, afirmou o deputado.
Na metodologia da pesquisa espontânea, ao contrário da pesquisa estimulada, que é induzida, os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado. O eleitor responde à pesquisa indicando espontaneamente o voto no candidato escolhido.

Aprovação de Antonio Anastasia
A pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na terça-feira (27/07), também mostrou que Antonio Anastasia é o segundo governador melhor avaliado entre aqueles que assumiram o cargo em 31 de março. Com apenas quatro meses de mandato, o governo de Antonio Anastasia já é classificado como ótimo/bom por 35% dos entrevistados. O Datafolha mostrou que 26% das pessoas que participaram da pesquisa consideraram o governo como regular. Este resultado representa uma avaliação positiva de 61% pelos entrevistados.

A sondagem revelou ainda que o índice de popularidade do governador Antonio Anastasia é de 141 (numa escala de 0 a 200), segundo mais alto do país, superado apenas pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que foi o primeiro colocado no ranking de governadores brasileiros e cumpre o mandato desde 2006.